Por Walter Passos, historiador, panafricanista, afrocentrista, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion). Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Skype: lindoebano
É o lar de diversas comunidades ainda primitivas que vivem nas florestas de Kerala, entre elas destacamos os Adivasi e os Cholanaikkans:
Aadivasi Dance - Thillele
Trabalhadoras da zona rural de Kerala
A história da Índia é uma das mais antigas da humanidade, inicialmente habitada pelos povos pretos que ainda são a maioria da população do país, entre eles estão os considerados dalits, que sofrem um racismo institucional por causa do sistema de castas. A Índia detém a maior população preta no mundo. Vede o artigo neste blogger:
OS DALITS DA ÍNDIA - A MAIOR POPULAÇÃO PRETA DO PLANETA
A cidade de Cochin está localizada no estado de Kerala, no sul da Índia, é considerada a Veneza do Oriente e Rainha do Mar Arábico, é um dos 03 maiores portos da Costa Oeste da Índia e um dos melhores portos naturais do mundo.
A presença dos hebreus na Índia é muito antiga dados contam de sua chegada bem antes do nascimento de Yahoshua, adaptando-se facilmente à população nativa não enfrentaram problemas com a cor epitelial até a chegada dos novos invasores: os europeus e com eles praticantes de uma nova religião chamada Judaísmo e tudo mudou.Um dos dados mais antigos e aceitos é de que os hebreus chegaram à época do rei Salomão através do comércio do reino de Israel com o rei de Kerala no sul da Índia. As marinhas dos Reis Hiram e Salomão visitaram a Índia, pois é afirmado que trouxeram o ouro, prata, marfim, macacos e pavões (I Reis10: 22). Estes são todos os produtos indianos, especialmente os pavões, e é interessante notar que a palavra hebraica para "pavão", "tukkiyyim," é de origem Dravidiana. Outra hipótese que seriam uma das “dez tribos perdidas de Israel” (nós sabemos que os hebreus não estão perdidos conforme os desejos dos askenazis e sefardistas, a maioria veio escravizada para as Américas no tráfico transatlântico da costa ocidental africana).
Estas diversas hipóteses dão a antiguidades dos hebreus de Cochin na Índia como uma das mais antigas comunidades em diáspora do planeta, e a imagem fala mais do que qualquer palavra. Uma foto de um hebreu da Índia no ano de 1929.
Os hebreus de Cochin eram altamente respeitados e foram autorizados a se instalar em Cochin pelo marajá local, e posteriormente se tornaram conselheiros dos Marajás, uma boa parcela prosperou como comerciantes, em que controlavam o comércio de pimenta. Muitos se tornaram funcionários públicos e soldados.
No fim do ano de 1550, o "Raja de Cochin” se recusou a lutar uma batalha no sábado, porque nesse dia os seus soldados hebreus não lutariam, e eles eram os melhores guerreiros, Provavelmente, a Índia foi o único país no mundo que na guerra, em deferência à sua estima aos soldados hebreus, não houve batalhas no sábado.
Em 1167, Benjamin de Tudela escreveu que viviam 1.000 hebreus na Costa do Malabar :
"são pretos como os seus vizinhos e são bons homens, os observadores da lei, e possuem a Torá de Moisés, os profetas, e alguns poucos conhecimentos do Talmud e da Halachá. São cerca de 1.000 famílias que vivem do cultivo de pimenta, canela e gengibre.”
A comunidade dos comerciantes hebreus foi influente dentro e fora do seu estado e foram os principais motivos para a prosperidade em seu reino.
Estas são inscrições gravadas em um conjunto de tábuas de bronze conhecido como o "Sâsanam". Dispõe acerca da propriedade da Aldeia de Anjuvannam, que fora cedida ao hebreu Joseph Rabban, como agradecimento pela contribuição dos hebreus ao reino.
A data da Carta pode ser fixada em cerca de 750 a.C, mas não pode, por razões paleográfico, têm sido muito mais cedo do que isso, nem o mais tardar em 774, uma vez que uma concessão feita aos assírios nestorianos na época foi copiado a partir dele.
Em Cochin, havia uma divisão bem organizada: O maior grupo é chamado de “Meyuhassim” (que significa privilegiado em hebraico) ou judeus Malabari, são considerados ter chegado à Índia como comerciantes durante o período do rei Salomão. O segundo grupo é chamado de “Pardesi” (Estrangeiros). São judeus de Portugal, Holanda, Espanha e Alemanha.
Estes dois grupos eram comerciantes e tinham escravos que se converteram ao judaísmo e, posteriormente, liberado de sua condição de escravos e são chamados de “Meshuhararim" (que significa liberado em hebraico).
Os estrangeiros começaram a afirmar que os Meyuhassim eram prosélitos e convertidos objetivando o poder político e econômico e que o príncipe foi de sua comunidade. O principado durou até o ano de 1524 quando foi atacado pelos muçulmanos e foram para Cochin.
Os portugueses quando chegaram à Índia atacaram os hebreus e destruíram seus templos religiosos.
Os hebreus da Índia foram pesquisados por Nathan Katz no seu livro: Who Are the Jews of India? Informa que nas comunidades de Indiana e do Malabar incluía “judeus negros” e “judeus brancos”. Escreveu que a origem dos judeus negros está na antiguidade e os judeus brancos eram descendentes de comerciantes espanhóis no século XV-XVI. Outra informação é de que os judeus Paradesi, também chamados de “judeus brancos ou estrangeiros", se instalaram na região posteriormente, chegando à Índia a partir de países europeus, como Holanda e Espanha, e trazendo com eles a linguagem Ladina e seus costumes sefarditas no século XVIII. Os judeus holandeses e portugueses possuíam escravizados e os discriminavam tanto como os hebreus que já habitavam na região há mais de mil anos. Nas sinagogas os judeus exigiam dos seus escravizados que os beijassem as mãos e ficassem em locais afastados.
O isolamento dos hebreus de Cochin terminou com a chegada dos judeus e o poder europeu na Índia, e foram influenciados pela religião do judaísmo.
A vida confortável dos hebreus, no entanto, foi modificada por uma rixa criada pelos judeus brancos de Mattancherry contra os hebreus de Ernakulam, as comunidades eram separadas por uma estreita faixa de mangue e da cor de sua pele, eles se envolveram numa disputa por séculos, divididos pelo racismo e reivindicações. Os judeus sefardistas tentaram mudar a história dizendo que eles chegaram à Índia nos tempo de Salomão, tentando se apropriar da história dos hebreus de Cochin e que os pretos foram seus escravizados convertidos ao Judaísmo.
A linha divisória os entre grupos rivais tornou-se racismo, grupos com ancestralidade diferentes, identificados como "os pretos e os brancos". A luta por privilégios, vantagens políticas e econômicas, criando ressentimento, ódio e desprezo que resultou no apartheid de fato dos judeus contra os hebreus de Kerala. Os brancos tiveram ascensão social amplamente negado aos hebreus, porque invadiram a Índia. Os últimos a dominar foram os colonialistas britânicos que só foram expulsos em 15 de agosto de 1947.
Inclusive os casamentos considerados tabu, mesmo quando necessários para sustentar o encolhimento do número de hebreus e judeus de Kerala, porque os judeus de Paradesi diziam ter a pureza racial.
Sinagoga de Kottayil kovilakom e Sinagoga Thekkumbhagom, esta última localizada na rua dos judeus na área de Ernakulam de Cochin, foi construída em 1580.
Uma placa da anterior sinagoga em Kochangadi em Kochi (construída em 1344 pelos hebreus) é colocada na parede externa da sinagoga Paradesi. Diz a tradição que a estrutura foi construída no ano de 5105 (no calendário hebraico), como uma morada para o Espírito de Deus. Fato este comprovado pelos historiadores e estudantes do hebraico.
Sinagoga Paredisi foi construída em Kochi, no estado de Kerala no sul da Índia. Paradesi significava “estrangeiro”, foi utilizada para os judeus brancos espanhóis e holandeses. A sinagoga Paredisi foi construída pelos holandeses por isso a denominação estrangeira e lá havia a discriminação por causa da cor epitelial feita pelos judeus aos hebreus.
Há poucos hebreus atualmente na ilha de Cochin, existem apenas em Mattancheri e cerca de 50 na vizinha Ernakulam. A maioria dos membros da comunidade de Cochin tem mais de 60 anos de idade, o mais novo membro com 30 anos, porque uma grande parte se converteu ao cristianismo. Depois da criação do estado de Israel importante parcela migrou e se instalou no Moshav de Nevatim no Negev Israel (sul) e Moshav de Yuval no Norte, no bairro de Katamon em Jerusalém, em Beer Sheva, Dimona e Yeruham acreditando que haviam chegado à Terra prometida. Sofrem a discriminação racial dos askenazis como também sofrem os hebreus etíopes e outros hebreus pretos. A discriminação em Israel segue uma linha conforme a cor epitelial, os donos do poder são os askenazis (europeus da Europa ocidental e central) e por últimos os hebreus da Etiópia, Cochin e Bene Israel da Índia.
O racismo em Israel contra os verdadeiros hebreus é uma constante, acima uma foto de hebreus etíopes protestando contra a discriminação. MELODIANS "RIVERS OF BABYLON" PSALM 137:1
3 comentários:
que Yeshua os abênçoe irmão maravilhosa materia que tirou uma duvida minha da existencia dos hebreus na india eu só tinha suspeita , mas que novamente sai com mais conhecimento acerca do afrocentrismo , mas o que me intriga e que vocês tem muito material que poderia fazer parte do encino de historia da Africa , por que até hoje os livros que vem surgindo não vem cumprindo esta lei ! a maior desculpa deste povo e que não há documento ainda prá produzir , mas ai eu chego aqui e leio suas materias formidaveis e penso , por que sera que eles ainda insistem em contraria a lei ? justamento por que não tem ninguém ainda para punilos !!! descupe o desabafo irmão mas e a minha descordancia com esta elite racista ....... mas veleu irmão tamo na luta sempre !!!!!
As perseguições aos pseudos hebreus estão cada vez mais severas no oriente médio,o roubo de identidades são motivos de perseguições á este tipo de gente.As autoridades israelenses continuaram com as suas participações ativas nas perseguições aos afro-descendentes supostamente de origem semita!
Eu acho o maximo saber que o Hebreus primitivos são negros e em nada muda o meu modo positivo d pensar sobre eles, Abrãão, Jacó ... serão as mesmas pessoas independent de sua pele.
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