segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

BRASIL: CARTA MAGNA DO RACISMO



Por Aidan Foluke, membro da COPATZION,
Tesoureira do CNNC/BA e Acadêmica de Enfermagem.
E-mail: vanessasoares13@hotmail.com
Skype: aidanfoluke



Ulisses Soares Passos, concluiu o curso de Ciências Jurídicas e Sociais (Direito), com 22 anos de idade, na Estácio/FIB, apresentando a monografia de final curso com o tema BRASIL: CARTA MAGNA DO RACISMO, auferindo nota máxima com louvor pela banca examinadora. Diante disso, presta-se o devido reconhecimento ao presente estudo, com objetivo de difundí-lo e incentivar novas pesquisas correlatas entre Direito e Escravização.


Sinopse da monografia:



Todos os seres humanos nascem com direitos inalienáveis. Estes direitos capacitam os indivíduos a buscarem uma vida digna — sendo assim, nenhum governo pode conferi-los, mas todos os governos devem protegê-los.

A liberdade, construída sobre uma base de justiça, tolerância, dignidade e respeito — independentemente da etnia, religião, convicção política ou classe social — permite aos indivíduos desse Estado buscar esses direitos fundamentais. Quando tal premissa é respeitada, tem-se a verdadeira democracia, haja vista que esta é o conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana em seu sentido lato, seus direitos fundamentais e sociais.

Acontece que o processo de formação do Estado brasileiro, assim como o da maioria dos Estados Americanos, ocorreu com a constituição de uma colônia de exploração e sob o manto do trabalho escravizado, do racismo institucionalizado e das relações sociais verticalizadas, todos fundamentados no massacre aos Direitos Humanos e na destituição integral de grupos étnicos, culturas, idiomas, costumes e, principalmente, identidades, com intuito único de satisfação econômica às antigas metrópoles e seus reinados.

A opressão e a supressão aos direitos humanos, à época, foram patrocinadas pelas mais variadas formas de governo, dentro de suas estruturais estatais e normativas, entretanto foi abominada com a instituição da democracia e a necessidade, por vezes oportunidade, da instituição do Estado democrático de Direito, cuja função primaz é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.

Diante disso, o Estado brasileiro foi o principal causador da supressão desses direitos, fomentando em si os mais variados tipos de desigualdades, em especifico a étnico-racial, refletida em sua maioria por diferenças sociais, econômicas e pelas mais variadas formas de preconceito, em que esta nação patrocinou legalmente durante mais de quatro séculos o massacre físico e psicológico daqueles que teriam direitos sob sua proteção.

Nesse contexto, pós-abolicionismo nenhuma medida pelo Estado foi aplicada, omitindo-se este em relação àqueles em cujo poder de império fora utilizado, e hoje, sendo maioria da população, exigem que ações reparatórias, e não somente afirmativas, sejam devidas pelo Estado brasileiro, àqueles que são herdeiros das incontáveis conseqüências advindas do maior meio de destituição e destruição da figura humana: a Escravização.

Para tanto, principia–se, no Capítulo 1, a análise da escravidão no Brasil, seus princípios e conjunturas, assim como o seu histórico fundamentado no modo de produção escravista que fundamentaram o seqüestro e morte de milhões de africanos. Assim como, a análise da legitimidade do direito no estudo da escravidão.

No Capítulo 2, tratando de apresentar as legislações do escravismo que continuam a propagar os pensamentos de diferenciação étnica, como a chegada dos imigrantes e a eugenia, aplicada principalmente na criminologia e nos estudos forenses.

No Capítulo 3, tratando de descrever a constituição outorgada de 1824 e as leis abolicionistas e as influências de outras manifestações e conquistas jurídicas dos afro-descendentes.

Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, que na investigação foi utilizado o Método Indutivo Bibliográfico, cuja coleta de dados obedeceu todo rigor cientifico e encontra-se com as bibliografias destacadas.

Ao praticar, adaptar e desenvolver os conteúdos estudados para elaboração de um trabalho científico é possível delimitar um paralelo entre a teoria e a realidade, utilizando-se de uma metodologia científica. Pode-se empregar mais de um método de análise, portanto, é possível realizar uma pesquisa ao mesmo tempo qualitativa e quantitativa.

No caso em tela, a pesquisa foi de analise bibliografia, delineada a partir de análise crítica de livros, artigos, teses, notícias, leis, jurisprudências e documentários ligados à temática.

Destaca-se que diante do escasso material disponível na área jurídica, as fontes bibliográficas pairam sobre analises importantes de historiadores, antropólogos e sociólogos, o que não prejudica a presente monografia, posto que a relação intrínseca entre as ciências sociais e jurídicas quanto ao aspecto do fato jurídico e fato social garante a fidedignidade das informações prescritas e da analise jurídica do fato em tela.

Ainda ressalta-se por oportuno não se aplicar a costumeira divisão – Direito Civil e Direito Criminal - enquadrada nos estudos de Direito e Escravidão. No presente trabalho a escravidão não é fim de si mesma, mas ponte para o entendimento das conseqüentes políticas de igualdade material, diante das mazelas por aquela deixadas em todo o seio social, fazendo do estudo de seus melindres indispensável à justificativa das políticas sociais afirmativas e reparatórias.

Conclui-se ser inegável que o sistema jurídico se fizesse valer na escravidão desde sua gênese, enquanto norma e fato social desde início. Ao analisar os institutos normativos da escravização, encontram-se de bulas papais até códigos completos, ambos disciplinando relações dos escravizados com seus mercadores e proprietários, além de suas relações internas, como casamentos e cultos religiosos, como as externas como a alforria e sua repersonificação no julgamento em instância criminal.

Ao analisar as normas percebeu-se que o direito disciplinou veementemente as relações escravizado X escravizador, assegurando ao segundo todos os alicerces na exploração do primeiro, indenizando-o inclusive quando aquele tinha o seu direito de propriedade sobre outrem tolhido.

Nesse Diapasão, resta declarar que desde gênese, quando América portuguesa, as discriminações étnico-raciais se fizeram presentes dentro do ordenamento jurídico aplicados no Brasil, e mesmo diante, da ruptura do maior processo de exploração da história da humanidade, nada foi estabelecido aos milhões de africanos e seus descendentes no Brasil. A estes foram reservados as favelas, guetos, e todos os espaços ora constituídos para abrigar aos que ao Estado não mais serviam.

Por fim, cita-se Roberto Lyra Filho, hoje reconhecido como patrono da teoria crítica no Brasil, quem desenvolveu o conceito de direito como "um processo histórico de legítima organização social da liberdade", afirmando a necessidade de a ciência jurídica, com o apoio da sociologia e da filosofia jurídicas, voltar-se também para a análise histórica dos processos sociais em busca daqueles critérios de atualização dos padrões de justiça (finalidades éticas) e de legitimidade (mecanismos razoáveis de decisão e de aplicação do direito), na incessante busca de Justiça por aqueles que durante quatro séculos só presenciaram a diferença.

sábado, 6 de novembro de 2010

A SAGA DO REI ABUBAKARI II - AFRICANOS NA AMÉRICA ANTES DE COLOMBO






Por Walter Passos, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano


"As civilizações pretas foram as primeiras civilizações do mundo. O desenvolvimento da Europa esteve na retaguarda, pela última idade do Gelo, um assunto de uns cem mil anos"
Cheik Anta Diop


Os povos africanos migraram para civilizar o planeta antes que os habitantes da Europa estivessem em estágios de desenvolvimento científico. Da África, as populações humanas aprenderam a dar os primeiros passos civilizatórios e científicos.

Contudo, com o regime de escravidão os africanos e seus descendentes na América foram privados de importantes conhecimentos ancestrais, ao passo que conhecimentos pedagogias racistas baseadas na ausência da ancestralidade, na negação do nosso passado em África e no aprendizado forçado da história e ideologias européias, foram impostos como únicas e verdadeiras.

Nas escolas, ensina-se que a nossa história começa com o maldito tráfico negreiro. Somos adjetivados somente como descendentes de escravizados. Omite-se, ainda, a relatar que nossos ancestrais foram prisioneiros de guerra e covardemente seqüestrados com o apoio de duas grandes religiões o cristianismo e o islamismo.

É de suma importância que esta pedagogia seja reelaborada, e a história apresentada anterior às guerras dos invasores europeus em África.

Nessas importantes reelaborações da história mundial, antes da influência da pedagogia eurocêntrica, diversas mentiras, tidas como verdades, estão sendo desmitificadas. O historiador e dramaturgo Mali Gaoussou Diawara tem organizados diversos trabalhos que propiciam essa releitura.

Mali Gaossou Diawara, natural do Mali, nasceu em Ouelessebougou, a 80 km ao sul de Bamako, estudou o ensino primário e secundário no Mali, jornalismo e letras na extinta União Soviética e também o seu doutoramento (Ph. D) (Especialidade em Dramaturgia). Ele é o autor de trabalhos premiados, várias peças teatrais são apresentadas e estudaras em escolas e universidades, no Mali. Diawara é um Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito da França, Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito do Mali, vencedor do Prêmio UNESCO para a poesia e prêmio drama Cross-Africano.


Diawara afirma em seus escritos que os africanos “descobriram” a América quase dois séculos antes do desembarque fatídico do judeu Cristóvão Colombo. Em suas pesquisas, têm informado e explicado que o silêncio dos griots, os maiores historiadores da história oral africana, tem-se quebrado, paulatinamente, no intuito de divulgar a história de Abubukari II e sua saga pelo Oceano Atlântico.
Griots do Mali

Até então, a fascinante história de Abubakari II tem permanecido resguardada e esquecida, por ele ter renunciado ao trono do Império de Mali.

Seu sucessor, Kankan Mansa Musa, o décimo imperador Mansa, ou imperador do Mali durante seu auge no século XIV, entre os anos de 1312-1337, tornou-se famoso por ser um dos grandes benfeitores do conhecimento em Timbuktu.

Durante o período do reinado de Mansa Musa, houve um crescimento do nível de vida urbana nos grandes centros do Mali, especialmente em comparação com o relativo atraso da Europa. Musa fez do Mali um dos principais centros mundiais de conhecimento, estrutura urbana e riquezas.

Mansa Musa também ficou conhecido por sua peregrinação a Meca, onde constituiu uma caravana com mais de seis mil pessoas, incluindo mais de cem camelos carregados com mais de 300 kg de ouro cada.

Ao contrário de Mansa, Abubakari II possuía uma sede insaciável por conhecimento. Diawara o descreve como um monarca Africano que abdicou do trono em 1311 e partiu para descobrir se o Oceano Atlântico, era grande como o grande rio Níger. A meta do imperador malinês era descobrir se o oceano Atlântico tinha outra margem - como tinha o rio Níger, que cortava os seus domínios.

A saga de Abubakari II não foi aceita por seus conselheiros, que instruíram aos griots que não relatassem sobre esta grande proeza. Contudo, as pesquisas de Diawara têm trazido à tona uma riqueza de informações sobre grande parte da história do império de Mali, que foi deliberadamente ignorado pelos griots, tornando-se mais uma das provas incontestes do desenvolvimento cientifico africano.

Pesquisadores afirmam que a frota de Abubakari II era formada de 2.000 barcos carregados com homens, mulheres, alimentos para o gado e água potável, partindo do que é a costa de Gâmbia atual. O imperador Abubakari II deu-se todo o poder do ouro que possuía, em buscar o conhecimento e descoberta no Grande mar além do rio Níger, nunca mais voltando a sua terra natal e provavelmente se estabelecido com o seu povo nas Américas.

Abubakari II, também era conhececido como Mande Bukari, vivia próximo da mais completa universidade do mundo, a época, na cidade de TIMBIKUTU, sede da Universidade de Sankoré.

Timbikutu
De acordo com Mark Hyman, autor do livro - Blacks Before America-, Abubakari II estava interessado em histórias de estudiosos de um "mundo em forma de cabaça, o grande oceano a oeste e o novo mundo para além desse. Hyman afirma que os maleses entrevistaram navegadores e construtores do Egito e de cidades do Mediterrâneo, decidindo construir seus próprios navios na costa da Senegâmbia. Os preparativos para a viagem incluiu carpinteiros, ferreiros, navegadores, mercadores, artesãos, joalheiros, tecelões, mágicos, adivinhos, pensadores e o militares, e que todos os navios puxaram uma fonte de barco com os alimentos por dois anos, carne seca, grãos, frutas em conserva em potes de cerâmica, e de ouro para o comércio.

Diawara realiza em seu livro, Abubakari II, Explorador Mandingo (tradução livre de Abubakari II, Explorateur Mandingue), a síntese de mais de vinte anos de pesquisa sobre o imperador, que em 1312 renunciou voluntariamente ao poder de vasto império no Oeste Africano.

As pesquisas de Diawara, embasadas em provas arqueológicas, lingüísticas e na tradição oral dos griots, comprovam, mais uma vez, a presença Africana nas Américas antes da chegada dos invasores europeus.

Segundo Tiemoko Konate, um dos pesquisadores que trabalham com Diawara, a frota de Abubakari teria ancorado na costa do Brasil, no local hoje conhecido como a cidade do Recife, in verbis:

“Seu outro nome é Purnanbuco, o que acreditamos é que é uma aberração do Mande para os campos do rico ouro que representavam grande parte da riqueza do Império Mali, Boure Bambouk.”

Konate também cita testes, semelhantes aos descritos por Ivan Van Sertima, mostrando que as pontas de lanças de ouro encontradas por Colombo nas Américas, foram forjadas de ouro originalmente de Guiné no Oeste Africano.

Van Sertima descreveu como, de acordo com os próprios escritos de Colombo, as pessoas que viviam na ilha de Hispaniola (mais tarde, Haiti e República Dominicana) eram negras, corroborando com os estudos de Diawara, verbis:

"as pessoas de pele negra tinham vindo do comércio sul e sudeste em ouro lanças feitas de metal. Colombo enviou amostras destas lanças de volta à Espanha para ser testado, e foram considerados idênticos em suas proporções de ligas de ouro, prata e cobre, lanças, em seguida, sendo forjado no Africano da Guiné. Fernando, filho de Colombo, disse que seu pai havia lhe dito que tinha visto pessoas negras norte do que hoje é Honduras.”

Van Sertima, em seu trabalho mais famoso: They Came Before Columbus, dividiu a presença africana nas Américas em distintos períodos históricos, a saber:

Primeiro, entre 1200 e 800 a.C, quando os núbios e os egípcios chegaram ao Golfo do México e trouxeram a escrita e a construção de pirâmides.

Segundo, em 1310 d.C, quando a civilização mandinga se estabeleceu no México, Panamá, Equador, Colômbia, Peru e diversas ilhas do Caribe.

Comparação entre núbios e monumento dos Olmecas no México

Nesse sentido, alguns pesquisadores acreditam que a população Garifuna da América Central é descendente da expedição de Abubakari II.

Garifunas da América Central

As pesquisas afrocêntricas têm derrubados mitos, mentiras e desvirtuações da história da humanidade realizadas por estudiosos ocidentais e suas academias serviçais da manutenção da supremacia européia. Contudo, diante das incontestes provas arqueológicas e históricas evitam o debate e ficam enfezados (em fezes) quando os cientistas afrocêntricos descrevem os fatos livres da manipulação supremacistas europeus.

Imagem que simboliza a presença de africanos na América 500 anos antes dos Europeus

Recomenda-se que se leia o artigo - O Preto na América antes da Invasão Européia -, que contem outros estudos da presença africana na América desde tempos imemoriais.

Por fim, você já deve ter participado de encontros, seminários, cursos e reuniões e os descendentes de europeus sentem prazer em nos ensinar à história conforme a visão deles; não gostam de serem contestados, se sentem senhores do conhecimento, como os seus ancestrais se sentiam donos do escravizado. Apropriaram-se do conhecimento dos mestres como fizeram com os ensinamentos de KMT e introjeteram que o mundo deve ser estudado a partir do surgimento de suas civilizações na Europa. Não podemos mais aceitar esse disparate contra a inteligência e a memória da humanidade.

Shalom!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

OS CRISTÃOS E O SEGUNDO TURNO - A CONFUSÃO CONTINUA




Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano


Estamos caminhando para o segundo turno das eleições onde a população brasileira irá escolher entre José Serra e Dilma Rousseff. No primeiro turno, pastores e pastoras confundiram a cabeça do eleitorado evangélico com ataques e defesas de candidaturas. A evangélica Marina, apesar de não ter o apoio das principais lideranças evangélicas surpreendeu com quase 20% do eleitorado, e assustou o descendente de italiano José Serra e a descendente de búlgaro Dilma Rousseff.

No dia da eleição encontrei algumas pessoas da "Bléia" (Assembléia de Deus) que falavam de Marina como a ”Varoa de Deus”, a mulher que combatia o aborto e casamento entre homossexuais. Eram pessoas de pele preta que foram manifestar a sua preferência política baseadas nas suas concepções religiosas e seguindo a orientação das suas lideranças.

Incrível foi o pastor Silas Malafaia que mudou de postura faltando poucos dias para a eleição e criando mais confusão na cabeça de uma importante parcela de evangélicos que o seguem e acompanham a sua programação na mídia:

SILAS MALAFAIA NÃO vota em Marina.


Sendo contestado, veementemente, pelo pastor Caio Fabio que o chama de safado por causa de Marina:

Caio Fábio - Ao Safado Silas Malafaia (Marina Silva 1/2)


Há dois vídeos interessantes sobre as eleições:

Pe. José Augusto: sobre o 2° turno das Eleições para Presidente (parte 1)




Pe. José Augusto: sobre o 2° turno das Eleições para Presidente (parte 2)



A resposta ao padre: Sermão do falecido Padre Léo da Canção Nova sobre José Serra.

JOSÉ SERRA - ASSINOU O ABORTO NO BRASIL EM 1998


Fato interessante é que se trava uma luta entre os setores conservadores da igreja Católica e os remanescentes da Teologia da Libertação. Há informações que um dos principais puxadores de voto para José Serra, Geraldo Alckmin, é ligado a Opus Dei (Obra de Deus). Sobre a Opus Dei:

http://super.abril.com.br/religiao/opus-dei-exercito-papa-447854.shtml

Neste blogger, o autor afirma que José Serra, Geraldo Alckmin e Artur Virgilio são da Opus Dei:

http://judsonline.blogtok.com/blog/16304/

Nesta guerra de informações como vemos através dos vídeos acima a confusão continua e a maioria dos 20% dos eleitores de Marina que são evangélicos terão um grande dilema pela frente: Votar no católico José Serra, que se diz devoto de Santa Rita de Cássia ou em Dilma Rousseff que afirma ter formação católica. A grande maioria da população brasileira, formada por descendentes de africanos, não se preocupa com os grandes problemas do nosso povo e nem com a análise das propostas das candidaturas, aqueles continuam na confusão e na mesmice dominados mentalmente.

Você através da sua consciência decidirá.

Shalom!

sábado, 25 de setembro de 2010

OS EVANGÉLICOS E AS ELEIÇÕES – CONFUSÃO EM NOME DE DEUS



Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com

Skype: lindoebano

Os evangélicos representam 30% da população brasileira e a sua maioria é composta de descendentes de africanos, seguidores da orientação das lideranças brancas, sem realizar questionamentos, vivem como cordeiros e cordeiras aceitando as ordens dos seus guias espirituais. Os pastores e pastoras são considerados as “vozes de deus” na Igreja, orientadores em todas as situações, e nesse momento, formadores de opinião e indicadores em que votar.

No Brasil, infelizmente não há lideranças pretas no cristianismo. Há alguns grupos que tentam criar um movimento reivindicatório e questionar o racismo, sem discutir a fundo os motivos da discriminação, são defensores da inclusão nas igrejas e adeptos da teoria social da brasilidade que nega os conflitos sociais, e concomitantemente a afrocentricidade e o pan-africanismo.

São milhões de pretos e pretas evangélicos, lideranças que não conseguem reunir mil pessoas em um congresso, faltando visibilidade e propostas convincente aos milhões de cristãos evangélicos pretos dominados mentalmente.

Hoje, assisti a um programa televiso da Igreja Presbiteriana cujo apresentador o Presbítero Daniel Sacramento se referiu ao presidente Obama, exemplificando que os negros são a minoria nos USA e conseguiram eleger o presidente. Não fez a comparação com a maioria negra nesse país que é desorganizada e não consegue ter um candidato a presidente, mas, comparou com os evangélicos, que são uma minoria com um número suficiente de decidir o pleito eleitoral que virá.
Entre as denominações evangélicas que possuem o maior número de membros, entre elas: os Batistas , as Assembléias de Deus e os cultos neopentecostais, sendo a mais conhecida a Igreja Universal do Reino de Deus, se posicionam através de diversas lideranças sobre quem os fieis devem votar, lançando candidatos e apresentam os diversos motivos de um voto cristão.

È deveras interessante os motivos apresentados para o não apoio a candidata Dilma Rousseff do PT, de evangélicos eleitores de José Serra e Marina Silva. Transcrevo abaixo um dos scraps que recebi no Orkut:

BOMBA: MOVIMENTO NÃO VOTE EM DILMA!!!

SÓ PRA VC COMO CRENTE OU CATOLICO FICAR COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA.... A DILMA APROVARÁ A LEI DO ABORTO E DO CASAMENTO GAY
DECLARADO POR ELA MESMA.
E O MAIS INTERESSANTE QUE EU NÃO SABIA E NÃO
HAVIA REPARADO...
VCS SABEM O NOME DO VICE DA DILMA? MICHEL TEMER!

ISSO TE LEMBRA ALGO?
É ELE MESMO O PAI DE DANIEL MASTRAL O GRANDE CABEÇA DOS
SATANISTAS...
INFORMAÇÕES DIVULGARAM QUE A PRESIDENTE SERÁ ELEITA, NÃO TEM JEITO, PORÉM VC COM CONHECIMENTO E SABEDORIA, FILHO DE DEUS, NÃO VOTE NELA, OS SATANISTAS JÁ PREPEARAM TUDO...
A PRESIDENTE
POSSUI UM CÂNCER ADORMECIDO E DENTRO DO ANO DO SEU LEGADO O DIABO A FERIRÁ E ELA FICARÁ TERRIVELMENTE DOENTE, TALVEZ, VINDO ATÉ A FALECER E, QUEM ASSUMIRÁ O PODER? O VICE MICHEL TEMER....
FIQUE LIGADO!

A INTENSÃO DO DIABO É DOMINAR TODO TERRITÓRIO BRASILEIRO LIBERANDO POTESTADES E PRINCIPADOS NO AR,TERRA E MAR.

É HORA DE NOS LEVANTARMOS COMO FILHOS DE DEUS.

CUIDADO COM O SEU VOTO, NÃO O JOGUE NAS MÃOS DE UM INSTRUMENTO DO NOSSO ADVERSARIO.

Dilma aprovará leis que prejudicarão a pregação da Palavra de Deus, como:
Fica proibido fazer:

• Cultos ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional)

• Programas evangélicos na televisão por mais de uma hora por dia.
• Programa de rádio ou televisão, quem não possuir faculdade de 'jornalismo'.
• Pregar sobre dízimos e ofertas, havendo reclamações, obreiros serão presos.

Quanto aos cultos:

• Cultos somente com portas fechadas (Reforma Constitucional)

• As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.

• Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e
idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
• Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito de se defender por meio de ação judicial.

E-mail de um ex-colega do Seminário Presbiteriano de Campinas, também com um alerta:


Queridos amigos e conhecedores da Palavra. Temos que entender e saber o que as pessoas realmente pensam e o que passa em seus corações. Espero e oro para tenhamos sabedoria do alto quando votarmos daqui a 10 dias. Que o Eterno lhes abençõe e GUIE sempre!

DILMA DIZ: NEM MESMO CRISTO ME TIRA ESSA VITÓRIA

Após a inauguração de um comitê em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local. Veja:
Como a senhora vê o crescimento da sua candidatura nas pesquisas?


"O povo brasileiro sabe escolher, é a continuidade do governo Lula, e após as eleições nós vamos desarmar o palanque e estender os braços aos nossos adversários, o candidato Serra está convidado a participar do meu governo, porque nesta eleição nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória, as pesquisas comprovam o que eu estou dizendo, vou ganhar no primeiro turno."


Parece que está caindo à imagem de boa moça e aparecendo quem realmente é a Dilma Roussef.
“O Povo Brasileiro estará cometendo um grande erro elegendo Dilma presidente e vão sofrer.” Ciro Gomes

Poucos minutos após a entrevista, já tinha caído na internet, twitter… e ela disse ter sido mal interpretada e que a frase não foi essa, porém alguns mineiros já repudiam a candidata e o quadro eleitoral começa a dar uma reviravolta, em Minas a petista estava à frente de José Serra e agora Serra já ultrapassou com uma vantagem de 5 pontos, tanto que Aécio Neves já está aparecendo na TV pedindo aos mineiros o apoio unânime à Serra.

IMPORTANTE: A Dilma já está até sentando na cadeira presidencial, dá pra acreditar?

Vamos passar adiante, passe para o maior número de contatos possíveis, o Brasil precisa saber disso.

DILMA, a favor do Aborto e acima de Jesus Cristo. Até o Papa no vaticano já se manifestou contra essa frase.

Abram os olhos com os nossos candidatos!

Não anulem seus votos, nem vote em branco, isso somente vai ajudar aqueles que querem prejudicar nossa nação, votem com consciência!

O pastor Batista Paschoal Piragine apóia Candidatura de Serra e fala sobre a iniqüidade da candidata Dilma:

Posicionamento do Pr. Paschoal Piragine Jr sobre as eleições 2010


Muitas lideranças evangélicas não comungam com as opiniões acima e apóiam a Dilma:

Pastor Paulo Kazão do Ministério Internacional Graça Sobre Graça e o Apóstolo Cristiano França de Montes Claros -MG, onde está trabalhando para implantar a Graça genuína e libertar o povo místico do Norte de Minas da "macumba gospel”.

http://www.abencoados.com/kazao.htm

Posicionamento do Pr Paschoal Piragine - RESPOSTA


Em nome dos evangélicos, discursou o pastor e deputado federal Manoel Ferreira (PR-RJ), da Assembléia de Deus.

A julgar pelo que disse o pastor-deputado, foi dando que o governo da ex-ministra Dilma recebeu o apoio dos evangélicos à candidata. Manoel recordou aos presentes que Lula sancionara a lei que regularizou os templos erigidos em áreas públicas pertencentes à União. “Agora chegou a hora de estarmos unidos. O que podemos fazer por esse homem?”, perguntou o pastor Manoel aos presentes. Ele mesmo respondeu: “Fazer a sua sucessora”.

http://blogfolha.com/?p=13430


Pastor presbiteriano compara Dilma com o apóstolo Paulo. Assista ao vídeo:

Líder de 27 mil pastores pede apoio para Dilma


A pastora Silvana compara Dilma como nova Débora.

PASTORA SILVANIA NUNES - Assembléia de Deus -- Min. Madureira


Irmão Lázaro está com Dilma nas eleições


O pastor da Assembléia de Deus Joaquim Móbile do Congo apóia Dilma

Pastor Joaquim Mbole


Todos os candidatos sofrem ataques do blogueiro fundamentalista Julio Severo, que escreveu diversos artigos combatendo a luta dos negros. O seu principal alvo é Marina Silva:

Marina: mais uma “solução” de Caio Fábio e Valnice

Só faltou Valnice dizer que Marina é um anjo verde — que se diz contra o “casamento” gay, mas a favor de uniões civis homossexuais, que no final das contas é a mesma coisa. Em elogios e adulações para Marina, Valnice só perdeu para Leonardo Boff, o principal líder da Teologia da Libertação do Brasil, que igualmente pintou Marina como solução para o Brasil.

http://juliosevero.blogspot.com/2010/09/marina-mais-uma-solucao-de-caio-fabio-e.html

Marina Silva, a candidata verde de coração vermelho


Ela começou sua carreira política militando nas comunidades eclesiais de base, a ala mais marxista Igreja Católica, tendo a Teologia da Libertação como referencial de sua vida. Mesmo assim, agora ela apresenta-se como candidata dos evangélicos, pintando-se como “moderada”

http://juliosevero.blogspot.com/2009/10/marina-silva-candidata-verde-de-coracao.html

Marina Silva é membro da Assembléia de Deus, mas não recebe o apóia da alta cúpula:

ASSEMBLÉIA DE DEUS NÃO APÓIA MARINA SILVA

Assembléia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, com 8,4 milhões de fiéis segundo o Censo de 2000, não apoiará a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV). "O fato de ser evangélica e candidata não é suficiente para a igreja apoiá-la", afirmou o pastor Joel Freire, que trabalha como missionário da Assembléia de Deus nos Estados Unidos. Filho do pastor José Wellington - presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) e suplente de Orestes Quércia (PMDB) -, Freire ressalta que Marina precisaria de "outros atributos", como ser "conhecida pela comunidade evangélica e provar que poderia ser presidente".

Segundo o pastor Gedeon Alencar:


"As pessoas votam, cada vez mais, a partir da preocupação instrumental, do que dá fruto, do resultado imediato", afirmou o pastor Gedeon Alencar, especialista em ciência da religião e membro da dissidente Igreja Assembleia de Deus Betesda em São Paulo. Ele observa ainda que será diferente essa eleição: "Os evangélicos vão se dividir. Há duas décadas os evangélicos foram contra Lula, era mais definido".


Para Alencar, ganha apoio quem tem algo a oferecer. "Mesmo Marina tendo uma marca da Assembleia de Deus, no encontro em Santa Catarina (em maio), quem foi convidado para falar foi o Serra", disse. "Marina teria dinheiro para patrocinar? Não tinha. Então se dá ênfase para quem tem dinheiro para financiar", afirma.

http://aforcadaesperanca.blogspot.com/2010/05/assembleia-de-deus-nao-apoia-marina.html

Marina Silva disse em uma entrevista:

Mesmo sendo evangélica e pertencente à maior ala da Assembleia de Deus, Marina afirma que não usará a igreja para pedir votos. “Minha posição é de não usar o púlpito para fazer palanque”, afirmou.

http://www.gospelprime.com.br/evangelica-marina-silva-minimiza-apoio-de-lideres-de-igrejas-a-dilma-rousseff/

Apoiando a candidata Marina Silva estão líderes importantes como o pastor Silas Malafaia, Apóstola Valnice Milhomens, Pastor Caio Fabio, e o Apostolo Renê Terra Nova. Interessante que Silas Malafaia e Caio Fábio são discordantes em vários assuntos, mas apóiam a mesma candidata.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, declarou apoio à candidata do PV, Marina Silva nesta sexta-feira, dia 24. O conferencista mantendo um discurso coerente com seus princípios, pediu votos através de seu twitter. Diferente de outros lideres da Assembleia de Deus como José Wellington Bezerra e Manoel Ferreira que declararam apoio a Dilma Rousseff, mesmo a petista sendo a favor do casamento gay e do aborto, Malafaia diz que foi coerente.

http://www.gospelprime.com.br/pastor-silas-malafaia-declara-apoio-a-marina-silva/

Mobilização Nacional - Pastor Silas Malafaia


Apoio cidadão e não religioso de Caio Fábio a Canditaduta de Marina Silva


Apóstola Valnice Milhomens e o Apóstolo Renê Terra Nova

O apóstolo Renê Terra Nova e os apóstolos do Brasil oraram pela senadora Marina Silva, na noite de 21 de abril, quando a senadora esteve presente no 11º. Congresso de Resgate da Nação. A apóstola Valnice Milhomens primeiramente apresentou a senadora, e intercedeu por seu ministério político diante da Nação Brasileira.

Em seguida, o apóstolo Renê também orou profetizando que a bênção de Deus está sobre a vida de Marina Silva. Os apóstolos reuniram-se no altar da tenda e impuseram as mãos sobre a senadora acreana, pedindo a Deus que lhe dê sucesso em sua vocação. Foi um mover sobrenatural.

http://www.reneterranova.com.br/hotsite/portoseguro2010/content/noticias.php?code=28

Nesta Babilônia as posições controversas de diversas lideranças cristãs, a maioria dos evangélicos que são descendentes de africanos, estão imersos na mais profunda confusão. Em nenhum momento a questão racial foi colocada como fundamental, os pastores e pastoras se adequaram as mais diversas interesses políticos sem se preocupar com a ética e com os ensinamentos verdadeiros das Sagradas Escrituras.

O cristianismo sempre esteve envolvido no poder secular, desde a sua formação no Imperio Romano e suas divisões com a Reforma do Século XV. Foram mentores ideólogicos e enriqueceram com a escravidão na África, criaram falsas interpretações para o domínio mental e da perca de identidade de uma grande maioria de africanos e seus descendentes . O griot Ademario Ashanti já nos alerta no seu artigo por essa manipulação de consciência feito pelo cristianismo que ensinou aos pretos e pretas adorarem um Messias Branco criado a imagem e semelhança dos opressores:


CESARE BORGIA – O GAROTO PROPAGANDA DO VATICANO

http://cnncba.blogspot.com/2009/10/cesare-borgia-o-garoto-propaganda-do.html


Os pretos e pretas cristãs estão em mais uma confusão de suas igrejas, seguindo as lideranças brancas, tendo as consciências manipuladas no mais atrasado voto de cabresto em pleno século XXI.

Porque YHWH não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as comunidades dos santos. I Cor. 14:33.

Shalom!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MEDICINA E MULHERES NO ANTIGO EGITO - MERIT PTAH E PESESHET: AS PRIMEIRAS MÉDICAS DO PLANETA.




Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com

Skype: lindoebano


A civilização do antigo Egito (Kemet) não oprimia as mulheres como a civilização grega, erradamente considerada o berço da democracia pelo eurocentrismo, onde as mulheres não eram consideradas cidadãs. Em Kemet, as mulheres se tornaram proeminentes em diversas áreas do conhecimento. Elas eram especialistas em física, astronomia, matemática, arquitetura e demais ciências. Todas as profissões foram abertas às mulheres e aos homens, incluindo os serviços religiosos, administração, negócios e medicina, entre outros campos. Na medicina havia institutos médicos em Heliópolis e Sais, chamadas "peri-ankh" ou "casas da vida" as suas especialidades se destacaram na ginecologia e obstetrícia.

No antigo Egito, nas Escolas de Medicina, elas aprenderam a cuidar da gravidez (pré-natal), parto, fertilidade e contracepção, sendo assim, sabemos que eram médicas ginecologistas e obstetras. No bíblico livro de Êxodo há um relato do trabalho dessas médicas, no capitulo1: 15-22

"O faraó do Egito disse às parteiras dos hebreus, uma das quais se chamava Sifra e a outra Fúa: Quando ajudardes as mulheres dos hebreus a darem à luz, olhai o sexo da criança. Se for um menino matai-o. Se for uma menina deixai-a viver". As parteiras, porém, temiam a YHWH. Não fizeram o que o rei do Egito lhes ordenara e deixaram os meninos viver. Então o faraó do Egito lhes convocou e lhes disse: "Por que fizestes isso e deixastes viver os meninos? As parteiras responderam ao Faraó: "As mulheres dos hebreus não são como as egípcias; são cheias de vida, antes de a parteira chegar já deram à luz". Deus tornou as parteiras eficazes e o povo se multiplicou e se tornou bem forte. Ora, como as parteiras temessem a YWHH e YHWH lhe houvesse dado uma descendência, o Faraó deu esta ordem a todo o seu povo: “Todo menino recém-nascido, jogai-o ao rio. Toda menina, deixai-a viver”.

Sifra e Fúa são citadas como as primeiras médicas do povo hebreu ainda no Egito, demonstrando que a ciência medica de Kemet foi cosmopolita.

O conhecimento químico dos médicos egípcios foi tão grande que alguns atribuem a origem da palavra "química" para "Kemet", o antigo nome do Egito. Drogas de fontes diferentes foram utilizadas. Minerais, como enxofre, antimônio e zinco foram utilizados principalmente nos olhos e pomadas da pele. Produtos de origem animal, como carne de boi e fígado, assim como mais de 160 plantas (muitos delas ainda em uso) foram utilizadas na forma de comprimidos, pós ou supositórios (retal e vaginal). Entre as plantas comuns utilizadas foram senna, plátano, óleo de rícino, goma arábica, hortelã e linhaça. A levedura foi utilizada para a indigestão e externamente para úlceras de perna. Os medicamentos mencionados no papiro Ebers, por exemplo, incluem o ópio, maconha, mirra, incenso, erva-doce, canela, Senna, tomilho, henna, zimbro, aloe, linhaça e mamona.

Quais as civilizações ocidentais antigas que podemos citar o desenvolvimento e a liberdade das mulheres? Você só pode falar de civilizações africanas.

No antigo Egito há mais de 100 documentos com imagens que aparecem nas paredes de tumbas e nos hieróglifos gravados em estelas, provas incontestes de que as mulheres egípcias se tornaram grandes professoras em escolas de formação médica.


A primeira mulher descrita como médica na história do planeta foi Merit Ptah. A imagem dela pode ser vista numa tumba na necrópole próxima a pirâmide de degraus de Saqqara. O filho dela que era um Alto Sacerdote, descreveu-a como "A Médica-Chefe". Merit Ptah Viveu no ano 2700 a.C logo depois do grande médico Imhotep.


Uma cratera de impacto sobre Vênus recebeu o nome Merit Ptah em homenagem a primeira médica da história da humanidade. Uma mulher preta e africana.


Um dos nomes mais conhecidos de médicas do antigo Egito foi o de Peseshet, descoberta a estela em 1930 nas escavações de Gizé, pelo professor Selim Hassan, a inscrição da estela, datada de cerca de 3100-2100 a.C., está escrito: Supervisora dos doutores ou Chefe dos doutores.

Não foi apenas uma médica em seu próprio direito, mas, também a supervisora e administradora de todo um corpo de médicos do sexo feminino. Exerceu a medicina quase 5.000 anos atrás e foi imortalizada por seu filho em seu túmulo como "A médica-chefe".

A dama Peseshet sabia tomar o pulso, examinar a retina e a pupila do olho, a cor e a textura da pele, avaliar a qualidade da circulação da “energia” dos vasos. Assim, ela podia fazer um diagnóstico e concluía com uma destas três frases: − Uma doença que conheço e tratarei. − Uma doença que conheço e tentarei tratar. − Uma doença que desconheço e não poderei tratar.

“Desde o início dos tempos, mulheres sábias colhiam ervas e faziam infusões, davam os cuidados do dia a dia que eram quase que toda a ajuda disponível para os doentes até dois séculos atrás. Elas banhavam os artríticos e manipulavam suas articulações, acompanhavam as mulheres grávidas e faziam seus partos. Uma vez que a maioria dos remédios era ineficaz há até cerca de cem anos, pode-se dizer que a maior parte da medicina prática estava na mão das mulheres.”

Peseshet tinha acesso a numerosos tratados médicos que proporcionavam observações classificadas com rigor, diagnósticos e prescrições. Havia aprendido a preparar poções, ungüentos e cataplasmas; utilizava fumigações medicinais e prescrevia dietas alimentares, de acordo com o transtorno da saúde. A ginecologia era uma de suas maiores especialidades. Aos remédios materiais, a dama Peseshet acrescentava a prática da magia, a faculdade de desviar o efeito da fatalidade.

Elaine Alves e Paulo Tubino (História da Mulher na Medicina)

LADY PESESHET!


No entanto, outra notável egípcia deixou sua marca no campo da obstetrícia e ginecologia no século II d.C, uma médica chamada Cleópatra, não confundir com a rainha egípcia, escreveu extensivamente sobre a gravidez, parto e de saúde da mulher. Seus escritos foram consultados e estudados há mais de 1000 anos.

“Desde o início dos tempos, mulheres sábias colhiam ervas e faziam infusões, davam os cuidados do dia a dia que eram quase que toda a ajuda disponível para os doentes até dois séculos atrás. Elas banhavam os artríticos e manipulavam suas articulações, acompanhavam as mulheres grávidas e faziam seus partos. Uma vez que a maioria dos remédios era ineficaz há até cerca de cem anos, pode-se dizer que a maior parte da medicina prática estava na mão das mulheres.”

Ian Carr (Women in Healing and the Medical Profession, 2004)

É deveras importante compreendermos as descobertas facilitadoras e revolucionárias para as vidas das mulheres neste século já eram praticadas em Kemet(Egito), os métodos contraceptivos eram usados por uma minoria das mulheres, as que se dedicavam a prostituição, as filhas solteiras e por prescrições médicas no caso de problemas psiquiátricos e da gestação pós-gravidez.

As egípcias conheciam testes de gravidez, um deles usava a cevada e um tipo de trigo, o emmer, em sacos de areia, os umedeciam durante alguns dias com a urina. Se a cevada crescesse seria um menino, se fosse o emmer (farro), seria uma menina, se não houvesse a germinação significava que não havia gravidez, e a ciência comprovou que a urina das mulheres que não estão grávidas impede que a cevada germine.



O Egito desenvolveu diversos métodos de controle de natalidade, um deles enumeramos como o precursor do diafragma feito de estrume de crocodilo e mel e uma ducha feitos de urina e alho. Abaixo outros contraceptivos usados pelas antigas mulheres do Egito:

DIU – As mulheres usavam a madeira da acácia para evitar a gravidez
PÍLULA- Usavam a romã que é rica em estrogênio.
TAMPÃO CONTRACEPTIVO - O "Papiro de Ebers" datado de 1550 a.C, é o primeiro manuscrito detalhando os meios de contracepção, indicando o uso da acácia, cabaça moída e misturada com mel sendo umedecida e colocada na vagina.
ESPERMICIDAS – Usavam diversos cremes misturados com diferentes tipos de óleos e mel
PRESERVATIVOS - Feitos de membranas de ovinos que protegiam contra as doenças infecciosas.

Possuíam tratamento para aumentar a fertilidade das mulheres, consistia que ficassem agachadas e eram tratadas com o vapor da mistura quente de incenso, óleo, tâmaras e cerveja. Para induzir ao parto colocavam no abdômen sal marinho e trigo emmer.

Existiam maternidades, chamadas casas de Parto, situadas ao lado dos templos, usadas especialmente pelas mulheres nobres. As diversas formas eram utilizadas, em pé, ajoelhadas, de cócoras, sentada sobre os calcanhares em tijolos ou sentada nas cadeiras de parto. Vede a gravura abaixo:

Há alguns recortes importantes que as médicas pretas do antigo Egito nos ensinam: Uma medicina holística, os métodos de cura natural, a importância das mulheres como exemplo histórico na igualdade de gênero e oportunidades que foram cerceadas nas civilizações ocidentais.

Notamos que houve um retrocesso na história da humanidade e as civilizações africanas primevas nos tem muito a ensinar de que as oportunidades e a igualdade são um exemplo que deve ser reconquistado por toda a humanidade.

Shalom!

domingo, 15 de agosto de 2010

VERDADEIRO PAI DA MEDICINA – IMHOTEP OU HIPÓCRATES?





Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com

Skype: lindoebano



"No Egito, os homens são mais hábeis em Medicina do que qualquer outra da espécie humana". Homero, em Odisséia.



Na historiografia, o erro crucial é a falsificação da história africana, realizada por autores do eurocentrismo, problema identificado por Cheik Anta Diop em seus diversos escritos. Este vilipêndio foi programado e com objetivos perversos; a falácia do eurocentrismo tentou apagar da memória mundial a verdade histórica, e afetar psicologicamente os africanos e afro-diaspóricos, conseguindo êxito na diminuição da auto-estima de bilhões de pessoas. A denúncia desta perversidade eurocêntrica é um dos caminhos que todo historiador na África ou em diáspora deve participar, desenvolvendo e tendo em prática a afrocentricidade.

Fico deveras preocupado quando ouço intelectuais pretos se gabarem de possuir conhecimentos de proeminentes teóricos europeus que criaram, decretaram e difundiram a inferioridade intelectual dos africanos, exemplos: Voltaire (1694-1778), Cuvier (1769-1832), Gobineau (1816-1882) Lévy-Bruhl (1857-1939) Hume (1711-1776) Kant (1724-1804) Hegel (1770-1831), entre outros.

Já participei de debates onde doutores afro-diaspóricos cheios de empáfia se apresentam como weberianos, marxistas, gramscinianos, pós-modernistas, e diversas outras adjetivações, combatendo o conhecimento afrocêntrico. Lembro da frase muito peculiar de Malcolm X:

“É preciso ter muito cuidado, muito cuidado mesmo, ao apresentar a verdade ao homem preto que nunca antes ouviu a verdade a respeito de si mesmo, de sua espécie e do homem branco”.

O filosofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel afirmou:

“A África, na história, ficou reclusa, sem conexão com o resto do mundo, é a terra do ouro, recolhida em si mesma, o país da infância, que além da época da história consciente, está enterrada na escuridão da noite.”


Presunçoso, racista e desinformado este filósofo alemão, desconhecia o grande conhecimento preto-africano, se o conhecesse não escreveria esta asneira (asno).

Nesta falsificação da história foi necessário promover uma civilização branca ocidental, como símbolo do conhecimento, da sabedoria aonde todas as ciências se tornaram “racionais”. Elegeram a civilização helênica. Não satisfeitos tentaram mascarar a genes de todo o conhecimento humano: África.

Ignóbeis gregos que plagiaram os conhecimentos africanos antigos, mas, os documentos históricos os desmentem, os próprios escritos gregos são provas de onde obtiveram o conhecimento como meros aprendizes, os quais são corroborados com os monumentos e escritos feitos pelos reais criadores na África.

Dentre esses grandes plágios e absorções de conhecimentos a medicina africana foi uma das maiores vítimas, tema que discorrerei com as amadas e amados ledores deste blogger.

Hipócrates, Herófilo, Erasístrato (“pai da fisiologia?”), Galeno de Pergamo, reconheceram de que suas informações são Khemitas, estudadas no templo de Imothep, em Memphis.

Quando falamos em história da medicina, todo estudante das ciências médicas cita o grego Hipocrates, considerado o pai da medicina, líder da Escola de Cós, autor de vários tratados médicos, e sendo homenageado até hoje com “O juramento de Hipócrates” nas formaturas dos médicos e médicas, vejamos um trecho:

"As coisas sagradas devem ser ensinados as pessoas puras, é um sacrilégio se comunicar com pessoas de fora até que tenham iniciado nos mistérios da ciência. Palavras de Hipocrates repetindo os seus mestres das Escolas de Mistérios no Egito.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.” Juramento de Hipocrates.


HIPPOCRATES OF COS (THE FATHER OF MEDICINE)




As pesquisas históricas comprovaram que Hipocrates aprendeu medicina no Egito e plagiou diversos ensinamentos, entre eles, o diagnóstico de infertilidade feminina. Hipocrates sempre fora fiel aos ensinamentos, iniciado nos Templos de Thoth, dos seus mestres egípcios das Escolas de Mistérios.

O conhecimento da medicina chegou à Grécia em três momentos complementares. A princípio, as relações comerciais entre egípcios e os povos do Mediterrâneo levaram o conhecimento de sua avançada ciência em relação àqueles povos, principalmente aos gregos. Em seguida, espantados com os conhecimentos imensurável dos egípcios, os mesmos gregos, como Sócrates e Hipocrates, foram ao Egito aprender nas chamadas Escolas dos Mistérios. Por fim, a invasão de Alexandre e o roubo de preciosos documentos médicos que se tornaram excepcional fonte documental de estudos para os gregos nas ciências médicas e posteriormente para os romanos.

IMHOTEP – VERDADEIRO PAI DA MEDICINA

Antes de adentramos ao conhecimento real de Imhotep, vejamos algumas curiosidades sobre o verdadeiro pai da medicina:

São atribuídas obras arquitetônicas belíssimas a Imhotep, dentre elas se destaca a Pirâmide de Djoser (também chamada pirâmide escalonada ou dos degraus).

Observe agora o detalhe com o nome de IMHOTEP em hieróglifo, proveniente do complexo da pirâmide de Sakkara.

Entre outras coisas Imhotep também é atribuída à previsão e prevenção de uma fome de sete anos que veio sobre a terra, ele previu a fome depois de interpretar um sonho do faraó Djoser. Neste sonho do deus do Nilo falou ao faraó, e Imhotep foi o único que poderia interpretar o sonho. Qualquer pessoa com algum conhecimento básico da Bíblia notará imediatamente que esta história é idêntica à de José, o menino pastor que foi vendido como escravizado por seus irmãos, Joseph agora, depois de muitas tentativas finalmente chegou ao Egito, onde ele previu e, impedido, uma fome de sete anos, tornou-se o grão-vizir para faraó da época e em todo o Egito a única pessoa que estava acima dele, foi o faraó, similar à vida de Imhotep.


E, como não poderia deixar de ser, a Indústria branca do cinema hollywoodiana tem usado a chamada sétima arte para distorcer os fatos históricos africanos, e usaram a personagem Imhotep colocando como vilão, um ser perverso, mesquinho que ressuscita pensando no seu bem-estar e sem preocupações humanitárias. O ator do filme A Múmia e o Retorno da Múmia são o sul-africano Arnold Vosloo. No filme, Imhotep é condenado à pior de todas as maldições egípcias após ter se relacionado com Ank-Su-Namon amante do faraó Seti I, do qual era seu sacerdote. Assim, após um grupo de pesquisadores acordarem a múmia (Imhotep) de seu túmulo, as pragas do Egito caem sobre a cidade e a maldição sobre aqueles que o acordaram.



O verdadeiro pai das ciências médicas, Imhotep, viveu no Egito antigo em (2700-2670 a.C), o significado do seu nome é: "aquele que vem em Paz”. Foi também, administrador, teólogo, escritor, astrônomo e arquiteto.

Imhotep é um exemplo do culto da personalidade. Aproximadamente 100 anos após a sua morte, foi considerado como um semideus médico. Em aproximadamente 525 a.C., cerca de 2.000 anos após a sua morte, foi elevado à categoria de um deus, e substituiu Nefertum na tríade grande em Mênfis. No Cânon de Turin era considerado como filho de Ptah. Imhotep, conjuntamente Amenhotep, foi os únicos egípcios mortais que alcançaram o estatuto de deuses. Foi também associado com Thoth, deus da sabedoria, da escrita e da aprendizagem.

Patrono dos médicos, no Egito, endeusado na época e invocado nas orações, ele foi adorado pelos gregos como Asclépio e pelos romanos como Esculápio. Os pagãos - cristãos romanos o consideravam “Príncipe da Paz”. Imhotep viveu durante a Terceira Dinastia no corte do Faraó Zoser, Imhotep havia morrido 2500 anos antes do nascimento de Hipócrates. Foi honrado pelos Romanos e os imperadores Claudius e Tibério ordenaram que fossem feitas inscrições louvando Imhotep nas paredes dos seus templos egípcios.

Imhotep escreveu textos médicos, a ele é creditada a autoria do papiro de Edwin Smith, é a única cópia de parte de um antigo livro egípcio sobre trauma da cirurgia. O mais antigo escrito de literatura médica, e é o mais antigo documento cirúrgico do mundo. È considerado pelos grandes professores das ciências médicas ocidentais como o berço do pensamento analítico da medicina.

Possui mais de 90 termos anatômicos e 48 lesões são descritas, uma das grandes importâncias deste grande legado da medicina que contem 17 páginas riquíssimas sobre questões médicas- cirúrgicas da traumatologia, abordando diagnósticos e métodos de tratamento. Fez os primeiros prontuários médicos da história.

Um dos fatores que chama a atenção deste papiro é a descrição anatômica dos pés a cabeça, demonstrando vasto conhecimento sobre o coração, rins, bexiga, baço, fígado e ureteres que as escolas médicas da Idade Média seguiram e é usado até hoje nas escolas de medicina.


Fundou uma escola de medicina em Memphis, e diagnosticou e tratou mais de 200 doenças, entre elas: 15 doenças do abdômen, 11 da bexiga, 10 do reto, 29 dos olhos, 18 da pele, cabelos, unhas e língua. Também conhecia a posição e a função dos órgãos vitais e da circulação do sistema sanguíneo. Imhotep extraía os remédios das plantas.

ANCIENT AFRICA BY VAN SERTIMA PT 3



Imhotep entrou na história por seus conhecimentos médicos e vasta sabedoria. No Egito havia também a biblioteca Faraônica Imhotep, que armazenavam todos os seus tratados de medicina e cirurgia. Na Grécia os templos dedicados a ele se tornaram centros de estudos médicos.

O povo cantou provérbios séculos mais tarde após a sua morte e 2500 anos depois, havia tornado um deus da medicina, nos quais os gregos, que o chamam Imouthes, reconheceu o seu próprio Asclépio.

IMHOTEP, O MÉDICO



De acordo com Clemente de Alexandria, os Egípcios possuíam mais de 42 livros de Hermenêutica, e cerca de seis livros médicos, a saber: sobre a construção do corpo, sobre as doenças, sobre os equipamentos (o médico), sobre a medicação, os olhos (sobre doenças), sobre as condições das mulheres.

O maior compêndio de medicamento foi compilado por Hermes, um médico de origem grega que estudou no Egito, e constou de seis livros. O primeiro dos seis livros estava diretamente relacionado à anatomia, outro psíquico, outro de farmacologia e outros temas.

“A arte de curar está dividida. Cada tratamento médico de uma doença, e não vários, e tudo está cheio de doutores. Há médicos para os olhos, para a cabeça, os dentes, para o corpo e medicina interna.” Heródoto, Histórias, II, 84



THE LEGACY OF IMHOTEP




Detalhando inscrição egípcia instrumentos médicos, incluindo serras ósseas, ventosas, facas e bisturis, afastadores, escalas, lanças, cinzéis e instrumentos dentários.


A medicina em Kemet, segundo textos encontrados freqüentemente relatam que os médicos, eram: oculistas, dentistas que usavam fios de ouro e realizaram obturações com cimento mineral e outras técnicas foram amplamente usadas. Havia especialistas, incluindo médicos veterinários. A documentação é vastíssima sobre a medicina e muitos papiros foram encontrados trazendo a luz os conhecimentos africanos sobre a ciência médica, que descreve as doenças, e o tratamento aplicado em todas as áreas da medicina, incluindo ginecologia, cirurgia óssea e as queixas de olhos, entre outras doenças.





Os antigos egípcios inventaram também a prótese para os que nasciam com deformidade ou sofriam algum acidente. Em 2007, uma múmia feminina datada entre 1000 e 600 a.C foi encontrado um dedo protético criado a partir de madeira e couro.

Criaram os primeiros hospitais do mundo, os santuários de cura onde médicos e sacerdotes cuidavam dos doentes.

O estudo da anatomia e fisiologia mostra um grau de conhecimento do funcionamento do corpo humano, sua estrutura, o trabalho do coração e vasos sanguíneos.
Entre os diversos procedimentos do antigo estava à trepanação (cirurgia do crânio) e a cesariana.

O conhecimento médico no antigo Egito tinha uma reputação excelente, e os governantes de outros impérios solicitavam aos faraós egípcio de enviar-lhes o melhor médico para tratar os seus entes queridos. Se você vivesse no chamado “mundo antigo” o seu centro médico de referência seria Kemet (Egito). E se quisesse se tornar um bom médico ou médica iria estudar no Egito, país das melhores faculdades de medicina e dos melhores médicos do mundo. Na terra dos pretos você aprenderia com profundidade a medicina.

"Os egípcios eram hábeis na medicina mais do que qualquer outra arte." Heródoto.

No próximo número, a segunda parte deste artigo.

Shalom!

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