afrocentrista e teólogo
Pseudônimo: Kefing Foluke.E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn: kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano
Facebook: Walter Passos
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"As únicas pessoas que realmente mudaram a história foram os que mudaram o pensamento dos homens a respeito de si mesmos." Malcolm X
No Brasil, o ensino de filosofia é obrigatório nas escolas de ensino médio, e os docentes repetem todos os anos ensinamentos sem nenhuma reflexão aprofundada sobre o pensamento eurocêntrico. A filosofia grega é ensinada como a origem do pensamento reflexivo, intelectivo e criador humano. Como se o ato de pensar, criar tecnologias, realizar questionamentos acerca do cosmos, hermenêuticas da vida social humana, além de outras várias atitudes pensantes, iniciassem-se com os povos pagãos europeus. Estas afirmações corroboram com as imensuráveis falsidades históricas: as primeiras civilizações mundiais não foram africanas e os povos pretos desenvolveram o pensamento intelectivo após o contato com o invasor europeu.
O que é a filosofia? Sócrates, Platão e Aristóteles
Por que omitem que os europeus antes de invadirem a África já a conheciam e estudaram em suas escolas?
Quiçá, todo educador de filosofia deveria esforçar-se para, em nome do amor ao conhecimento, questionar a história eurocêntrica, tornando-se realmente, um educador-crítico das chamadas verdades estabelecidas, repassadas nos livros didáticos e nas academias. Os livros, as academias e os educadores são as maiores armas de manutenção da opressão mental e distorção histórica da origem do pensamento humano que paira na comunidade preta.
Em minha adolescência, aprendi nas aulas de filosofia no Colégio Arte e Instrução no bairro de Cascadura, cidade do Rio de Janeiro, de que os maiores pensadores da história humana foram os homens brancos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Aprendi que o país o qual nós devemos a nossa Civilização, Filosofia, Artes e as Ciências, foi a Grécia. Que o homem mais sábio que o mundo já viu, foi o grego, Aristóteles. Que o maior matemático de todos os tempos, a pessoa que inventou o teorema do quadrado da hipotenusa, foi o grego Pitágoras.
Exformações continuaram com maior aprofundamento, repetidas nas aulas de filosofia no Seminário Presbiteriano de Campinas, no Seminário Batista do Rio de Janeiro e na faculdade de História. Temos teologias e teólogos pretos que baseiam as suas hermenêuticas na branquitude, graças ao bom aprendizado das filosofias ocidentais, e muitos se gabam de conhecer e repetir os grandes teólogos e filósofos da Escola Alemã. Na faculdade de história não foi diferente, formam-se historiadores, meros repetidores do pensamento europeu e de suas histórias dominadoras. Então, todo a exformação que eu aprendia devia ao esforço pensante das civilizações brancas, e nelas eu deveria me tornar informado e repassador das ditas verdades.
Acreditei que a civilização Greco-romana nos legou todas as boas exformações, as tinha como referências no aprendizado filosófico e pedagógico. Eu estava totalmente equivocado. Infelizmente, estas ideologias ainda são difundidas e ensinadas nas escolas sem um questionamento aprofundado.
Os estudantes acreditam nos educadores. Para o educando o educador conhece a verdade. Só que não sabem que eles assimilaram bem o conhecimento eurocêntrico, e estes donos da verdade, os iluminadores na educação, negam as condições de questionamentos das exformações ao iluminado, deixando-os sem condições de análise se são verdadeiros ou falsos os cruéis ensinamentos repassados.
Em contrapartida a África é negada, e quando é citada é relacionada com a selvageria, demonismo, canibalismo, pobreza, analfabetismo, fome, fonte de mão-de-obra escravizada, entre outras mazelas. Por que educadores especialmente os de origem africana são meros repetidores desses ensinamentos? Até que ponto os “conhecedores” de história da África questionam esses ensinamentos? Ou estes “doutores em África”, na verdade são lobos em vestes de cordeiros para continuar repetindo as exformações que serve a eurocentricidade, etnocentrismo e conseqüente racialização?
Ou são meros inocentes que falam em filosofia, pedagogia e história e não compreendem a própria essência das matérias que ousam ensinar? Ou tem meia culpa por repetir simplesmente o aprendizado de quatro anos de curso universitário, e de pós-graduações baseadas no pensamento homogênico ocidental branco? Qual a seriedade e ações que nós, os educadores afrocentristas, temos que ter em contatos com os estudantes do ensino médio e fundamental?
Já urge o tempo de desconstrução dos ensinamentos aparelhados e oferecer o contraponto a juventude preta, possibilitando-a realizar questionamentos mais diretos ao educador-serviçal e propagadores das “verdades” européias nas escolas e academias, convidando-os a debater, porque estão tão dominados pelo mal que não aceitam reestudar e se livrar da lavagem cerebral da academia branca os quais se tornaram os maiores defensores.
Quando escrevo este texto como toda amorosidade possível vem à mente um debate entre o Dr. Payson, professor universitário afro-americano, e Malcolm X, durante um programa de grande audiência de uma rede de TV americana:
“Dr. Payson: - Por que ensina a supremacia negra? Por que ensina o ódio?
Malcolm X: - Um branco pergunta ao negro porque o odeio, é como o estuprador perguntar à violada: “Você me odeia?”. O Branco não está em posição moral para acusar o negro de nada.
Dr.Payson: - Mas é um negro que te faz a pergunta.
Malcolm X: - Quem chamaria você de negro com diploma de formação superior? E o que os brancos te chamam. É preciso entender o raciocínio, e para isso, é necessário saber que, historicamente, havia duas espécies de escravos: o negro da casa e o do campo. O negro da casa vivia junto do senhor, na senzala ou no sótão da casa grande. Vestia-se, comia bem e amava o senhor. Amava mais o senhor que o senhor o amava a ele. Se o senhor dizia: “Temos uma bela casa”. Ele respondia: “Pois temos”. Se a casa pegasse fogo, o negro da casa corria para apagar o fogo. Se o senhor adoecesse, dizia “estamos doentes”. Se um escravo do campo lhe dissesse: “vamos fugir desse senhor”, ele respondia: “existe uma coisa melhor do que o que temos aqui?”. “Não saio daqui.” O chamávamos de negro da casa. É o que lhe chamamos agora, porque ainda há muitos pretos de casa.”
THE HOUSE NEGRO AND THE FIELD NEGRO (2009 animation)
O maior desafio do educador preto é deixar de ser “preto da casa”. Sei quanto é difícil para o educador ter a baixo-estima construída em toda a vida educacional. Torna-se educador e ter a mente dominada e criar novos dominados sem permitir que descubram as mentiras proferidas através dos séculos, é continuar com a pedagogia da Casa-Grande mantendo os educandos assenzalados.
Devemos provocar no educando uma postura cética quanto à exclusividade européia na invenção de instituições e valores, permitindo que as exformações (formação vinda de fora) sejam questionadas possibilitando as novas informações (formação interior) sejam adquiridas.
A dominação do pensamento e a negação dos conhecimentos africanos tem sido a maior arma de propagação da superioridade branca, da manutenção do racismo, da racialização nas propostas educacionais. A tática usada é a negação das primeiras civilizações e desenvolvimento dos primeiros pensadores. Sempre explico aos estudantes como a “civilização européia” dá os primeiros sinais de conhecimento com os gregos, já no chamado período clássico em que aparecem no cenário histórico entre 2.000 e 1800 a.C., desenvolvendo um modo opressivo produtivo: a escravidão em uma sociedade de classes sociais, onde a democracia oprime as mulheres, os estrangeiros e todos aqueles não considerados cidadãos.
Antes deles não havia conhecimento, livros, sabedoria, tecnologia, medicina, mitologia, matemática, astronomia e outros conhecimentos? Como a historiografia é planejada e quais são os seus objetivos de poder?
Se a filosofia depende da história para explicar o desenvolvimento do pensamento da humanidade, o ato de negar as primeiras civilizações distorce o que chamamos de filosofia?
Os meus filhos(as) tiveram uma desconstrução necessária do que foi ensinado nas salas de aula. Meu filho caçula, com 11 anos de idade, recebe a exformação e eu levo ao questionamento para que adquira uma informação no seu ser, do seu passado e presente africano, porque a escola serve como descontruidora do passado glorioso dos seus ancestrais.
Os europeus através dos séculos têm usado a manipulação para omitir, mentir, dominar e excluir. O nosso grande desafio é perfazer os ensinamentos deformados sobre o conhecimento e desmascarar a falsidade ideológica de negação das primeiras civilizações pensantes do planeta: as civilizações africanas. Renomear a África como “O continente negro" foi um pretexto para “civilizar” (o que realmente significou: saquear, mutilar, escravizar e pilhar).
Não vou discutir e explicar a origem da palavra filosofia, todos sabemos da de origem grega Φιλοσοφία: philos - que ama + sophia - sabedoria, que ama a sabedoria ), resumindo no que os estudantes aprendem: Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. Estas “verdades” excluem os estudantes pretos.
Estas exformações fazem com que os estudantes pretos tentem se adequar as verdades eurocêntricas, como um peixe fora d’água, sem passado pensante, e contribui com a omissão dos estudantes não pretos sobre a real origem dos primeiros pensadores humanos.
É interessante ressaltar, a África é o berço da humanidade e os mais antigos fenômenos civilizatórios surgiram nesta parte do planeta, inclusive de lá ocorreram migrações em direção a diversas regiões no mundo. E no continente africano, especialmente nas civilizações de Kush-Núbia, detentores das primeiras escritas conhecidas, conhecimento matemático, astronomia, arquitetura e outras ciências ainda em fase de escavações, e Kemet (atual Egito), e outras civilizações de um continente riquíssimo em desenvolvimento humano e tecnológico deram os passos iniciais do que entendemos de filosofia. Há algumas perguntas que servem para começarmos o nosso debate afrocentrado:
- Quais informações que você tem da origem dos primeiros habitantes da Grécia?
- Você sabe que os primeiros habitantes da região da Grécia foram povos pretos?
- Por que todas as escolas de arquitetura em todas as universidades ocidentais até hoje iniciam os estudos de seus alunos com as pirâmides?
- Por que há semelhanças da mitologia grega com as mitologias africanas?
- Por que Cheik Anta Diop acusou de plágio, gigantes da filosofia grega e da matemática, como Arquimedes, Platão, Aristóteles, Thales, e outros?
- Você sabe que as provas documentais provam que as civilizações desenvolveram o que chamam de filosofia?
- Por que há uma tentativa desvelada de historiadores ocidentais de branquearem as civilizações africanas?
- Por que Sócrates foi morto?
Na próxima postagem entraremos nas provas documentais do plágio feito pelos gregos do conhecimento africano. Este texto foi uma pequena introdução.
Há um livro que você poderá ler agora e o ajudará a compreender estes atos de plágio dos gregos e com certeza teremos bons debates.
Acesse e leia: Stolen Legacy by George G. M. James [1954]
Se não ler em inglês: O LEGADO ROUBADO por George G. M. James (1954)
Cheick Anta Diop Falsification De L Histoire
Abraços afrocentrados,
Shalom de Yah.
O que é a filosofia? Sócrates, Platão e Aristóteles
Por que omitem que os europeus antes de invadirem a África já a conheciam e estudaram em suas escolas?
Quiçá, todo educador de filosofia deveria esforçar-se para, em nome do amor ao conhecimento, questionar a história eurocêntrica, tornando-se realmente, um educador-crítico das chamadas verdades estabelecidas, repassadas nos livros didáticos e nas academias. Os livros, as academias e os educadores são as maiores armas de manutenção da opressão mental e distorção histórica da origem do pensamento humano que paira na comunidade preta.
Em minha adolescência, aprendi nas aulas de filosofia no Colégio Arte e Instrução no bairro de Cascadura, cidade do Rio de Janeiro, de que os maiores pensadores da história humana foram os homens brancos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Aprendi que o país o qual nós devemos a nossa Civilização, Filosofia, Artes e as Ciências, foi a Grécia. Que o homem mais sábio que o mundo já viu, foi o grego, Aristóteles. Que o maior matemático de todos os tempos, a pessoa que inventou o teorema do quadrado da hipotenusa, foi o grego Pitágoras.
Exformações continuaram com maior aprofundamento, repetidas nas aulas de filosofia no Seminário Presbiteriano de Campinas, no Seminário Batista do Rio de Janeiro e na faculdade de História. Temos teologias e teólogos pretos que baseiam as suas hermenêuticas na branquitude, graças ao bom aprendizado das filosofias ocidentais, e muitos se gabam de conhecer e repetir os grandes teólogos e filósofos da Escola Alemã. Na faculdade de história não foi diferente, formam-se historiadores, meros repetidores do pensamento europeu e de suas histórias dominadoras. Então, todo a exformação que eu aprendia devia ao esforço pensante das civilizações brancas, e nelas eu deveria me tornar informado e repassador das ditas verdades.
Acreditei que a civilização Greco-romana nos legou todas as boas exformações, as tinha como referências no aprendizado filosófico e pedagógico. Eu estava totalmente equivocado. Infelizmente, estas ideologias ainda são difundidas e ensinadas nas escolas sem um questionamento aprofundado.
Os estudantes acreditam nos educadores. Para o educando o educador conhece a verdade. Só que não sabem que eles assimilaram bem o conhecimento eurocêntrico, e estes donos da verdade, os iluminadores na educação, negam as condições de questionamentos das exformações ao iluminado, deixando-os sem condições de análise se são verdadeiros ou falsos os cruéis ensinamentos repassados.
Em contrapartida a África é negada, e quando é citada é relacionada com a selvageria, demonismo, canibalismo, pobreza, analfabetismo, fome, fonte de mão-de-obra escravizada, entre outras mazelas. Por que educadores especialmente os de origem africana são meros repetidores desses ensinamentos? Até que ponto os “conhecedores” de história da África questionam esses ensinamentos? Ou estes “doutores em África”, na verdade são lobos em vestes de cordeiros para continuar repetindo as exformações que serve a eurocentricidade, etnocentrismo e conseqüente racialização?
Ou são meros inocentes que falam em filosofia, pedagogia e história e não compreendem a própria essência das matérias que ousam ensinar? Ou tem meia culpa por repetir simplesmente o aprendizado de quatro anos de curso universitário, e de pós-graduações baseadas no pensamento homogênico ocidental branco? Qual a seriedade e ações que nós, os educadores afrocentristas, temos que ter em contatos com os estudantes do ensino médio e fundamental?
Já urge o tempo de desconstrução dos ensinamentos aparelhados e oferecer o contraponto a juventude preta, possibilitando-a realizar questionamentos mais diretos ao educador-serviçal e propagadores das “verdades” européias nas escolas e academias, convidando-os a debater, porque estão tão dominados pelo mal que não aceitam reestudar e se livrar da lavagem cerebral da academia branca os quais se tornaram os maiores defensores.
Quando escrevo este texto como toda amorosidade possível vem à mente um debate entre o Dr. Payson, professor universitário afro-americano, e Malcolm X, durante um programa de grande audiência de uma rede de TV americana:
“Dr. Payson: - Por que ensina a supremacia negra? Por que ensina o ódio?
Malcolm X: - Um branco pergunta ao negro porque o odeio, é como o estuprador perguntar à violada: “Você me odeia?”. O Branco não está em posição moral para acusar o negro de nada.
Dr.Payson: - Mas é um negro que te faz a pergunta.
Malcolm X: - Quem chamaria você de negro com diploma de formação superior? E o que os brancos te chamam. É preciso entender o raciocínio, e para isso, é necessário saber que, historicamente, havia duas espécies de escravos: o negro da casa e o do campo. O negro da casa vivia junto do senhor, na senzala ou no sótão da casa grande. Vestia-se, comia bem e amava o senhor. Amava mais o senhor que o senhor o amava a ele. Se o senhor dizia: “Temos uma bela casa”. Ele respondia: “Pois temos”. Se a casa pegasse fogo, o negro da casa corria para apagar o fogo. Se o senhor adoecesse, dizia “estamos doentes”. Se um escravo do campo lhe dissesse: “vamos fugir desse senhor”, ele respondia: “existe uma coisa melhor do que o que temos aqui?”. “Não saio daqui.” O chamávamos de negro da casa. É o que lhe chamamos agora, porque ainda há muitos pretos de casa.”
O maior desafio do educador preto é deixar de ser “preto da casa”. Sei quanto é difícil para o educador ter a baixo-estima construída em toda a vida educacional. Torna-se educador e ter a mente dominada e criar novos dominados sem permitir que descubram as mentiras proferidas através dos séculos, é continuar com a pedagogia da Casa-Grande mantendo os educandos assenzalados.
Devemos provocar no educando uma postura cética quanto à exclusividade européia na invenção de instituições e valores, permitindo que as exformações (formação vinda de fora) sejam questionadas possibilitando as novas informações (formação interior) sejam adquiridas.
A dominação do pensamento e a negação dos conhecimentos africanos tem sido a maior arma de propagação da superioridade branca, da manutenção do racismo, da racialização nas propostas educacionais. A tática usada é a negação das primeiras civilizações e desenvolvimento dos primeiros pensadores. Sempre explico aos estudantes como a “civilização européia” dá os primeiros sinais de conhecimento com os gregos, já no chamado período clássico em que aparecem no cenário histórico entre 2.000 e 1800 a.C., desenvolvendo um modo opressivo produtivo: a escravidão em uma sociedade de classes sociais, onde a democracia oprime as mulheres, os estrangeiros e todos aqueles não considerados cidadãos.
Antes deles não havia conhecimento, livros, sabedoria, tecnologia, medicina, mitologia, matemática, astronomia e outros conhecimentos? Como a historiografia é planejada e quais são os seus objetivos de poder?
Se a filosofia depende da história para explicar o desenvolvimento do pensamento da humanidade, o ato de negar as primeiras civilizações distorce o que chamamos de filosofia?
Os meus filhos(as) tiveram uma desconstrução necessária do que foi ensinado nas salas de aula. Meu filho caçula, com 11 anos de idade, recebe a exformação e eu levo ao questionamento para que adquira uma informação no seu ser, do seu passado e presente africano, porque a escola serve como descontruidora do passado glorioso dos seus ancestrais.
Os europeus através dos séculos têm usado a manipulação para omitir, mentir, dominar e excluir. O nosso grande desafio é perfazer os ensinamentos deformados sobre o conhecimento e desmascarar a falsidade ideológica de negação das primeiras civilizações pensantes do planeta: as civilizações africanas. Renomear a África como “O continente negro" foi um pretexto para “civilizar” (o que realmente significou: saquear, mutilar, escravizar e pilhar).
Não vou discutir e explicar a origem da palavra filosofia, todos sabemos da de origem grega Φιλοσοφία: philos - que ama + sophia - sabedoria, que ama a sabedoria ), resumindo no que os estudantes aprendem: Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria tem amizade pelo saber, deseja saber. Assim a filosofia indica um estado de espírito da pessoa que ama, isto é, daquela que deseja o conhecimento, o estima, o procura e o respeita. Estas “verdades” excluem os estudantes pretos.
Estas exformações fazem com que os estudantes pretos tentem se adequar as verdades eurocêntricas, como um peixe fora d’água, sem passado pensante, e contribui com a omissão dos estudantes não pretos sobre a real origem dos primeiros pensadores humanos.
É interessante ressaltar, a África é o berço da humanidade e os mais antigos fenômenos civilizatórios surgiram nesta parte do planeta, inclusive de lá ocorreram migrações em direção a diversas regiões no mundo. E no continente africano, especialmente nas civilizações de Kush-Núbia, detentores das primeiras escritas conhecidas, conhecimento matemático, astronomia, arquitetura e outras ciências ainda em fase de escavações, e Kemet (atual Egito), e outras civilizações de um continente riquíssimo em desenvolvimento humano e tecnológico deram os passos iniciais do que entendemos de filosofia. Há algumas perguntas que servem para começarmos o nosso debate afrocentrado:
- Quais informações que você tem da origem dos primeiros habitantes da Grécia?
- Você sabe que os primeiros habitantes da região da Grécia foram povos pretos?
- Por que todas as escolas de arquitetura em todas as universidades ocidentais até hoje iniciam os estudos de seus alunos com as pirâmides?
- Por que há semelhanças da mitologia grega com as mitologias africanas?
- Por que Cheik Anta Diop acusou de plágio, gigantes da filosofia grega e da matemática, como Arquimedes, Platão, Aristóteles, Thales, e outros?
- Você sabe que as provas documentais provam que as civilizações desenvolveram o que chamam de filosofia?
- Por que há uma tentativa desvelada de historiadores ocidentais de branquearem as civilizações africanas?
- Por que Sócrates foi morto?
Na próxima postagem entraremos nas provas documentais do plágio feito pelos gregos do conhecimento africano. Este texto foi uma pequena introdução.
Há um livro que você poderá ler agora e o ajudará a compreender estes atos de plágio dos gregos e com certeza teremos bons debates.
Acesse e leia: Stolen Legacy by George G. M. James [1954]
Se não ler em inglês: O LEGADO ROUBADO por George G. M. James (1954)
Cheick Anta Diop Falsification De L Histoire
Abraços afrocentrados,
Shalom de Yah.
ACESSE PRETAS POESIAS:
17 comentários:
Novamente Irmão Kefing Foluke, vc nos agracia com um texto de completa lucidez. Sua capacidade intelectual e sua sensibilidade sobre os determinados temas demonstra sua consistência e compromisso. No Brasil existem vários estudiosos pretos, mais porém a maioria esta com a mente dominados pelos dogmas do eurocentrismo. Já vc Irmão Kefing Foluke, mostra uma outra face, de um historiador preto afrocentrado, pan-africanista, dedicado em reedificar o conhecimento sobre o nosso povo. O seu trabalho, junto com ao CNNC, tem um valor inestimável.
Um abraço e continue nessa marcha
em defesa da libertação mental do nosso POVO PRETO.
Estou ansioso pela sua próxima abordagem deste assunto.
KADIMA!
OLha e bom estar de volta , meu perfil de orkut tinha sido rakeado por racista misaraveis que etavam sempre haqueando meu perfil , mas por coincidencia estava justamente estudanto a origem negra da grecia , com os povos minoicos , e espetacular aquela civilização negra . estarei esperando .
Amados irmãos
Estou muito feliz em estamos novamente recebendo os seus relatos, seus estudos muito bem fundamentados cientificamente, inteligentes. Vejo a direção do Divino Espírito Santo, nas suas elucidações. Que Deus continue cada vez mais te acrescento sabedoria, saúde e paz.
missionaria Angela,
Projeto Eduqvida
Olá, achei muito interessante suas colocações sobre o plágio dos gregos. Não sei muito sobre a história antiga, mas, muita coisa me deixa em dúvida em relação a branquitude autoral das muitas coisas que foram inventadas. Jesus Cristo dificilmente seria branco dos olhos azuis pertencendo a família que ele pertencia, a menos que o todo poderoso tenha mandado um ser diferente de sua família, e porque o escolhido seria branco? Vou retornar ao seu blog pois quero ler o fim desta matéria. Afro-abraços! Denise Guerra. Blog http://afrocorporeidade.blogspot.com
Excepcional texto!
Nos últimos tempos tomei consciência (o que antes sentia, revoltava-me, porém não tomava partido) do quanto nossa sociedade é racista e do quanto a escola reproduz o discurso segregador. Preocupo-me em levar as temáticas negras e africanas para a sala de aula, principalmente para o professor afrodescendente, para que assim ele possa começar a criar coragem e a questionar, junto aos seus alunos, a tal democracia racial.
Adorei o blog. Virarei seguidor!
Grande abraço, irmão!
Ricardo Riso
ola irmao
cara axei simplismente fantastico seu comentarios a respeito da historia da filosofia.
man eu sou estudante de filosofia da universidade federal da bahia. estou no primeiro semestre mas jah pude observar que a linha de conhecimento e de historia da filosofia que é seguida na academia e puramente e unicamente ocidental... nos meus primeiros dias de aula foram feitos alguns questionamentos a respeito dessa metodologia de ensino e os professores deixaram bem claro q se quisessemos obter alguma informaçao sobre filosofia oriental e filosofia negra, essa informaçao ou qualquer tipo de conhecimento a respeito do assunto nao encontrariamos na grade do curso... cara isso me deixou altamente preoculpado por entender filosofia como um saber que n esta restrito somente a uma linha de pensamento nem a uma civilizaçao, e nem colocando esta civilizaçao como detentora e poderia dizer criadora do saber filosofico, porque foi exatamento isso q foi feito e que é feito ate os dias de hoje quando socrates é coroado como pai da filosofia, a ideia q nos passa é de que tudo se iniciou apartir dele bem como os pre socraticos + seguindo a mesma linha pq tambem eram gregos.
me questionei a respeito disso ao observar o desprezo academico pela filosofia oriental e com isso eu me questinava a respeito de tudo isso que vc abordou nesse comentario, em mim surgio apenas as ideias e os questionamentos sobre os caminhos que a filosofia vinha percorrendo ate aqui e a preoculpaçao ficou ainda maior pois agora filosofia se torna uma disciplina obrigatoria no ensino medio, e com isso fika a interrogaçao, que tipo de conhecimento sera transmitido para esses alunos, que historias eles ouviram nas salas de aula, com base em que seus questinamentos iram surgir.pude observar q seu conhecimento a respeito da historia da filosofia " ate mesmo pq pelo q vi vc eh um historiador" é muito vasto queria poder compartilhar um pouco disso com vc cara, pode t certeza que sera muito importante para minha formaçao como academico e posteriormente como educador q pretendo ser, na transmiçao de uma linha de conhecimento e de pensamento q esteja fora deste padrao ocidental de origem grega com isso n desprezo o conhecimento oriundo da greçia pelo contrario valorizo tambem a sua importancia, mas diante de tudo que foi feito diante da defamaçao e do estrupo intelectual e cultural que ocorreu no oriente e pricipalmente na africa nos que somos de origem africana devemos nao so Reivindicar mas tomar ciencia desta historia que é tao bela e rica.
O título do seu texto não condiz com o que escreveu. Até hoje não tens provas do que diz. E se mostrares algumas, certamente são duvidosa.
Sou preto. Mas achar que essa conspiração chega até na área da filosofia, dizendo que o pensamento grego é um plágio da "filosofia" egípcia, é uma paranóia! O egito desenvolveu uma medicina um tanto duvidosa. Você disse em seu texto que a filosofia de Socráte era estranha ao mundo grego da sua época. Os pretos que conheço hoje em dia, os que não estão atrelados ao pensamento branco, estão vivendo em mundo de superstições e ignorãncia. Até as comuniades milinares da África.
Reconheço que os eipcios foram sempre negros
Além de fazer um post totalmente duvidoso, nao tem coragem de expor opinioes contrárias. Nao adianta espernearem admitam que a Africa negra não produziu nada. A cabeça do negro só serve para carregar coisas e nao para pensar. Seus paises sao subdesenvolvidos, subpovoados, agem como animais no cio, suas linguas sao primarias...Só servem para carregar carga, jogar futebol,correr e limpar latrina.
É muito importante estes esclarecimentos sobre as reais origem do conhecimento e seu papel transformador comportamental hoje , ao ser implantado e debatido nas escolas .... estou acompanhando !!!
É muito importante estes esclarecimentos sobre as reais origem do conhecimento e seu papel transformador comportamental hoje , ao ser implantado e debatido nas escolas .... estou acompanhando !!!
Sem palavras....Essa realidade que você relatam em seus textos,realmente é muito profunda,são as raízes do verdadeiro conhecimento,é essencial para combater a ignorância nao só no Brasil, mas também em todo o mundo.
Os gregos se valeram da sabedoria antiga de vários povos, do Egito à Índia. Mas não considero isto plágio, visto que egípcios e orientais davam um caráter de revelação à sabedoria. Na Grécia, a filosofia assume uma dimensão "humana", um caminho que nós mesmos podemos trilhar, e não um presente de Deus par aos escolhidos. Neste sentido a filosofia grega é um fato novo na história humana. Não estou desprestigiando a sabedoria egípcia-oriental, pelo contrário, sou estudioso dela. Mas creio que o caminho do meio é o mais adequado, trilhar a senda do espírito abrindo mão da razão não é bom, a opressão tirânica na África-Ásia tem mostrado como a submissão da vontade das pessoas cria a miséria. A miséria humana está na mente, a opressão de uma raça pela outra não é apenas um fato objetivo, mas tem raízes profundas na própria psiquê humana, o coitadismo não leva à liberdade.
sou angolano e também estou farto das hitorias mal contadas,os dirigentes todos se formam no exterior e depois vêm todos nos alimentar com suas falsidades. estou cansado e procuro a verdade,força aí mano estou convosco.
Ao que parece existe sim uma intenção deliberada de ocultar certas verdades desse passado longínquo , de que as ciências e a civilização se irradiou a partir da África . Muito pouco se fala dos habitantes da Europa mediterrânea de tempos mais recuados . Pelas pinturas , se vê claramente que eles eram mulatos , pardos , e um razoável número de morenos e brancos .Parece mesmo que essas terras eram habitadas por negros que se misturaram aos poucos com os europeus brancos , ou pela mestiçagem deles que saia do oriente médio em busca de suas próprias terras . Eu só acho que a elucidação dessas coisas devem ser para nos unir e não para separar .
https://youtu.be/7L3L6j9XIC0
Duvido MUITO que tenham lhe ensinado que Pitágoras foi o maior matemático de todos os tempos. Simplesmente porque isso não faz o menor sentido. Não há dúvida de que o alemão Carl Friedrich Gauss merece essa honra. E muito possivelmente o suíço Leonhard Euler pode ser apontado como o segundo maior matemático de todos os tempos.
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