quinta-feira, 30 de julho de 2009

A GUERRA NEGRA - GENOCÍDIO DOS ABORÍGENES DA TASMÂNIA

Por Walter Passos, historiador e teólogo

Pseudônimo: Kefing Foluke.

E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Facebook: Walter Passos

Skype: lindoebano

Na história das civilizações pretas ainda se pauta os estudos na invasão do continente africano, desenvolvendo uma pedagogia histórica restritiva e de negação das migrações do primeiro povo pelo planeta.
No século XIX os ingleses invadiram o continente atualmente conhecido por Oceania e realizaram um dos mais violentos genocídios da história mundial, destruindo civilizações milenares em um projeto de apropriação territorial, expropriação de riquezas, extermínio dos habitantes e a conversão forçada ao cristianismo.
Temos que entender esse projeto devastador do colonizador inglês como um ato de racismo, mais uma vez o invasor branco, com a sua idéia deformada de supremacia racial consegue ter atitudes diferentes conforme os seus interesses. A Inglaterra traficou escravizados do continente africano e combateu o tráfico quando mudou o seu modo produtivo com a Revolução Industrial.
Uma das regiões mais afetadas foi a Tasmânia, ilha e estado australiano situado a 240 km da costa sudeste da Austrália.
Sua superfície é de 65 022 km² e ela contava, em 2002, com uma população de 474 000 habitantes.
A população da Tasmânia provavelmente ultrapassasse 5.000 pessoas com uma história de mais de 10.000 anos que fora maldosamente destruída por uma nação racista que se dizia pautada nos ensinamentos bíblicos. Os habitantes da Tasmânia não tiveram chances de sobrevivências e foram exterminados.
A invasão do Império Britânico resultou no genocídio de milhares de “aborígenes” que resistiram bravamente à invasão colonial, tendo como resultado a deportação à Ilha Flinders, onde a vida dura escravizada e doenças levaram a extinção do valoroso povo da Tasmânia que não se deixou abater.

Atualmente os descendentes de ingleses habitam a ilha e sorriem como se nada tivesse acontecido.

Flinders Island Lions Club

Guerra Negra é usada na historiografia para ressaltar o extermínio realizado pelos ingleses contra a população preta da Tasmânia, sendo de vital importância compreendermos que a guerra realmente começou quando os ingleses desembarcaram em 1803 na Tasmânia com o projeto de extermínio do povo local, apesar da historiografia branca datar de 1828 a 1832. Em 1º De dezembro de 1826, a Tasmanian Colonial Times, jornal de circulação da época, declarou:

“Não fazemos exibição enfática de Filantropia. Dizemos isto sem ressalvas, à autodefesa é a primeira lei da natureza. O Governo deverá retirar os nativos - Se não, eles serão caçados como animais selvagens e destruídos!”

Cartaz usado para enganar o povo preto

Em 1816 antes da Guerra Negra representando o tenente-governador Arthur com a "política de amizade e igualdade de justiça" para “assentados” e Aborígenes.

O Governo devidamente declarou lei marcial em novembro de 1828 e "Brancos foram autorizados a matar negros à vista" (que foi por isso que nenhum colono branco nunca foi condenado pela morte de um aborígene). A recompensa foi fixada de £ 5 por adultos, £ 2 por criança.
Prêmios foram dados a captura dos nativos e além da guerra muitos morreram ao contraírem a gripe dos invasores.
Uma das táticas dos invasores ingleses foi o uso de pastores para enganar e persuadir os habitantes, fato esse ainda muito forte nas comunidades africanas e afro-diásporicas. Na Tasmânia invadida quem se deu a esse papel foi o pastor George Augustus Robinson “Protetor de Aborígenes”, chamado a montar uma "missão amigável" para encontrar os 300 restantes nativos na Tasmânia. Iludiu os nativos levando-os a escravidão e a morte. Um dos grandes objetivos da igreja cristã foi a “purificação” do povo preto que conseguintemente levou a destruição.
Robinson recebeu em pagamento um total de 8.000 libras em seu papel como protetor de Aborígenes. Ele construiu uma pequena comunidade, que incluiu uma igreja e chamou a área de “Ponto de Civilização”. Muitos dos indígenas que viviam no porto tinha sido removido sob falsos pretextos a partir de seu verdadeiro lar na Tasmânia. O Ponto de civilização foi essencialmente uma fábrica que existia para transformar os chamados “selvagens” em cristãos. Entre os 300 nativos que foram atraídos para a ilha apenas 40 permaneceram por meados dos anos de 1840. A maioria tinha morrido devido a doenças e a exploração do pastor.
Uma das práticas dos britânicos foi o rapto das mulheres para serem usadas sexualmente e as crianças foram tratadas como escravizadas. A grande tática dos invasores foi à destruição da família preta.
Caçaram o povo preto por diversão, raptaram, violaram as mulheres criando harens, desenvolveram o instinto de perversidade com uma disciplina da escravatura – com castigos e flagelos: desde chicoteadas com couro de Canguru a mulheres e crianças arrastadas nas fendas das rochas até terem os seus miolos expostos. Os cristãos britânicos na Tasmânia serviam ao Satanás que tem prazer em tentar destruir o povo original, feito a imagem e semelhança de Yah.
Foi necessária a resistência, então o governo britânico declarou a “Guerra Negra” que durou de 1828 a 1832. Em 1830 eles criaram a linha preta que objetivava destruir os povos da Tasmânia.
Mannalargenna (1770-1835), um chefe-guerreiroTasmaniano, foi o chefe dos Ben Lomond (Plangermaireener).
Como líder do Plangermaireener, ele organizava ataques de guerrilhas contra soldados britânicos na Tasmânia durante o período conhecido como a Guerra Negra. Manalargena tinha sido capturado por George Augustus Robinson e acompanhou-o, juntamente com Truganini em sua "missão amigável" para mover o restante da população aborígine para a Ilha Flinders. Infelizmente eles acreditaram nos invasores e foram traídos como foi Ganga-Zumba no Quilombo dos Palmares e Preto Cosme na Balaiada.
Em 1859 os números eram estimados em cerca de uma dúzia, o último sobrevivente morreu em 1876.
Sobrevivente do genocídio inglês foi à grandiosa mulher preta Truganini (1812-1876), sendo a última do seu povo. Teve uma vida difícil apesar de ser filha de um mangana (Chefe), pois com a presença dos invasores ingleses, a sua mãe foi assassinada por baleeiros, e o seu primeiro noivo foi morto ao tentar resgatá-la de um rapto. As suas duas irmãs Lowhenunhue e Maggerleede, foram seqüestradas e levadas para a Ilha Kangaroo, na região sul da Austrália e vendidas como escravizadas.
Abaixo uma foto dos últimos aborígenes da Tasmânia. Truganini é a última à direita.

Os restos mortais do povo da Tasmânia foram vilipendiados e expostos em museus como troféus de guerra e outros serviram para os estudos dos genocidas.
Um grupo de mestiços atualmente se diz descendente de ingleses e mulheres raptadas aborígenes, fato este em discussão porque perderem o fenótipo e a linguagem ancestral.
As conquistas européias devem ser estudadas como a prática abominável de racismo e destruição. O olhar simplório de simples avanço tecnológico, ou de missões cristãs deve ser sempre questionado. Os povos pretos foram e são as grandes vítimas da tentativa das civilizações brancas de se portarem como os donos do planeta e de suas riquezas. O racismo é anti-evangelho e todo aquele que o pratica serve a Sinagoga de Satanás.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

RACISMO PARA CRIANÇAS

Por Walter Passos, historiador, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion). Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Skype: lindoebano
“O vício do cachimbo deixa a boca torta!”. Ouvia sempre esse ditado da minha mãe e hoje vejo a profundidade dessas palavras no que concerne a formação psicológica, social das crianças. O racismo é introjetado de formas diretas que as crianças pretas não o percebem instantaneamente, mas traz conseqüências futuras perigosas.
Os brinquedos, especialmente as bonecas com características brancas, os gibis e os desenhos animados sempre foram formas utilizadas para manutenção das ideologias racistas, tendo duas facetas: de ensinar a discriminação racial às crianças brancas, notadamente aquelas agraciadas com a beleza, com a riqueza, heroísmo e majestade, e de baixar a auto-estima das crianças pretas, fazendo-as se sentir inferiores e desejarem ser como as caucasianas.


Diversos gibis e desenhos animados trazem em seu bojo mensagens de discriminação racial contra os africanos na África e africanos em diáspora.
O gibi “TINTIN NO CONGO” foi publicado entre 1930 e 1931, sendo o segundo da série das AVENTURAS DE TINTIN, que tinha cunho racista e colonialista, retratando pretos como macacos e imbecis.
Em 1930, o Congo representava um Eldorado para a Bélgica. O Congo é oitenta vezes maior que o país que o colonizava, possuindo um subsolo extremamente rico e com a população nativa e explorada. Por conseguinte, Hergé o autor do gibi devia fazer uma propaganda deste país, com a visão do colonizador belga.
O gibi cria estereótipos sobre os congoleses os colocando inferiores aos animais. Na versão em preto-e-branco, o quadro-negro é um mapa de geografia, e Tintim diz: "Hoje vamos falar de vossa pátria: a Bélgica".
Na versão colorida, Tintim é interrompido por um leopardo enquanto dá uma aula de aritmética. Os africanos possuem pronúncias erradas, enquanto os elefantes falam corretamente.


Quando os meus filhos (as) nasceram tive a preocupação de criar historiam infantis, porque é gostoso conversar com crianças, viajar no mundo da fantasia, é necessário para elas esses momentos do lúdico na formação da personalidade, e sem ser psicólogo acredito que as crianças tem o direito de sonhar. Os sonhos de nossas crianças são mergulhados em discriminação racial através da mídia.
Entre os desenhos animados bem conhecidos estão os do Patinho Feio que nasce preto e é discriminado, quando cresce se torna um lindo cisne branco admirado por sua beleza e grandeza.
Outro desenho que marca gerações é Pernalonga e Patolino, este último sempre leva a pior, um bobo, idiota e nunca consegue êxito, representado pelas penas escuras, comum nos desenhos norte-americanos para indicar indivíduos pretos, exportando esses Toons para o mundo, sendo um dos mais conhecidos e vistos até hoje por crianças brasileiras:


No desenho Pica-Pau, Zeca Urubu é uma figura corrupta, traiçoeira, e vive de trapaças e roubos segue a mesma dinâmica, este por sua vez na tentativa racista de representar os “malandros” norte-americanos da época.


Na chamada evangelização de crianças as igrejas difundem o racismo de uma maneira bem perspicaz que os próprios pretos não notam ou fingem não perceber as armadilhas na proposta das boas novas que afetam o psicológico das crianças pretas. Artigos foram escritos neste blogger convidando a reflexão desses desenhos. Um desses exemplos foi o artigo: DIANTE DO TRONO: AOS OLHOS DO PAI, A CRIANÇA PRETA NÃO ESTÁ NOS SONHOS DE DEUS?


Na concepção da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, conhecida popularmente como Igreja Mórmon, os pretos foram amaldioçados por Deus, confira esse desenho:

Os estúdios da Disney sempre demonstram em desenhos os pretos como feios, inclusive no desenho a Bela e a Fera, o príncipe branco amaldiçoado é um fera de cor marrom:


Tentando agradar a comunidade preta a Disney vai lançar em novembro de 2009 o longa-metragem: A Princesa e o Sapo, anteriormente chamado de A Princesa Sapo.

Há uma boa controvérsia nos USA já que a princesa do filme original chamava-se Medda, nome comum entre as classes baixas, e era empregada doméstica, o que gerou uma mudança no roteiro por indignação da comunidade preta. Essa controvérsia foi postada no site Youtube com a incorporação proibida. Mas você poderá assisti-la clicando no link abaixo:
Disney's The Princess and the Frog – Controversy
E concluindo, um dos desenhos mais racistas da Disney também tem a incorporação desativada é um musical onde as representações das mulheres pretas são humilhantes e ultrajantes, Vale à pena conferir, clique: Fantasia - The Pastoral Symphony – UNCUT
Abaixo está um vídeo que demonstra como as crianças pretas introjetaram dentro de si o racismo:

terça-feira, 14 de julho de 2009

JIHAD OF LOVE – JIHAD DO AMOR

Por Aidan Foluke, Membro da COPATZION, Tesoureira do CNNC e Acadêmica de Enfermagem.
MSN: vanessasoares13@hotmail.com
Skype: aidanfoluke

O islamismo é a religião que mais cresce no planeta, sendo considerada a segunda maior em número de seguidores desde o surgimento do islamismo no século VII. Há 14 séculos tem se espalhado no mundo e transformado civilizações como no caso de inúmeros grupos étnicos na África, e atualmente diversos países africanos são de tradição islâmica.
JIHAD OF LOVE foi um documentário dirigido por Parvez Sharma que nasceu na Índia, que assume ser gay e muçulmano. Os participantes do documentário são muçulmanos que desejam viver a sua homossexualidade livremente e continuar praticando a fé islâmica.
A Jihad de Amor foi filmado em 12 países: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Paquistão, Egito, Bangladesh, Turquia, França, Índia, África do Sul, Estados Unidos e Reino Unido e em nove línguas, vindo dessa forma do coração do Islã.
‘A jihad for Love’ tem sido também conhecido sob a designação ‘Em nome de Deus’. A palavra ‘jihad’ ou ‘guerra santa’, diante das reações do povo islâmico as opressões tem tido outras conotações. O seu significado é bastante complexo e o documentário tenta recuperar o conceito que se refere à luta dos fiéis de se manterem no caminho de Deus.
Há uma luta extrema de muçulmanos e muçulmanas que vivem em países onde há proibições de seus relacionamentos homoeróticos, os levando a uma dupla vida para serem aceitos na sociedade.




Jihad of Love pela primeira vez trouxe a discussão através do cinema sobre a complexa relação de homossexualidade e islamismo.

A homossexualidade em uma religião de cunho patriarcal-poligâmica, onde as mulheres são sujeitas a funções de submissão e de procriação, é discutida no documentário trazendo a tona relações de poder, sexismo, fé e amor dentro do Islã.
O cineasta Parvez Sharma viajou a muitos mundos dessa fé dinâmica, descobrindo as histórias de seus mais improváveis narradores: lésbicas e gays muçulmanos.
O número de praticantes que apóiam a homossexualidade é bem ínfimo porque o Islã significa submissão, e ser homossexual nos padrões do Islamismo é quebrar todas as regras impostas pelos dogmas.
O Hadith, que são tradições orais relativas às palavras e atos de Maomé e considerada como ferramentas importantes para determinar o modo de vida muçulmano por todas as escolas tradicionais de jurisprudência, também contêm inúmeras declarações condenando a homossexualidade.

Relações entre o mesmo sexo são condenadas a pena de morte em vários países muçulmanos: Arábia Saudita, Irã, Paquistão, Mauritânia, no norte da Nigéria, Sudão e no Iêmen. Em muitos países não existe a pena de morte, que são variáveis desde excreção pública a chicotadas na Arábia Saudita.
O Irã é talvez a nação que executou o maior número de cidadãos por causa da homossexualidade. Desde 1979 com a revolução islâmica, o governo iraniano tenha executado mais de 4.000 pessoas acusadas de atos homossexuais.
Jihad of Love é um bom documentário que nos traz a reflexão sobre homosexualidade, respeito, tolerância e fé.


quinta-feira, 9 de julho de 2009

AIDS – ACASO OU CONSPIRAÇÃO ANTI-PRETO

Por Aidan Foluke, Membro da COPATZION, Tesoureira do CNNC e Acadêmica de Enfermagem.
Skype: aidanfoluke
O Vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o organismo causador da doença chamada AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) que na sua forma progressiva ataca o sistema imunológico com o aparecimento de infecções oportunistas que vão desde a tosse ao coma, entre elas destacamos: Tuberculose, Pneumocistose (Pneumocystis carinii), Infecções fúngicas recorrentes na pele, boca e garganta, Diarréia crônica por Isóspora ou criptosporidium, Diarréia crônica com perda de peso, Neurotoxoplasmose, Neurocriptococose, Citomegalovirose. A AIDS também torna as pessoas particularmente suscetíveis ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, especialmente os causados por vírus, como o câncer de colo de útero e o sarcoma de Kaposi.

Nas crianças com AIDS, as infecções oportunistas surgem como formas severas de infecções bacterianas comuns a toda criança como: conjuntivite, infecções de ouvido e amigdalite.
As entidades cientificas de saúde, cientistas, líderes de países, organizações políticas e militantes pretos manifestam-se emitindo opiniões diversas sobre as possíveis causas e conseqüências dessa pandemia que tem afetado a humanidade,

ceifando vidas e condenando a morte milhões de pessoas e a maioria preta no planeta, especialmente de países africanos e africanos em diáspora.

Entre os diversos pontos de vistas há os que defendem a questão da AIDS como um vírus desenvolvido por fatores do “acaso” e outros que acusam abertamente a criação de um vírus geneticamente modificado para a destruição dos indesejáveis: homossexuais, prostitutas, viciados em drogas e a população preta mundial. Irei expor estes pontos de vistas cabendo ao leitor e a leitora decidir o que melhor lhe aprouver.

HISTÓRICO DA AIDS SOBRE A CONCEPÇÃO DO ACASO:
Na literatura da medicina a AIDS ainda tem uma origem polêmica e os primeiros diagnósticos aconteceram nos USA nos inícios dos anos 80 do século passado. Alguns casos foram diagnosticados em homens homossexuais em Nova York e na Califórnia que desenvolveram infecções oportunistas e cancros raros resistentes a tratamentos conhecidos. Neste período ainda não se usava o nome AIDS, entretanto, as pessoas afetadas sofriam de uma síndrome desconhecida.
A descoberta do vírus HIV ocorreu posteriormente e é reconhecido como causador da AIDS, havendo ainda hoje questionamentos entre cientistas. Foram feitas pesquisas da origem do HIV e como se manifestou nos seres humanos e descobriram em laboratórios americanos e franceses que o HIV é um lentivirus (vírus lentos), porque demora a produzir efeitos no organismo. São encontrados em animais como ovinos, eqüinos, bovinos e felinos (gato). No caso da AIDS os cientistas europeus e americanos constataram que o lentivirus é proveniente do SIV (Vírus da Imunodeficiência dos Símios) que afeta os macacos e em humanos se manifesta como HIV-1 e HIV-2.
O HIV-2 corresponde ao SIVsm encontrado nos White-crowned ou White-collared Mangabey, que habita nas florestas do Senegal e no Leste de Gana.



O HIV-1 corresponde ao SIVcpz encontrado em chimpanzés comuns no centro da África, afirmação defendida por Paul Sharp da Nottingham University e Beatrice Hahn da University of Alabama.
Os cientistas que defendem a transmissão dos macacos para humanos alegam que houve zoonose no momento em que caçadores africanos se alimentaram de chimpanzés ou o sangue do animal entrou em contato com feridas do caçador. Alegam também que a contaminação ocorreu através do uso de seringas não descartáveis que pode ter sido usadas em algum caçador e transmitido o vírus para a população.
Recentemente Jim Moore, especialista em primatas defende a “Teoria do Colonialismo” ou “Coração das Trevas”, afirmando que no final no século XIX e início do século XX, a exploração colonial francesa na África Equatorial e a exploração colonial belga no Congo belga, forçaram trabalhadores africanos a trabalhos exaustivos, a fome, falta de saneamento básico, foram obrigados a se alimentar de macacos e vacinados contra a varíola para serem mantidos vivos, e também prostitutas foram usadas o que serviu de aumento da doença. As provas foram apagadas porque os colonizadores destruíram os laudos médicos.
E ainda houve informações de relações bestiais entre africanos e macacos, que infelizmente muitas pessoas acreditam.


HISTÓRICO DA AIDS SOBRE A CONCEPÇÃO DA CONSPIRAÇÃO:
Na história da medicina sabemos de relatos de infecções propagadas no período da escravidão e pós-abolição. Relembremos da sífilis no Brasil colônia, quando homens brancos estupraram meninas pretas virgens procurando a cura da doença.
Nos USA uma comunidade inteira foi infectada com sífilis em 1932 servindo como cobaias para estudos, que determinavam "a partir de autópsias as patologias advindas do corpo humano." Quase 400 homens pretos pobres com sífilis a partir de Condado de Macon, Alabama, foram usados para o experimento. Os alemães invadiram a Namíbia e além do crime do genocídio realizaram experiências genéticas no povo preto.
http://cnncba.blogspot.com/2009/01/o-genocdio-esquecido-revolta-dos.html
Povos no planeta foram vítimas de invasores europeus que transmitiram doenças desconhecidos. Então, por este “histórico doentio” torna-se compreensível que exista um importante grupo de líderes e cientistas que acreditam e defendam a hipótese da conspiração do AIDS.
A controvérsia do surgimento da AIDS ocorre da não aceitação de que o vírus veio proveniente do macaco, sendo considerada por eminentes cientistas uma grande farsa difundida com propósito de esconder a sua verdadeira intenção. Vamos conhecer essas idéias:
Os primeiros artigos sobre a conspiração da AIDS ocorreram com a Sociedade Real de Londres que realizou uma série de conferências procurando descobrir a causa inicial da AIDS e a origem do HIV. Respeitados cientistas e acadêmicos debateram a possibilidade de que o HIV-1, o mais amplo e mortal vírus da AIDS em humanos evoluiu de contaminações acidentais de vacina e posterior transmissão para a maioria de aldeões africanos.


Segundo o site New World Order, o HIV / AIDS na África foi inicialmente espalhados por hospitais missionários católicos romanos e os seus re-uso de "agulhas sujas". Estes hospitais regularmente obtêm doações de material médico / vacinas diretamente a partir da Igreja Católica Romana com os Cavaleiros de Malta, através dos seus membros no seio da indústria farmacêutica. Desde a década de 1970 Cavaleiros de Malta apóiam e ajudam organizações como AmeriCares Knightsbridge Internacional que têm fornecido suprimentos médicos a países necessitados, incluindo África do Sul, Haiti e Camboja - países que agora são mais atingidas pelo HIV / AIDS.
http://www.geocities.com/newworldorder_themovie/aids.html
Houve uma vacinação em massa para imunização da poliomielite que contaminou milhares de pessoas no continente africano.

O criador da vacina foi o judeu askenazi Hilary Koprowski, que em 1957 na África Central a sua vacina foi cultivada em células de macaco. Alguns especulam que a AIDS nesta região fora desenvolvida a partir do vírus da imunodeficiência símio. Koprowski nega qualquer ligação com o HIV. O Jornalista britânico Edward Hooper divulgou uma hipótese de que a AIDS foi criada inadvertidamente no final dos anos de 1950, no Congo Belga por Koprowski quando investigava uma vacina contra poliomielite.

A Dra. Wangari Muta Maathai, queniana, mestre em Biologia e doutora em Anatomia, ativista feminista e defensora do meio ambiente, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2004 por sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, da democracia e da paz. Ela se tornou a primeira mulher africana, e primeiro ambientalista a ganhar o prêmio.
Em uma entrevista para a revista "Time" acerca do Prêmio Nobel da Paz alegaram que ela disse que "a AIDS é uma arma biológica fabricada pelo mundo desenvolvido para acabar com a raça negra". Maathai posteriormente, em uma declaração escrita, emitida em Dezembro de 2004: "Eu não diria nem acreditam que o vírus foi desenvolvido por pessoas brancas ou poder branco a fim de destruir os povos africanos. Tais opiniões são perversas e destrutivas."

O Cientista askenazi Jakob Segal de origem lituana, afirma que a AIDS foi criada em laboratório, no Fort Detrick (Centro de investigação de Guerra Biológica) a partir de Visna e HTLV-I.
Afirmou que o novo vírus foi testado em condenados que se voluntariaram para o experimento em troca de sua libertação da prisão. Sem mostrar sinais precoces da doença, os prisioneiros foram libertados depois de seis meses. Alguns eram homossexuais, e estava em Nova York, onde a doença foi inicialmente detectada em 1979.
Os investigadores não tinham contado sobre a criação de uma doença com períodos muito longos de encubação. (Um ano é relativamente curto para a AIDS, mas não seria incomum se a infecção foi induzida por injeções de doses elevadas.) Se os investigadores tiveram suas cobaias humanas em observação por um longo tempo, eles descobriram a doença e poderia ter sido conteúdo.
Em outras palavras, Segal disse que a AIDS é o resultado de pesquisas e experiências em armas biológicas.
Dr. Alan Cantewwll Jr., é um aposentado dermatologista, e investigador na área do cancro e microbiologia da AIDS. Ele é autor de cerca de 30 artigos publicados entre o final dos anos 1960 e meados de 1980, predominantemente em sarcoma de Kaposi e outras neoplasias dermatológicas relacionadas com a infecção do HIV.
Mais recentemente, ele tem escrito artigos especulativos sobre a origem do HIV, sugerindo que pode ter sido liberada uma guerra biológica do vírus e / ou deliberadamente colocados em uma Hepatite B vacina usada visam americano homossexuais e negros.


Seus livros são publicados pela Aries Rising, sua própria editora, que começou em 1984, para divulgar suas idéias. Ele também foi publicado em Nova Aurora ', uma revista australiana dedicada a "apresentar notícias e informações ignoradas ou deliberadamente suprimida pela mídia", Orgânica, paranóia, Steamshovel Imprensa e os Novos Africanos.
O Rev. Jeremiah Wright pregou sermões em que culpou o governo americano de criar um estado racista e inventar o vírus do HIV como uma forma de genocídio contra o povo de cor. Este foi um dos fatores do afastamento de Barack Obama de seu antigo pastor e mentor.
Tshabalala-Msimang foi graduada pela Fort Hare University em 1961. Como um número de jovens de um Congresso Nacional Africano CADRES enviado ao exílio para a educação, ela recebeu a formação médica na Primeira Leningrado Instituto Médico na União Soviética de 1962 a 1969. Ela foi então treinada em obstetrícia e ginecologia na Tanzânia, finalizando em 1972. Em 1980 ela recebeu um mestrado em saúde pública da Universidade de Antuérpia na Bélgica.
Ministra da Saúde da África do Sul de 1999 a 2008 no governo do presidente Mvuyelwa Thabo Mbeki, é uma eminente defensora da medicina tradicional africana e relutou em aplicar os medicamentos anti-retrovirais para o tratamento da AIDS, sugerindo o uso da medicina tradicional africana, como o uso do limão, beterraba, alho, batatas africanas e uma dieta alimentar equilibrada, recebendo o apoio do presidente, sendo duramente criticada pelo mundo ocidental.



A pandemia da AIDS tem afetado duramente a população preta no planeta e é uma doença que ainda não tem cura. Na Bahia os dados de 2007 do DATASUS atestam que 114 pessoas pretas foram diagnosticadas como novos casos. Os números reais não são conhecidos por motivos de medo, preconceito, falta de informação e descaso com a saúde da população em geral. É necessário que os profissionais que cuidam da saúde da população preta fiquem mais atentos a disseminação da doença que está levando o nosso povo a um processo de destruição.


Vote na enquete e manifeste a sua opinião: A AIDS foi uma fatalidade ou uma conspiração anti-preto?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

AS NAÇÕES MAROONS DO SURINAME

Ndyuka ou Okanisi
O Suriname possui seis nações de maroons (quilombolas): Ndyuka ou Okanisi, Saamaka, Pamaka, Matawai, Aluku ou Boni e Kwiinti.
Todas as nações quilombolas partilham uma história de uma repressão brutal aos seus antepassados que foram seqüestrados de várias partes da África para trabalhar como escravizados nas plantações de açúcar, café e algodão no Suriname. Os antepassados recusaram o jugo da escravidão e fugiram para a floresta tropical sul-americana e travaram uma guerra de guerrilha prolongada e vitoriosa aos seus antigos opressores. No decorrer do século XVIII, os colonos holandeses foram forçados a assinar tratados de paz com os grupos Ndyuka (1760), o Saamaka (1762), o Matawai (1767) e os Aluku (1860). Outros grupos Maroon conseguiram também a sua liberdade.
A história das seis nações e sua resistência é bem diferente dos estudos dos quilombos no Brasil onde encontramos uma farta documentação de mocambos e quilombos destruídos praticamente em todo o território nacional, sendo o clássico mais conhecido e ponto de afirmação étnica de luta, os Palmares com Zumbi e seus quilombolas, o qual ainda não foi profundamente estudado apesar de existirem livros, filmes, trabalhos arqueológicos e um memorial.
Há um trabalho incipiente de milhares de quilombos existentes atualmente em território brasileiro com diferentes históricos: fugas de escravos, ex-senzalas, terras doadas ou compradas pós-abolição, posseiros, que leva a conceituações distintas, mas, nenhum deles deve ser comparado às nações maroons do Suriname.
As seis nações maroons tiveram o êxito que os Palmarinos não conseguiram. É uma história viva de lutas por liberdade, terra e africanidade iniciadas em 1670, há mais de 300 anos. É o grande patrimônio material e imaterial da resistência dos africanos na América – Africana, e deve ser fator primordial de apoio dos pan-africanistas em todo o planeta.
No vídeo abaixo retrata a nação Djuka na antiga Guiana Holandesa em 1933. As imagens falam mais altas que as palavras racistas do locutor:
DUTCH GUIANA - LAND OF THE DJUKA 1933

AS LÍNGUAS DOS MARRONS DO SURINAME
Um dos fatores mais lindos da resistência dos escravizados foi à manutenção da língua dos ancestrais e o mais surpreendente é o fato de que sistemas de escritas Africanos sobreviveram aos horrores da escravidão
A LINGUA DJUKA

Nação Igbo e Nação Ndjuka

A nação Ndjuka possui uma escrita própria baseada na língua da nação igbo, que contem 56 letras e foi criada por Afáka Atumisi em 1910 e que continua a ser utilizado no século 21 e 10% dos Ndjuka estão alfabetizados nesta escrita.
É de vital importância o histórico da formação dessa língua. Conta-se que 1908, Afáka Atumisi sonhou com um espírito que lhe disse que era o momento de ensinar aos Ndyuka uma forma de escrever. O espírito prometeu ensinar-lhe um ou dois sinais a cada noite quando o visitasse. E assim aconteceu. Afáka que não sabiam ler e nem escrever, aprendeu 56 sinais silábicos do seu conselheiro espiritual, cada um constituído por uma vogal ou uma consoante seguida por uma vogal.
Em 1910, quando ocorreu o aparecimento do cometa de Halley, Afáka sentiu-se convencido de que tinha sido dado um importante instrumento para a melhoria do destino da nação e começou a ensinar os sinais para o Ndyuka.
Todas as pessoas que aprenderam bem à escrita recebem o título de "bukuman". Afáka foi o primeiro ede-bukuman (chefe da associação de bukuman). Com a sua morte em oito de julho de 1918, Abena da aldeia Saaye, herdou o título e as responsabilidades. Antes de morrer, em 1960, Abena tinha formado o seu filho, Alufaisi Kasitioe, para usar a escrita. Alufaisi treinou André RM Pakosie sobre a maneira de ler e escrever. Em 1 º de julho de 1977, Alufaisi escolheu Pakosie como sucessor para o cargo de ede-bukuman. Quando Alufaisie morreu em 1993, Pakosie assumiu todas as responsabilidades relacionadas com a função de ede-bukuman. Ele lecionou a várias pessoas no Suriname e na Holanda o bom uso da escrita do Afáka. É a única escrita em uso na América - Africana que foi elaborada especificamente por um preto, sendo utilizada em sua grande parte no Suriname e também por maroons na Guiana Francesa.
Os saramakas também criaram um língua que é falada por 24.000 pessoas no Suriname e 2.000 na Guiana Francesa.
Surgiu a partir do contato entre os idiomas Inglês, holandês e línguas africanas (Kongo, Akan e Gbe) além de ter sido fortemente influenciada pelo Português falado pelos sefardins e seus escravizados que foram levados do Brasil. Os judeus sefardins foram grandes aliados dos holandeses e após a derrota destes se refugiaram no Guiana Holandesa onde continuaram como grandes proprietários de lavouras de cana-de-açúcar e de milhares de escravizados. Além disso, as palavras em Português compõem quase 40 por cento de seu vocabulário, incluindo alguns morfemas gramaticais. A língua sarmacaan e todas as línguas crioulas são uma afirmação da africanidade e resistência a língua do escravizador, pois quebra a ideologia do “totalmente domesticado”. Infelizmente alguns pretos e pretas se orgulham de falar e escrever a língua dos escravizadores (português, espanhol, inglês, francês, holandês) melhor do que eles.


A RESISTÊNCIA DA RELIGIÃO DOS ANCESTRAIS E A TENTATIVA DE EVANGELIZAÇÃO
Alabi viveu na segunda metade do século XVIII, foi chefe tribal dos quilombolas saramakas e o primeiro convertido ao cristianismo.
O registro escrito dos missionários que viveram nas aldeias saramakas se estende de 1765 a 1813 e constitui um relato pormenorizado de seu fracasso geral em ganhar almas de Satã, assim como um retrato tocante da resistência saramaka. Os textos foram escritos ao mesmo tempo para a congregação na Europa, enquanto registro inspirador dos sofrimentos e êxitos dos missionários, e como confissão pessoal a Deus, o forte sentido cuja imanência emerge de cada página. Esses textos dos morávios, ricos e teologicamente exóticos, colocam desafio sinalizador ao intérprete que busca compreender o encontro entre europeus e africanos deslocados na América colonial.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-71832004000100013&script=sci_arttext
As nações mantiveram a religião dos ancestrais apesar das inúmeras tentativas de evangelização da Igreja Moravia, fato este costumeiro de religiões brancas acharem que os povos pretos são adoradores de Satanás. Os moravios empreenderam diversas campanhas e conseguiu converter alguns lideres quilombolas. A questão das diversas igrejas cristãs e os quilombolas merece um artigo mais aprofundado.
A prática africana da religião das nações é uma preciosa forma de resistência, porque sabemos que toda evangelização é a destruição e satanização dos povos pretos. Atualmente cerca de 25 por cento são cristãos - principalmente da Igreja Moravia (alguns desde os meados do século 18), outros Católicos Romanos e, cada vez mais hoje, evangélicos de outras igrejas. A religião praticada pelas nações maroons é uma realaboração dos cultos ancestres africanos e uma reafirmação da africanidade. A base religiosa é de influência principalmente dos povos akan (Ashanti) (Gana), Ewe e Fons (Togo, Benin- antigo Daomé e Ocidente da Nigéria) e do estuário do rio Congo, a região do Lwango . A religião é conhecida por Winti e tem como base a adoração de um Deus Único Criador e Superior , cultos aos ancestrais e as forças da natureza.

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Em 25 de fevereiro de 1980 o recém independente Suriname foi alvo de um golpe militar que se instalou no país até o início dos anos 90. Um dos principais líderes militares foi Desiré Delano Bouterse, o qual é acusado de diversos crimes e foi condenado na Holanda, o qual mantém um mandado internacional de prisão.
De (1986-1992) a nação saramanka e a nação djuka tiveram que reagir armados ao governo de Desiré Delano Bouterse e as forças do Exército , com uma organização de guerrilha liderada por Roony Brunswijk, ex-segurança do presidente Bouterse, que fundou o "Junglecommand" (Comando da Selva) que obteve um série de vitórias iniciais, a consequência foi uma violenta repressão das forças armadas, massacre, assassinatos, detenções e a fuga de mais de 10.000 quilombolas para a Guiana Francesa e locais escondidos em Paramaribo.
Atualmente a luta é das nações maroons no interior, são contra as poderosas madeireiras chinesas, mineradores de bauxita e de ouro, que representam interesses financeiros transnacionais.
Em 26 de junho de 2006 a Comissão Intermaricana de Direitos Humanos em conformidade com as disposições 50 e 61 da Convenção Americana apresentou um requerimento ao Tribunal da Justiça contra o estado do Suriname, conforme petição dos líderes dos doze clãs da nação Saramaka que alegaram violações do estado surinamês aos direitos a propriedade e a proteção judicial.

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