sábado, 31 de janeiro de 2009

AL- KAINA- RAINHA PRETA HEBRÉIA

Por Walter Passos. Teólogo, Historiador, Pan-africanista, Afrocentrado e Presidente CNNC – Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos. Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Os Tamasheq são um grande grupo de povos nômades do Sahara e Sahel (região da África situada entre o deserto do Sahara e as terras mais férteis ao sul) região que partilham uma língua comum e à história. Os Tamasheq foram erroneamente denominados de berberes (bárbaros) pelas tropas romanas - hábito das civilizações brancas ou dos descendentes de Jafé, chamados de gentios ou pagãos nos livros bíblicos, de discriminar as outras civilizações. Os Tamasheq apesar de serem amplamente conhecidos como Tuaregues (palavra criada pelos árabes que significa “abandonados por Deus”) não se auto denominam desta forma e não gostam de serem assim chamados. Chamam-se de Imouhar(en), de Imajeghan ou de Kel tamasheq. "Imouhar” significa "aqueles que são livres”.

Sahel
Durante mais de dois milênios, suas caravanas têm atravessado o deserto do Sahara - uma área maior que o Brasil - conectando a região costeira do Mediterrâneo ao Norte de África para os grandes centros comerciais sobre a borda sul do deserto.

Tamasheq da Argélia
Família Tamasheq
Uma cultura matrilinear – importante não confundir com matriarcado – aonde questões como a herança, os nomes e títulos são transmitidos através da linhagem materna. Isto permite as mulheres Tamasheq deter posições autônomas na sua sociedade, apesar das atuais normas culturais predominantes serem de influência islâmica em toda a grande parte da sua região, incluindo Níger, Mali, Argélia, Burkina Faso e Líbia. Seus números populacionais são estimados em cerca de 3,5 milhões.
Os Tamasheq não transportam grandes posses nas suas viagens, concentram a maioria das suas riquezas em pequenos itens como jóias e artesanatos de couro, feitos da mesma forma que eles tenham sido por inúmeras gerações.
Iremos discorrer sobre uma importante rainha preta chamada de Al- Kaina que viveu no século sétimo após o nascimento de Yashosua e foi hebréia.
Os hebreus migraram em número de milhões para a África e muitos fatos da história africana tiveram como personagens os hebreus, seria redundância e contra-senso, adjetivá-los de pretos, porque os verdadeiros hebreus têm os corpos reluzentes de melanina.

Verdadeiros Hebreus
A comunidade hebréia dos Jarawas, membros do Zenata, uma das três principais divisões dos Tamasheq, juntamente com Senhaja e Masmuda, eram tradicionalmente nômades cujo principal local foi o Médio Magrebe (principalmente na Argélia ocidental).
Muitos estudiosos muçulmanos atestaram a veracidade da pretitude de Al- Kaina, entre eles citamos: Ibn Khaldun, que viveu no século 13, uma respeitada autoridade na história Tamasheq, o famoso geógrafo al-Idrisi, nascido em Ceuta, Espanha, no século 12, que escreveu sobre pretos hebreus no Sudão ocidental do século 16. O historiador e viajante Leon Africanus, um muçulmano da Espanha, conviveram com mulher hebréia que trabalhou na sua casa sua lhe ensinou hebraico e emigrou com a família para o Marrocos em 1492. Leon Africanus posteriormente foi convertido ao catolicismo, mas permaneceu interessado em comunidades hebraicas que encontrou durante a sua deslocação na África Ocidental. Qualquer pessoa em são consciência observando o período histórico e a espaço geográfico dos fatos, imediatamente há de contestar a brancura na personagem, criada para confundir e difundir mentiras.

Al-Kaina - criação dos brancos Mulher Tamasheq da Argélia.
Al-Kahina foi uma mulher hebréia na história da África do Norte, uma guerreira, líder do seu povo, rainha do povo Jarawa, figura religiosa importante, que nos faz lembrar a preta Débora o livro de Juízes. Conhecida como DAHIA-AL KAHINA, Dahia, Damia, Diah, Kahina é soletrado Kahena, Kaena ou Cahen.
Entendendo melhor a participação dessa rainha preta hebréia é de suma importância, seu genitor chamava-se Tabat, ou Thabitah, e o nome al-Kahina é uma forma feminina de "Cohen", isso pode indicar que a sua família ou os Jawaras foram Cohanim, descendência de Arão, irmão de Moisés, da tribo de Levi. Também poderia ter sido um título dado a ela pessoalmente, algo como "sacerdotisa" ou "profetisa". Seus inimigos a chamavam de bruxa, devido o seu conhecimento e o dom de profetizar. Ela casou pelo menos uma vez, e teve filhos. Além disso, quase nada se sabe da sua história pessoal.

Do lado esquerdo uma falsa kaina no seriado Xena, a direita uma Tamasheq.
Em muitos momentos históricos os Tamasheq tiveram que enfrentar inimigos, como os cartagineses, romanos, vândalos, bizantinos e árabes. Na época da morte do profeta Maomé em 632, os muçulmanos apenas estavam na Arábia. Apenas dez anos mais tarde árabes muçulmanos tinham atingido uma das mais espetaculares conquistas na história. Eles conquistaram a Síria (635-636), a Palestina (638-640), e o Egito (639-642), a partir do primeiro e conquistaram os bizantinos (635-637) e, em seguida a Pérsia (637-642).
No ano de 680 D.C os árabes varreram toda a África do Norte a partir do Egito para o Atlântico. O líder muçulmano Oqba ibn Nafi atingiu o Atlântico em Marrocos e, segundo a lenda, andava no mar e cortou a água com sua espada na frustração de que não havia mais terras a conquistar.
Pretos escravizados pelos árabes
Em seu retorno, em março 683, Oqba foi derrotado e morto pelos Tamasheq. A conquista árabe parou por uma década, mas no ano 698 os muçulmanos finalmente conquistaram Cartago, expulsaram completamente os cristãos bizantinos a partir de África. Agora, os conquistadores enfrentaram a sua última e mais obstinado inimigo. O povo comandado por Al-kaina, a rainha hebréia.
O que se sabe é que logo após o general árabe Hassan ibn al Numan sair vitorioso dos bizantinos de Cartago, foi derrotado pelas tropas de Kahina. Hassan recuou provavelmente todo o caminho de volta ao Egito. E Kahina apossou-se de Cartago e governou a maior parte do norte da África.
De acordo com Ibn-Khaldun, como ela esperou para a inevitável renovação das tropas árabes, realizou uma desastrosa política. Ela declarou que os árabes pretendiam conquistar a África do Norte só em virtude da sua riqueza, e ordenou que os nômades Tamasheq destruíssem as cidades, pomares e rebanhos dos sedentários Tamasheq, e fazer da África do Norte um deserto.
Kahina enganou-se com esta decisão. Os árabes estavam determinados a tomar a África do Norte, independentemente da sua riqueza ou pobreza, porque havia pessoas a serem convertidas ao Islã, e a África do Norte era uma porta de entrada para a Espanha e Europa. Sem surpresa, de acordo com Ibn-Khaldun, esta tática de cidades queimadas, custou a Kahina o apoio dos outros Tamasheq.
Em 702 D.C, Hassan novamente invadiu as terras dos Tamasheq e rapidamente derrotou Kahina. Na véspera da batalha final, Kahina ordenou seus filhos irem ao inimigo e tiveram de se converter ao Islã. Kahina acreditava que a sobrevivência de sua família e a supremacia sobre o seu povo, em última instância, eram mais importantes do que as questões do nacionalismo ou da religião.
Podemos afirmar que existiu um “pan-africanismo” de Kahina e este superou no momento de guerra as diferenças religiosas entre hebreus, cristãos e praticantes de religiões locais, os quais se uniram com o lema: "Leões de Judá e África" contra a propagação e a escravização do Islamismo". Kahina reuniu oito grupos de Tamasheq, unidos pela liberdade e pelo bem-comum. Cerca de 50.000 guerreiros e entre eles milhares de hebreus foram massacrados. A maioria dos hebreus foi forçada a converter-se ao Islã.
A importância pan-africana de Kahina é fundamental na junção de comunidades em sonhar em usufruir uma África livre do terremoto islâmico que na jihad destruiu reinos e mudou para sempre o mapa e civilizações africanas, trazendo a escravidão para populações outrora livres e preparando o caminho para o cristianismo deformado europeu, sendo vítimas especialmente os descendentes de hebreus na África , que mantinham tradições e normas hebraicas em diversos grupos que posteriormente foram seqüestrados para as Américas.
Danse Tamacheq
 

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domingo, 18 de janeiro de 2009

O GENOCÍDIO ESQUECIDO – A REVOLTA DOS HEREROS E NAMA NA NAMÍBIA

Por Walter Passos -Teólogo, Historiador
Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
O POVO HERERO
Provenientes da migração dos bantos da região oriental da África, o povo Herero instalou-se na Namíbia entre os séculos XVII e XVIII. Atualmente tem sua população estimada em 240 mil pessoas vivendo na Namíbia, Botsuana e Angola. O Ovaherero engloba vários subgrupos, incluindo o Ovahimba, o Ovatjimba o Ovambanderu e os vaKwandu, grupos em Angola incluem o vaKuvale, vaZemba, Hakawona, Tjavikwa e Tjimba (herero pobres) e Himba que regularmente atravessam fronteira da Namíbia com Angola quando migram com os seus rebanhos.
Durante o período colonial, os europeus tentaram defini-los como grupos étnicos distintos, mas as pessoas consideram-se todos Ovaherero. Apesar de divididos em diversos subgrupos, possuem o mesmo idioma herero, além de português em angola, inglês em Botsuana e inglês e africâner na Namíbia. Também, os antropólogos brancos a serviço do colonizador-racista tentaram dividi-los em seus estudos de antropologia dizendo que são de origens diferentes. Hábito dos brancos em dividir para governar ou exterminar.

O POVO NAMA OU NAMAQUA
Nama (em fontes mais antigas também chamados Namaqua) é um grupo étnico da África do Sul, Namíbia e Botsuana. Eles falam a língua Nama do Khoe-Kwadi (Khoisan central). Os Namas são o maior grupo de pessoas Khoikhoi, a maioria deles já desapareceram em grande parte como um grupo, exceto os Namas. Muitos vivem em Namaqualand.
Após a Conferência de Berlim, a Alemanha invadiu o continente africano e além de outras regiões anexou à Namíbia, enviando para a África invasores (colonos ou descobridores – denominações usadas pela historiografia branca) que pilharam as terras e riquezas da população nativa. Difundido a supremacia branca e comparando o povo herero a babuínos.

Babuínos

Os homens eram constantemente espancados até a morte e as mulheres vítimas de estupro e escravizadas sexuais dos colonos e soldados alemães.
Como conseqüência dessas violações em 12 de janeiro de 1904 o povo Herero resolveu resistir ao invasor-colonizador - racista alemão, liderados por Samuel Maharero. Conforme os historiadores essa guerra de libertação teve como conseqüência o primeiro genocídio do século do XX, impetrado pelo império alemão contra homens, mulheres e crianças originais: as populações Herero e Nama, habitantes na Namíbia.

Samuel Maharero
Líder guerreiro e chefe do povo Herero, ainda criança foi catequizado e frequentou escolas luteranas que o viam como um futuro pastor, ao crescer e tomar consciência da opressão, rebelou-se contra os invasores alemães e enfrentou as famigeradas tropas colonialistas. Teve que exilar-se em Botsuana onde continuou líder dos exilados herero vindo a falecer em 1923. É relembrando na Namíbia como herói em 26 de janeiro, dia dos hereros.
Hendrik Witbooi
Hendrik Witbooi tem o seu rosto estampado nas notas bancárias na Namíbia. Para seus seguidores ele era conhecido por seu nome de Nama Khaob! Nanseb/Gabemab, que significa "O capitão, que desaparece na grama”, uma referência à sua famosa habilidade como lutador de guerrilha. Nasceu em 1830 em uma família de líderes.
Hendrik Witbooi era um homem religioso. Mais tarde, durante a guerra com os alemães, em 1904-1905, Witbooi voltou ao seu povo com a convicção de que Deus o havia de guiá-los para lutar por sua liberdade contra os imperialistas.

Em Outubro de 1904, dez meses após os hereros estarem em guerra contra os alemães em sua totalidade, Hendrik Witbooi levou Namaland a aliança contra os alemães. No 28 de outubro de 1905 perto de Vaalgras, com 80 anos de idade lutou com os seus soldados e morreu no campo de batalha decorrente de um ferimento na coxa.


Cédula com a foto de Hendrik Witbooi

GENOCÍDIO PRATICADO PELOS ALEMÃES

Kaiser Wilhelm II
Com a mobilização do povo herero, o kaiser Wilhelm II enviou 14.000 mil soldados sob o comando do Tenente-General Lothar Von Trotha, conhecido pela brutalidade ao combater a revolta boxer na China e a violenta repressão aos povos pretos que ofereceram resistência à ocupação alemã na África Oriental (Ruanda, Burundi e Tanzânia), e ao chegar à Namíbia disse a sua finalidade:

- "Eu acredito que a tribo herero como tal deve ser exterminada."
E escreveu:
- "O exercício da violência e do terrorismo é a minha política. Eu vou destruir as tribos Africanas com fluxos de sangue e de dinheiro. Só após essa limpeza pode surgir algo novo, que permanecerá.”E em um comunicado ao povo Herero disse:
"Todos os herero devem deixar a terra. Se recusarem, então eu vou obrigá-los a fazê-lo com as grandes armas. Qualquer herero encontrado dentro de fronteiras alemãs, com ou sem uma arma, vai ser abatido. Não serão tomados prisioneiros. Essa é a minha decisão.”Inspirador e executor do massacre dos hereros na Namíbia o general Lothar Von Trotha seguiu um plano elaborado na Conferência de Berlim de 1885, onde os Hereros e Namas foram eliminados sistematicamente, já que o objetivo era apoderar-se de suas terras; para isso estabeleceram um campo de concentração, trabalhos forçados e execuções em massa.
Em contraste, uma carta do chefe herero Samuel Maharero ao seu povo logo após a eclosão da guerra estabelece que os ingleses, Boers, missionários e pessoas de outras tribos não viriam a ser prejudicados. A história tem demonstrado que ambas as instruções foram diligentemente realizadas.
Em uma batalha decisiva no Hamakari, perto Waterberg, em 11 de Agosto de 1904, as tropas de Von Trotha cercaram a nação herero em três lados e estes foram brutalmente derrotados. Em uma jogada cínica, ele deixou o caminho aberto apenas para a área do deserto do Kalahari. O plano de batalha para as pessoas que escaparam das balas do exército alemão deveriam morrer de sede e poços de 150 milhas (240 km) ao redor do deserto ou eram patrulhados ou envenenados, e aqueles hereros que vieram rastejando para fora do deserto, desesperados por água, foram mortos a baioneta. Isto os deixou com uma única opção: atravessar o deserto dentro de Botsuana, na realidade, marchar para a morte. Esta é, na verdade, como a maioria dos hereros foi exterminado.

Hereros no deserto famintos e sedentos após as tropas alemãs envenenarem os poços de água.
Devido a escassez de trabalho na colônia, o extermínio da campanha de Von Trotha foi finalmente parado por Berlim, e os hereros sobreviventes foram aprisionados em campos de concentração, obrigados ao trabalho escravizado, sobrecarregados, com fome, e expostos a doenças como a febre tifóide e a varíola, a maioria dos homens pereceu e as mulheres foram transformadas em escravas sexuais.
O resultado desta política foi que, a partir de 1904 para 1908, foram reduzidas a nação herero de 80.000 a 15.000 pessoas famintas e refugiadas em sua própria terra.

Guerreiros herero capturados por tropas alemãs
Após a guerra, todos os herero de idade superior a sete anos eram obrigados a vestir um disco metálico em torno de seus pescoços com seu número de registro, designando-os como mão-de-obra disponível.
O CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NA ILHA SHARK
A ilha de Shark foi o local usado de 1904 a 1907 que confinou membros das tribos Herero e Nama. Ao longo dos três anos foi o acampamento onde 3000 pessoas encontraram a morte. Para todos os efeitos, considera-se um acampamento de morte, tal como o seu único propósito era o de exterminar pessoas herero e Namaka.
O trabalho forçado do acampamento foi utilizado para construir Lüderitz e vias férreas. Outros campos existiam em regiões invadidas pela Alemanha, incluindo Swakopmund, Windhoek e Okahandja.

Campo de Concentração na Ilha Shark
EXPERIÊNCIAS GENÉTICAS
Foi no Campo de Concentração da Ilha de Shark que Eugen Fischer realizou as suas primeiras experiências "médicas" sobre raça, genética e eugenia, utilizando como cobaias tanto hereros como os mestiços descendentes dos estupros das mulheres herero. Sob sua supervisão, foram preservados corpos e cabeça que tinham sido enforcados e enviados à Alemanha para dissecção.
Fischer tornou-se diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Antropologia, Hereditariedade Humana e Eugenia. Foi co-autor do livro - Os Princípios da Hereditariedade, Raça e Higiene - que se tornou o livro padrão sobre o assunto na Alemanha.
Hitler nomeou Fischer como reitor da Universidade de Berlim, em 1933, onde lecionou medicina para médicos nazistas. Fischer é por vezes referido como o pai da moderna genética. Este homem foi um grande defensor do aborto e da esterilização dos não-brancos.

Foto de Eugen Fischer - Observe a foto de mulheres pretas nos seus estudos eugênicos.

“EU TAMBÉM VIAJO PARA O CÉU EM UMA CARROÇA."Em seu livro Heróis Herero, Jan-Bart Gewald descreve a morte de um dos líderes cristãos herero, testemunhado por um missionário alemão Friedrich Meier:
“Fraco de doença e de maus tratos, Kukuri foi transportado para a sua execução nas costas de um carro de boi. Ele não mostrou o menor vestígio de medo, mas, em vez disso olhou como se estivesse indo para um casamento! Em uma etapa da viagem, disse ao “Pastor” Meier: como Elias, também eu vou viajar para o céu em um vagão.
Quando eles chegaram o local ainda estava sendo preparado. Meier temia pela tranqüilidade de Kukuri e pediu que parasse de olhar para a forca. Ele respondeu:
- Por que não devo olhar para ela? Não é “a minha madeira" (a minha cruz)?
Os dois oraram e juntos cantaram um belo hino: Então tome minha mão e leva-me. Então Kukuri disse:
- Parece que você ainda teme que eu tenha medo, mas quando um pai chama seu filho, o filho tem medo de ir para ele? Dê a minha esposa, que está em Okahandja, a minha saudação e diga a ela que eu já morri na fé do Senhor Jesus Cristo, assim também diga aos meus filhos, pois você deve sempre vê-los.
Em seguida, disse:
- Senhor Jesus, me ajude.
Kukuri subiu a escada e a corda foi colocada em volta do seu pescoço. Como ele estava caindo, o nó escorregou, de forma que ele caiu no chão, inconsciente. Dois soldados o levantaram e, seguindo ordens, e realizaram disparos de arma de fogo, matando-o. Assim entrou Kukuri na presença do Senhor.
Ainda hoje muitos Hereros são membros da Igreja Luterana, defendendo esta ideologia, e comungando com os brancos que assassinaram seu povo na chamada “Guerra de Pacificação da Namíbia”.

"Irmãs" Luteranas na Namíbia.

Em Windhoek, a Christuskirche e o Reiterdenkmal, monumento que homenageia os soldados alemães que morreram na “pacificação” da Namíbia ao fundo uma igreja luterana.

CONCLUSÃO
A Alemanha compensou os Askenazis (descendentes dos kazars) que se dizem judeus após a 2ª guerra mundial em milhões de dólares e apoiou o mundo branco ocidental cedendo terras no Oriente Médio, para a criação do estado de Israel. Mas, até hoje o brutal genocídio dos povos Herero e Nama não foram compensados, os seus descendentes que perderam terras, gados, e potenciais recursos minerais que estão nas mãos dos descendentes de alemães, não receberam das autoridades alemãs nenhum pedido de desculpas e reparação. Apesar dos protestos e mobilizações das minorias étnicas Herero e Nama.
O povo preto não pode esquecer dos 105 anos da resistência dos Herero e Nama! E também do Genocídio impetrado pelos Alemães.
Viva a memória de Hendrick Vitbooi, Samuel Maharero, e dos 65.000 mil hereros (70% da população) e 10.000 Namas (50% da população) que foram dizimados pelas forças genocidas da Alemanha.
Genocide and the second Reich 7: Shark Island.

PRETAS POESIAS

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