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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

RACISMO, MACHISMO E SEXUALIDADE NO HUMOR INOCENTE – GILDA E CORNÉLIO.


Por Malachiyah Ben Ysrayl - Historiador e Hebreu-Israelita
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn: kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano
Facebook: Walter Passos

Não podemos separar sexo e racismo nas Américas, onde o modo de produção, durante centenas de anos, foi a escravidão. Os escravizados africanos e descendentes considerados “peças”, “coisas”, foram construídas ideologias e mitos pelos colonizadores e seus descendentes para abalizar tal exploração física e econômica.

Os africanos vieram de civilizações milenares que desenvolveram estudos aprofundados em todas as áreas do conhecimento, como a medicina, artes, filofia, engenharia, legislação, matemática, etc. Tornou-se necessário destruir esse legado atribuído através do libido, distorções baseadas no racismo com o intuito de considerá-los não humanos.

Na escravidão, a pena para relação sexual entre um homem preto e uma mulher branca era a castração ou a morte. Os documentos sobre as relações de homens pretos com mulheres brancas quase inexistem, omite-se como se nunca houvesse ocorrido, a historiografia branca tenta negar esses fatos, e comenta casos de raptos de mulheres das fazendas para comunidades quilombolas e de relações homoafetivas de padres com pretos. Na história recente dos Estados Unidos da América, a relação sexual de um homem preto com uma mulher branca era considerado estupro.

O corpo dos escravizados (as) foram usados para mover a economia do Brasil escravocrata e também para saciar prazeres de homens e mulheres brancas. Nas alcovas e senzalas, o abuso sexual do homem preto não é relatado por aqueles que temiam a pretensa superioridade animalesca do escravizado.

"Brancos têm utilizado a ciência falsa para justificar o racismo e o preconceito. Eu afirmo que esse racismo é o núcleo e que a raça é o ponto crucial da sexualidade preta e tanto raça quanto o racismo devem ser pontos focais para qualquer discussão inteligente sobre o assunto. Para entrar em diálogo honesto sobre diferentes aspectos e dimensões de práticas sexuais do macho preto, um deve abordar os princípios de ética, moralidade e teologia do seu opressor. É aí que os mitos e estereótipos que cercam o homem negro originários de respeito, não só para o sexo biológico e do ato sexual, mas também para os papéis de gênero, autoestima, questões e imagem corporal. Essa discussão também deve incluir, implícita ou explicitamente, a importância do pênis negro, que por gerações tem sido o foco de muita ansiedade e ressentimento para aqueles de ascendência caucasiana Europeia."
Dr. Sadie Sheafe, Ph.D., LCSW

O racismo elaborou falsas teorias sobre a sexualidade dos homens e mulheres pretas, teorias que foram introjetadas em toda a sociedade independente da cor epitelial, brancos, mestiços e pretos repetem essas falsos conceitos como verdadeiros. Estes conceitos são os mais contundentes nas relações raciais porque definem o corpo nas ideais racistas como o de criaturas desumanizadas na cor da pele, nariz, lábios, tipo de cabelo, tamanho de quadris bem diferentes do padrão de beleza branco. Esses conceitos criam baixa autoestima em muitas mulheres pretas e rejeição da beleza na maioria dos homens pretos que desejam a beleza imposta desde a escravidão.

A ideia animalesca dos homens pretos criou um medo nos homens brancos, por causa da difundida virilidade sexual, e entre as mulheres brancas o desejo de conhecer esse homem viril, apesar de ser considerado sujo e violento. A Dra. Sadie Sheafe desenvolve os seus estudos em quatro estereótipos:

1- Os pênis dos homens pretos são macrofálicos.
2- Potência masculina preta e virilidade são maiores do que a dos homens brancos.
3- Homens pretos estão obcecados com a ideia de ter relações sexuais com mulheres brancas.
4- Os homens pretos são permissivos em seus assuntos sexuais.

Estes estereótipos ajudaram a formar homens pretos sem se preocuparem com a sua ancestralidade e de descobrirem o seu papel na história, contribui para a formação de uma falsa identidade, um mito de que são hipersexuais por causa do tamanho do penis e se tornam nos chamados pretinhos básicos, os dispostos a manter qualquer tipo de relação sexual. A popularização de certos ritmos musicais “calientes” corroboram com o estereotipo sexual do “avantajado” homem preto.

Um vídeo me chamou a atenção, o qual mulheres relatam as suas relações com os homens pretos e os consideram como animais, e algumas dizem ter “medo”. O artigo intitulado: Será mito ou verdade que homens negros africanos são "bem dotados" ? Alguém já experimentou?
a discussão se inicia com essa frase:

- Pessoas,
gostaria de debater alguns mitos, vamos começar por esse, que o homem negro africano é muiiiiiiiiiiiiito bem dotado (se é que me entendem). Nós conte quem já provou. BJs
P.s - vou ser a primeira: já namorei 2, um de Angola outro de Moçambique, caraca os dois foram de assustar.
kkkkkkkkkkkk
O vídeo fala de uma camisinha africana:
Camisinha africana =O



http://www.bolsademulher.com/forum/amor/f9/164256/

Ayn Rand em Introdução à epistemologia objetivista (1979), disse, que o racismo "é a noção de atribuir significado moral, social ou político para a linhagem genética de um homem - a noção de que traços intelectuais de um homem e de caráter lógico são produzidos e transmitidos por seu corpo interno. Isto significa, na prática, que um homem deve ser julgado, não por seu próprio caráter e ações, mas com os personagens e as ações de um coletivo de antepassados.”
Dr. Sadie Sheafe, Ph.D., LCSW


A mídia sempre demonstrou interesse em divulgar essa ideia do homem preto superdotado em filmes, revistas, musicas e piadas. Uma realidade que está nas mentes dos brasileiros.

No Youtube, encontrei diversos episódios de Gilda e Cornélio que retratam a infidelidade feminina e o marido não aceita que a esposa lhe seja infiel. Interessante é que Gilda é uma mulher loira e o “Ricardão”, que recebe diversas profissões e nomes, é na maioria das vezes o mesmo personagem superdotado e preto. A ideologia da superpotência do homem preto é veiculada e o “desejo questionável” escondido da mulher branca e loira é mostrado no pensamento do autor das personagens. Inclusive é repassada a ideia machista de que os homens que realizam serviços domésticos é reprovável e a mulher que pratica esportes e tem necessidades de sair sempre está traindo o marido. Gilda é mulher que não trabalha fora de casa, na verdade ela não faz os trabalhos do lar na construção do estereotipo.

A mulher branca com o preto superdotado, o desejo do preto pela mulher branca. E o medo demonstrado em charges do homem branco da pretensa superioridade sexual do homem preto e o “racismo sem querer” é veiculado.

Cornélio pega Gilda pescando com vara de Chicão - 24/01/2012


Esposa de Cornélio vai ao salão para ficar mais bela - 29/08/2011


Esposa de Cornélio leva trato do frentista do posto - 02/08/2011


Cornélio flagra instrutor fazendo baliza em Gilda

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

HUMOR “NEGRO” NAS GARRAS DA PATRULHA - SINIRA BEIÇUDA E TIZIL NA TV VERDES MARES

Por Malachiyah Ben Ysrayl - Historiador e Hebreu-Israelita
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
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As caricaturas são expressões artísticas, em sua maioria desenhos, que buscam retratar de maneira exagerada características físicas ou psicológicas de personagens da vida real, muitos (as) deles (as) personalidades famosas e em evidência no momento, com o nítido intuito de produzir sátiras sociais.

Como expressões satíricas, as caricaturas têm por função trazer à tona determinados fatos de relevância social através do humor e do ridículo dos (as) personagens. No entanto, muitas dessas legítimas e necessárias expressões artísticas foram aviltadas para que representassem diversas máculas sociais, dentre elas, o racismo.

Em diferentes momentos históricos, as ideias racistas foram representadas e difundidas através de artistas racistas que se utilizavam do humor “negro” (expressão que descreve tais representações de cunho discriminatório, forjada principalmente diante do racismo que a envolvia). Tais representações podem facilmente ser encontradas em registros estadunidenses do Jim Crow e em inúmeros outros exemplos de arte com cunho racialista pelo mundo.

Perplexidade, todavia, é encontrar tais caricaturas sendo ainda produzidas e exibidas na TV Diário de Fortaleza-CE, da Rede Verdes Mares, uma das emissoras de maior audiência do nordeste, no programa cuja alcunha é “Nas Garras da Patrulha”, cujo sitio pode ser acessado clicando aqui, bem como em diversos vídeos no Youtube, onde há representações discriminatórias de pessoas pretas.

Muitos (as) daqueles (as) humoristas aproveitam das ideologias socialmente construídas, através do discurso da inexistência do racismo, assim como da desorganização políticas da população preta, seja individualmente ou através de instituições, para disseminarem o racismo explícito em suas piadas, personagens televisivos e desenhos.

Neste caso, “Nas Garras da Patrulha” exibe caricaturas aplicando aos (as) seus (as) personagens conotações do racismo propagando desde teorias racialista de Darwin até Lombroso, onde pessoas pretas são retratadas como naturalmente analfabetas, criminosas, débeis e de forma endêmica a toda uma gama heranças de mazelas sociais somente aplicáveis por decorrência de sua origem africana.

Não me traz surpresa que ainda se busque disseminar conotações racistas e tendenciosas no concerne aos aspectos físicos, culturais e psicológicos dos (as) afro-descendentes, como é feito nesse programa cearense. O racismo se vê presente em todos os aspectos macabros produzidos por aquele programa, desde nomes dos (as) personagens aos modos de vida vivenciados, a saber: crimes, fofocas, drogas, álcool, desrespeito e desestruturação familiar, discriminação religiosa contra as religiões de matrizes africanas, homofobia e outras tantas situações deploráveis que, através do humor, são introjetadas na população preta como se lhes fossem naturalmente próprios.
Abaixo, podem-se ver facilmente os (as) personagens de criação racista em ação, nos vídeos disponibilizados no site do Youtube.

Discriminação Religiosa

Tizil cai em terreiro de macumba e recebe entidade


Coxinha critica professor do Doquinha


Tabosa vai ao macumbeiro para fechar o corpo


Criminalidade endêmica e Família Desestruturada

Tizil - Golpe da Saidinha de Banco 2012


Tizil entra na faculdade e...


Racismo fenotípico e Homofobia

Coxinha e doquinha corte de cabelo ruim


Racismo fenotípico contra a Mulher Preta

Discriminação contra a mulher Preta- personagem Sinira beiçuda


Por fim, nós, homens e mulheres pretas, não podemos deixar de denunciar essa manifestação de racismo explícito que se configura em verdadeiro atentado contra nosso povo. Leia, compartilhe e denuncie.

  Acesse:
Poemas de amor ao povo preto: https://www.facebook.com/PretasPoesias

domingo, 20 de maio de 2012

A NOVA ESTRÁTEGIA DOS MÓRMONS COM A POPULAÇÃO PRETA - WILLARD MITT ROMNEY UM MÓRMON EM DIREÇÃO A CASA BRANCA


Por Malachiyah Ben Ysrayl.
Historiador e Hebreu-Israelita
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Willard Mitt Romney, de descendência escocesa e alemã, candidato mais forte do Partido Republicano a Presidência dos USA, da 5ª geração da SUD (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), fez uma declaração infeliz em Alabama:

"Eu entendo o quão difícil pode ser para um afro-americano na sociedade de hoje. Na verdade, posso me relacionar com pessoas negras muito bem. Meus ancestrais, uma vez possuído escravos, e é na minha linhagem a trabalhar estreitamente com a comunidade negra. No entanto, só porque eles foram libertados mais de um século atrás não significa que eles podem agora ser aproveitadores. Eles precisam ser orientados a trabalhar duro, e os incentivos simplesmente não estão lá para eles. Quando eu for presidente eu pretendo trabalhar em estreita colaboração com a comunidade negra para trazer um sentimento de orgulho e ética de trabalho de volta à vista por eles."

https://www.facebook.com/pages/BlacksAfro-Americans-for-Mitt-Romney/231659056888330

Mitt Romney - Who Let the Dogs Out?


Resolvi escrever este artigo para que possamos discutir as novas estratégias dos mórmons no Caribe, Brasil e África. Porque muitos pretos nestas três regiões do planeta seguem e defendem esta prática religiosa.

Há muitos pretos que não se importam com a história dos seus antepassados como se não fizessem parte dela, por isso a ignoram, e tentam viver fora da realidade alimentando o racismo que abate a sua autoestima. Ignorar a história dos seus antepassados tem sido uma fuga radical da própria realidade, levando alguns ao absenteísmo, e em casos mais graves a uma patologia que deve ser tratada urgentemente, ou optam a autonegação e covardia de olhar dentro de si mesmo.

Um destes graves problemas patológicos ou esquecimento voluntário se trata de questionar ilações da Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias, conhecida popularmente como a Igreja dos Mórmons. Em primeiro momento, é necessário afirmar que todo ser humano é livre para seguir qualquer religião, conforme reza o artigo 2º da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, no Brasil, a Constituição Federal em seu art. 5º, VI. Então, aqui a discussão não é sobre a opção religiosa, mas o que a história desta prática de fé afetou os africanos e seus descendentes no planeta.

O chamado mormonismo surgiu nos USA com o profeta Joseph Smith Jr, em m 06 de Abril de 1830, com alguns convertidos e em 1838 mudou seu nome para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Foi um jovem que teve diversas visões, perturbações e sonhos, conforme ele mesmo descreveu em seus escritos.

Em 1820, Smith teve uma visão de Deus e Jesus Cristo: “Quando a luz pousou sobre mim, vi dois Personagens cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, pairando no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando-me pelo nome, e disse, apontando para o outro: — Este é Meu Filho Amado. Ouve-O!”

Se você quiser saber mais sobre os mórmons e ter acesso a mais de 100 comentários, acesse o artigo de minha autoria escrito em 13 de janeiro de 2008:
http://cnncba.blogspot.com.br/2008/01/os-mrmons-e-os-negros.html

A teologia mórmon sempre considerou por mais de 125 anos a população preta como inferior e descendente do fratricida Caim. Os pretos eram considerados pelos mórmons como amaldiçoados, uma raça inferior. Nesse sentido, vê-se o que o Profeta Brigham Young relatou:

"Você vê alguns grupos da família humana que são pretas, grosseiras, feias, desagradáveis, tristes, baixos em seus costumes, selvagens, ad aparentemente sem a benção da inteligência que é normalmente dada à humanidade. O primeiro homem que cometeu o odioso crime de matar um de seus irmãos foi amaldiçoado por mais tempo do que qualquer um dos filhos de Adão. Caim matou seu irmão. Caim poderia ter sido morto, e que teria posto fim a essa linha de seres humanos. Este não era para ser e que o Senhor pôs uma marca nele, que é o nariz chato e pele preta. Rastrear humanidade até depois do dilúvio, e, em seguida, outra maldição é pronunciada sobre a mesma raça -. que seria o servo "de funcionários”; e que será, até que a maldição é removida, e os abolicionistas não pode ajudá-lo, nem sequer a alterar esse decreto.” Journal of Discourses, Volume 7, páginas 290 291.

Blacks Called NIGGERS By Mormon Joseph Smith


Com uma nova revelação em 1978, os mórmons afirmam que deixaram a sua postura racista e a igreja estendeu as bênçãos do sacerdócio de todos os membros dignos, e se dedicam a converter pretos no Caribe, América e África. Quais são os motivos dessa nova estratégia dos mórmons?
Nos USA, entre os mórmons somente 1% são pretos e a maioria da população não esqueceu o que foi ensinado por mais de um século que eles tinham um pacto com Satanás e eram amaldiçoados. Na Pérola de Grande Valor, diz, "A negritude veio em cima dos descendentes de Caim, que foram desprezados entre todos os povos."

Ainda, são feitas campanhas milionárias tentando demonstrar que o racismo não existe mais, e divulgando uma igualdade racial com latinos e pretos preocupados com a campanha presidencial. Pretos e latinos em grandes outdoors afirmam serem mórmons.

Inclusive no Mali, um dos países mais pobres da África, apesar de ser o terceiro maior produtor de ouro do continente, o candidato a presidente Yeah Samake segue a religião mórmon, e deles tem recebido apoio financeiro substancial, mas com o golpe militar se torna incerto se haverá mesmo eleições. O interesse dos mórmons no continente africano é deveras interessante.


BYU GRAD BECOMES MAYOR OF OUELESSEBOUGOU, MALI


Na África do Sul, os mórmons trazem uma boa mensagem aos brancos calvinistas Afrikaaner por causa das semelhantes crenças religiosas sobre a maldição de Cam. Para os brancos a história mórmon é parecida com Grande Marcha, quando os africânderes invadiram Traansvaal para “domar” o deserto, e estabelecer a “liberdade”.

Mas, muitos pretos se tornaram calvinistas e agora mórmons. Muitos pretos esquecem ou ignoram a sua história de opressão e seguem a religião dos antigos senhores.
Disse o Profeta Brigham Young:

"Devo dizer-lhe a lei de Deus em relação à raça Africana? Se o homem branco que pertence à semente escolhida misturar seu sangue com a semente de Caim, a penalidade, sob a lei de Deus, é a morte no local. Isso vai ser sempre assim." Journal of Discourses, Volume 10, página 110.

SOUTH AFRICAN YOUTH SING OF CHRIST


Em outros países africanos a SUD tem conseguido adeptos com uma mensagem mais amena e aproveitando os problemas econômicos e analfabetismo de uma grande parcela da população. Caso também que ocorre no Brasil onde muitos pretos e pretas tem aderido ao mormonismo sem sequer atentar para a história.

Mórmons - Racismo no Templo


 Acesse:
Poemas de amor ao povo preto: https://www.facebook.com/PretasPoesias

quarta-feira, 18 de abril de 2012

SARAH BAARTMAN – RACISMO NO DIA MUNDIAL DA ARTE NA SUÉCIA?


Por Malachiyah Ben Ysrayl.
Historiador e Hebreu-Israelita
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn: kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano
Facebook: Walter Passos


Resolvi postar uma informação encontrada no facebook de Swahili Kmt:

"Durante a celebração do Dia Mundial da Arte, em 16/04/12, no Museu de Arte Moderna, Suécia, a ministra da cultura daquele país, Lena Adelsohn Liljeroth, partiu um "bolo" caricaturando a senhora Saartjie "Sarah" Baartman, chamada "A vênus negra". O bolo foi partido primeiro em sua genitália e alimentou a cabeça da "obra", uma pessoa em blackface e escondida sob a mesa, numa referencia a uma autofagia canibal... Tudo isto entre muitos sorrisos."






Na foto abaixo está o autor da obra, o afro-sueco: Makode Aj Linde, que disse ser a obra um combate a mutilação genital feminina, sendo que os gritos foram feitos por uma pessoa branca pintada de preto.

A muitação feminina ainda ocorre em 28 países africanos. Leia mais sobre a Mutilação genital feminina acesse o link do BAYAH: MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA - VIOLAÇÃO DO CORPO DA MULHER

Makode Aj Linde, artista plástico afro-sueco.

Na foto abaixo, a ministra da Cultura da Suécia - Lena Adelsohn Liljeroth - que diz lutar contra o racismo no seu país.

Ministra da Cultura da Suécia.

Os brancos amantes da arte na Suécia se deliciam com mais um vilipêndio a memória da mulher preta africana SARAH BAARTMAN.

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Poemas de amor ao povo preto: https://www.facebook.com/PretasPoesias

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

CABELO DE PRETO – RESISTÊNCIA E AFIRMAÇÃO DA ANCESTRALIDADE - I LOVE MY HAIR - "MY NAPPY ROOTS" - GOOD HAIR - PARTE II

"Papai, como é que eu não tenho cabelo bom?




Por Walter Passos.
Historiador e Poeta
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
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Skype: lindoebano
Facebook: Walter Passos

Uma amiga internauta perguntou-me se eu estava zangado com ela. É muito difícil ficarmos aborrecidos com amigos virtuais, especialmente com aqueles que conversamos ocasionalmente. O motivo da minha suposta “zanga” foi o artigo sobre os cabelos que eu escrevi e uma amiga dela enviou o link para o seu perfil no facebook. Não escrevo especificamente para nenhuma mulher preta. Escrevo para todas as mulheres pretas e homens pretos.

É necessário que falemos de amor que se transformou em ódio a si próprio, de uma forma de banzo que a mulher preta começou a ter ao se olhar no espelho. Não de saudades, mas um banzo que corroeu o âmago de seu ser e fazia chorar nas fétidas senzalas e nas casas após o cativeiro. A mulher preta, além das mazelas do racismo, preocupações de sobrevivência, do sustento das famílias, de sofrer e amar pela irresponsabilidade de muitos homens pretos em serem verdadeiros companheiros: conseqüência da quebra dos laços familiares pela escravidão. Teve uma nova incógnita a resolver: as suas madeixas, os seus cabelos. Conheço muito bem esse processo dos cabelos das pretas. A minha filha Aidan quando pequena chorava para não pentear os seus lindos cabelos. Manter os cabelos naturais das meninas pretas é difícil por causa da falta de continuidade dos conhecimentos ancestrais africanos. Mas, é fácil quando voltamos as nossas origens e é prazeroso para toda a família o olhar de pertencimento as raízes dos nossos antepassados, o retorno pode começar pelo amor e respeito aos nossos cabelos e quão gratificante é quando as nossas meninas dizem como o a linda africana no livro de Cantares de Salomão 1:5:

- Eu Sou preta e formosa.

O conhecimento foi interrompido com a escravidão como a descontinuidade de comunicação através das línguas nativas e a imposição cultural dos senhores acarretaram a não manutenção de pentes, ervas naturais e lindos penteados que as nossas ancestrais usavam; no processo escravocrata os pretos mais ebanizados eram desvalorizados pelos que tinham as peles mais claras e cabelos mais lisos.

A intenalização no africano de que a sua cor e seu cabelo forte em forma de espiral foram motivos da inferiorizarão racial alterou as atitudes das descendências futuras. O chamado cabelo “bom” se tornou um passaporte econômico-sentimental no mundo branco das Américas. A maioria dos homens pretos, já contaminados pela beleza ocidental, considera as mulheres pretas mais belas quanto mais brancas se parecerem, e o cabelo tornou-se a mensagem de beleza, limpeza e adequação a inclusão de uma sociedade desejada, e esquecer o passado africano no olhar do espelho foram, e é à saída da maioria da população africana na América.

Desde o final da escravidão começa a se tornar popular as mudanças estéticas e já em 1920 o grande Marcus Garvey exortava a população para voltar a usar a sua estética africana.

Marcus Garvey estava com toda a razão, já no inicio da década de 1900, Annie Malone, que se tornou milionária, trouxe um novo método de alisamento para as mulheres pretas patenteando o ferro quente, auxiliando as mulheres descontentes e em crise com os cabelos africanos, que usavam para o relaxamento dos cabelos a gordura de ganso gordo, gordura de porco (bacon), manteiga, e chegavam ao cumulo de usar uma faca com manteiga aquecida. Durante décadas a prática de tentar o embranquecimnento através dos cabelos fez com que muitos pretos e pretas usassem água sanitária para o clareamento, alvejantes que nas fórmulas possuíam soda caustica, uso de cremes e loções, combinado com ferro quente, a fim de “endireitar” o cabelo.

A sua ex-empregada madame CJ Walker, anteriormente Sarah Breedlove, nascida na Louisinania em 1967, filha de ex-escravizados, trabalhou como agricultora, lavadeira e cozinheira, e após sofrer uma doença de couro cabeludo, tornou-se uma poderosa empresaria ao criar uma fórmula para os cabelos das mulheres pretas em 1900. Foi à primeira preta milionária dos USA na indústria de produtos para os cabelos, e aperfeiçou o ferro quente, ampliando os dentes patenteado pela sua ex-patroa Annie Malone.

Uma das propagandas usadas por Madame CJ Walker para convencer as mulheres pretas a modificar os cabelos foi a uso de um livro infantil publicado em 1900: The Gift of the Good Fairy (O dom da fada boa)
- "Era uma vez, uma boa fada, cujos pensamentos diários eram em muito meninos e meninas de se transformarem em mulheres e homens bonitos, e de como ela poderia embelezar aqueles infelizes a quem a natureza não tivesse dado cabelos longos e ondulados e uma pele suave e encantadora”.

A propaganda retratava o cabelo que não é ondulado e liso como indesejáveis e algo que a fada boa (
Madame CJ Walker) podia corrigir. Já se passaram cem anos e as mulheres pretas ainda valorizam o cabelo liso, e sonham com a boa fada que modificará os seus cabelos.


Garrett Augustus Morgan, um inventor preto, experimentou um líquido de agulhas para máquinas de costura, e acidentalmente, descobriu que este líquido não só esticava o tecido, mas também o cabelo. Ele fez o líquido em um creme e começou a GA Morgan Refining Company Hair. Morgan também fez um óleo corante preto para o cabelo e um pente de ferro dente-curvo em 1910, para “endireitar” o cabelo.


O processo de negação do cabelo africano começa com a infância, especialmente com as meninas. A simples brincadeiras com bonecas alertam a criança das diferenças estéticas. Foi o que ocorreu com Sergi, uma menina de origem etíope, adotada por Joey Mazzarino, principal escritor de Sesame Street, e manipulador de marionetes. Sergi ao brincar com as bonecas Barbie começou a dizer coisas negativas sobre si mesma e ao seu próprio cabelo.

- "Ela estava passando por esta fase em que realmente queria o cabelo comprido e loiro.

Mazzarino, um homem branco não ignorou o problema como fazem milhões de pais e mães pretas nas Américas. Sabia que no futuro Sergi teria problemas com a auto-estima, e ele criou um muppet para mostrar a sua filha como era belo o seu cabelo.

I Love My Hair


Desejo que este vídeo fale direto ao seu coração, minha amada irmã preta que alimenta a baixo-estima por causa dos seus cabelos. Eles são lindos. Tu és bela. Remanescente das mulheres originais

O processo da indústria de relaxantes especialmente nos Estados Unidos da América se desenvolveu de maneira surpreendente e afetou todas as regiões das Américas. Atualmente a indústria do cabelo ultrapassa a cifra de 10 bilhões de dólares só nos USA. Nós os africanos nas Américas vivemos 400 anos sem usar um pente e processos de relaxamentos. O relaxamento dos cabelos nos USA é conhecido como o “crack cremoso pela dependência que criou nas mulheres pretas.

Dois importantes documentários foram produzidos recentemente nos USA: Nappy Roots: A Journey Through Black Hair Itage-2005, dirigido por Regina Kimbell, e Good Hair, produzido por Chris Rock em 2009. Com certeza irão contribuir nas nossas discussões para o entendimento deste nefasto processo de auto-violação do corpo preto.

"My Nappy ROOTS" Award winning documentary on Black hair

Este filme produzido por Regina Kimbell através de pesquisas retrata os histórico das transformações do cabelos no pretos nos USA. Kimbell pesquisou o continente africano, a escravidão em terras americanas e as consequências até os dias atuais e produziu este precioso documentário.

Sinopse:

My Nappy Roots: A Journey Through Black Hair Itage, um documentário de edutainment, tem um olhar sem precedentes de como o cabelo preto é usado como um prisma através do qual o olhar para as questões culturais, sociais e políticas na comunidade Afro-americana ao longo do tempo. O filme revela o significado e o orgulho de penteados Africanos antes da chegada dos primeiros africanos escravizados para a América, onde a luta mais ampla do povo negro começou. Esta luta cultural e social criou o surgimento dos primeiros grandes empresários negros e da bilionária indústria do cuidado de cabelo étnico que existem hoje.

Começando com as primeiras tentativas de denominar do cabelo preto, o documentário de longa-metragem apresenta um conjunto de várias técnicas e estilos, incluindo o, conk imprensa e onda, o afro, a onda Jheri e locs. Cada estilo marca um momento distinto da história americana, a política e a cultura norte-americana Africana. Explorar para além da superfície, My Nappy Roots mergulha internamente na mentalidade que criou o debate interminável de "cabelo bom versus cabelo ruim" e papel que os meios de comunicação desempenha como instigador. Desde o início do filme, um tema subjacente de superação de obstáculos se desenvolve em uma história inspiradora de sucesso e de negócio que não termina. Em vez disso, ele levanta a questão de "para onde iremos a partir daqui?"

My Nappy Roots vai contar sua história em grande parte através das pessoas que as vozes eram, e são, fundamentais para as mudanças que têm influenciado as imagens cultural, estética e o comportamento dos negros americanos. As cineastas Regina Kimbell e Jay Bluemke entrevistam celebridades conhecidas mundialmente (Vivica A. Fox, Patti LaBelle, Ella Joyce e Malcolm-Jamal Warner para citar alguns). Historiadores, autores, jornalistas, comediantes, estilistas e barbeiros, ícones da indústria de negócios como George Johnson, Produtos Johnson, Ed Gardner, Produtos Sheen Soft, Bronner Bernard do show de cabelo Bronner Brothers International e outros fornecem históricos, relatos profissionais e pessoais em suas jornadas com os cabelos de negros. A indústria do cabelo do povo preto, que é sempre passional, às vezes chocantes, e muitas vezes cômica é considerada a libertação dos negros nos Estados Unidos.

http://www.mynappyrootsthemovement.com/virginmoom.html



Good Hair

De maneira bem-humorada, o documentário aborda a identidade dos pretos nos Estados Unidos, o movimento da indústria de produtos capilares e as tentativas das mulheres pretas em alisarem os cabelos. Ao ouvir sua filha comparar o seu cabelo com o de uma amiguinha branca, o ator e cantor Chris Rock teve a idéia de produzir o documentário Good Hair. A temática central em torno da obsessão que as mulheres afro-americanas tem com o cabelo, que no final das contas reflete o conceito que elas tem de beleza. Rock colabora como produtor, roteirista e repórter. Durante o documentário, ele entrevista diversas celebridades e médicos negros. Destes, Rock considera a participação da atriz Nia Long como a mais importante.

Em Good Hair, Rock explica como o cabelo de uma mulher negra pode afetar sua atividade diária (evitando atividades que possam afetar o seu cabelo, se cair água arruina a sua peruca), finanças (o penteado pode custar milhares de dólares), e uma vida sexual (os homens são forçados a aceitar um "hands-off" da política). Roch explica porque o cabelo de uma mulher negra é um investimento desta natureza, os homens muitas vezes não são autorizados a tocá-lo durante o sexo. Rock diz: "... Você está condicionado a não ir até lá . Quando eu era um cara de namoro, namorei mulheres de diferentes raças. Sempre que eu estava com uma menina asiática ou um Porto Riquenha ou uma menina branca, minhas mãos iam constantemente em seus cabelos. Como minhas mãos estavam com sede. "O tipo de penteado que uma mulher negra tem às vezes pode funcionar como um aviso do que ela está disposta a fazer ( The Oprah Winfrey Show ).



BÁRBARA E A BONECA ENCANTADA( trecho)

- Sua mãe, depois de tanta insistência a levaria a um salão chique, proporcionando a Bárbara, o grande sonho do alisante. Então Bárbara falou para as bonequinhas:

- Vou ficar linda igual a vocês. Mamãe vai ficar bonita. De cabelo bom!



Livro: Bárbara e a Boneca Encantada (2006) de Walter Passos e Ilustração de Nattan Cerqueira. Necessitando de uma editora para publicação. Vamos fazer a parceria?

ACESSE PRETAS POESIAS:

sábado, 10 de dezembro de 2011

JEZABEL SEDUTORA E PECADORA – ESTEREÓTIPOS DA MULHER PRETA ESCRAVIZADA



Por Walter Passos

Historiador 
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Os cristãos evangélicos sempre citam o exemplo de Jezabel quando censuram as mulheres. Quem foi Jezabel? Uma mulher da história dos hebreus, princesa fenícia, filha do rei Etbaal, e esposa do rei Acabe de Israel cerca de 870-853 a.C. (1Rs 16.29-31; 18.19). Jezabel era alta sacerdotisa da deusa Astarte, esposa do deus Baal. Conhecida pela prática de diversos pecados conforme as leis dos israelitas. O Torá proíbe o casamento de hebreus com pessoas estrangeiras e Acabe desobedeceu a lei. Na tradição cristã, uma comparação com Jezabel indica uma pessoa pagã, apóstata, que usa a manipulação e a sedução para enganar os santos de Deus (homens cristãos) em pecados de imoralidade, idolatria e sexualidade, associada na escravidão as mulheres pretas pelos escravizadores cristãos.



A idéia dos europeus de que a mulher preta é lascívia antecede a escravidão. Nos contatos com civilizações africanas não compreenderam alguns aspectos culturais, como a prática da poligamia em algumas sociedades, alguns rituais e danças de mulheres seminuas foram interpretadas como decadência moral e lascividade, sob os olhares daqueles que se consideravam superiores racialmente. As mulheres africanas são relatadas por eles como de fogo e quentes, que criam estratégias para conseguir amantes. William Bosman descreveu as mulheres pretas na Costa da Guiné como "fogo" e "quente" e "muito mais quente do que os homens."

Na dominação do território africano por potências européias as mulheres africanas foram estigmatizadas de tentadoras e aceitavam felizes as relações afetivas e estereotipadas como lascivas. Mentira dos escritores europeus.


O encontro das culturas européias com as africanas foi de não integração, crises e censuras, demonização e uso sexual forçado do corpo da mulher africana, gerando tanto na áfrica como nas América, descendentes do estupro: os mulatos.

A mulher preta nos USA no período escravocrata teve uma concepção de luxuria e promiscuidade, o que continuou após a escravidão. No Brasil, o epíteto de Jezabel não entrou em voga por causa da colonização católica, apesar da concepção de luxuria e promiscuidade tenha se atribuído as mulheres escravizadas. Gilberto Freire as acusa de prostituição doméstica, feitiçaria e magia sexual e Jorge Amado as descreve em seus romances como possuidoras de ardentes desejos sexuais. No geral a mulher preta sempre foi adjetivada de uma série de estereótipos negativos, como sendo lasciva, volúvel, mulher à toa, prostituta.

Jezabel é a menina má, a preta sedutora que atrai os homens brancos para a cama, desestruturando as boas famílias puritanas. Para os escravizadores: Jezabel "é a fêmea promíscua com um apetite sexual insaciável."

Em contraponto a imagem da mulher branca é: mansidão, auto-respeito, autocontrole, modéstia e pureza sexual. Isso criou em muitos países que tiveram a escravidão o desejo do homem preto de se relacionar com a mulher pura, a mulher branca.

Muitos relatos da escravidão, as mulheres puras usavam os corpos das mulheres consideradas impuras para a prostituição, inclusive casos aberrantes de freiras que viviam do dinheiro da venda da carne preta no mercado do sexo. A ganância de Jezabel e sua promiscuidade na era das mulheres escravizadas. Vítima de seguidos estupros a africana no mundo escravizado era um objeto de uso descartável e procriadora de crianças, já no ventre escravizadas.

É de mister importância ressaltar que a Jezabel também foi retratada como a mulata nos USA, a mulher misturada tendo alguns traços europeus, descendente das relações do homem branco com a escravizada. No Brasil, o ideário da mulata nas musicas e no samba incentivam a idéia, da preta gostosa e detentora de encantos sexuais inigualáveis. Temos que atentar que em toda a América escravagista a mulher preta, denominada de diversos epítetos foi e é considerada a tentadora e pecadora. A destruidora de lares na visão das mulheres brancas.

No documentário abaixo, relata-se o trabalho de profissionais da dança, mas, o título reporta a tal famosa sensualidade das mulatas.

TRAILER DO DOCUMENTÁRIO "MULATAS! UM TUFÃO NOS QUADRIS"



NEY MATOGROSSO - DA COR DO PECADO



Conforme o Dr. David Pilgrim, a mulher preta possuidora de dotes sexuais irresistíveis, foi também estigmatizada nos USA como feia, aberração, viciada em bebidas alcoólicas, mas sempre indicando que esta pronta e desejosa para atos de libertinagem. Uma mulher digna de pena dos homens brancos e bons cristãos.

As meninas pretas não ficaram livres do ideário de sexualidade do escravizador, em toda a América, casos hoje que seriam considerados atos de pedofolia foram praticados. No Brasil, diversas meninas serviram de iniciação a prática sexual de senhores e seus filhos. Nos USA a propaganda da precoce sexualidade das meninas pretas foi divulgada, vede a caricatura: o olhar, o sorriso e a barriga, sugerem uma gravidez.
Outras caricaturas foram feitas das mulheres pretas de Jezabel encontradas no Museu Jim Crown:

Na imagem abaixo notamos que cinzeiros foram produzidos para demonstrar a sensualidade exagerada das mulheres pretas. No Brasil, o hábito de “disputar a nega” em jogos de dominó, dado, baralho e outros, relembram que as mulheres pretas serviram como satisfação sexual desenfreada dos senhores de escravizados.

O estereotipo de Jezabel para as mulheres escravizadas e a continuidade no período pós-abolição demonstra a grande falácia de uma sociedade hipócrita e racista, que violentou as culturas africanas, dividiu as famílias, se apropriou da mão -de- obra, demonizou os conceitos filosóficos e religiosos. A sociedade escravocrata na América foi a incorporação de Jezabel pelos seus pecados e falta de respeito a vida.



O grupo religioso Israel United in Christ postou um vídeo recentemente sobre a idéia que eles possuem de Jezabel na atualidade, postado abaixo como curiosidade.

THE CHARACTERISTICS OF A JEZEBEL




Notamos que a prostituição atribuída às mulheres pretas na África e nas Américas foi uma imposição hipócrita branca e masculina. As mulheres pretas vêem e interpretam a história de outras formas, são outras histórias, e sabem que os homens brancos escravizadores usaram os corpos das mulheres nas mais horrendas violações da história humana. As mulheres pretas devem reescrever a história da África e da escravidão com o olhar feminino.

Os homens pretos repetem a falácia do invasor e escravizador europeu quando interpretam a história com olhares e conceitos de poder masculino e este olhar interpretativo está ocorrendo na África e nas Américas. Nos USA, as músicas do rap retratam as mulheres pretas como vadias, e algumas delas compartilham dessa ideologia, como se vê no clipe musical abaixo.

50 CENT - DISCO INFERNO



É uma continuidade dentro da comunidade de falta de respeito e do ideário de Jezabel criada pelo escravizador.

No Brasil, não apenas alguns cantores de rap, mas grupos de pagode e funk reforçam a criação do invasor europeu na África, a continuidade do senhor de escravizados e atualmente a sociedade racista de falta de respeito, as nossas avós, mães, tias, irmãs, filhas e companheiras.

Na Bahia, a deputada Maria Maia (PT/BA) propôs um projeto de lei (PL 9.203/2011) que trata da “proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento.” O referido projeto está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa e já recebeu o apoio de outras deputadas. Ocorre que grupos de pagode estão descrentes na aprovação da lei, tendo em vista que, segundo eles, se trata da “cultura popular”, tal cultura se conceitua como o desrespeito e a prostituição - chamada de putaria – das mulheres pretas. Abaixo, confira a resposta de dois famosos grupos de pagado da Bahia ao mencionado projeto de lei.

O TROCO-BLACK STYLE FIEL A PUTARIA [NOVA]




Os homens pretos precisam refletir sobre essa repetição ideológica. A mulher como objeto, como carne que pode ser violada, desrespeitada está proporcionando a violência não só ideológica, mas espiritual e física. Um número incontável de mulheres são agredidas e assassinadas por homens pretos a todo o momento. Jezabel foi uma mulher de extremo poder e de manipulação, poder este que nunca passou pela mulher na escravidão e pós-abolição, porque o poder da mulher e do homem preto aflorava quando resistia e mantinha as suas tradições. Atualmente, feministas vêem Jezabel como uma feminista que lutou contra o poder masculino em Israel. A mulher preta foi o maior suporte de resistência do nosso povo. A mulher preta deve continuar reagindo às ideologias que não só as afetam, mas a todo o povo preto.
Shalom!

sábado, 5 de novembro de 2011

HISTÓRIAS CRUZADAS - EMPREGADAS PRETAS E AS CASAS BRANCAS


Por Ulisses Passos.

Bacharel em Direito (Estácio de Sá/FIB),
Acadêmico de Línguas Estrangeiras da UFBA,
Pan-Africanista.
Pesquisador das relações étnico-raciais e jurídicas.
Pseudônimo: Aswad Simba Foluke.
E-mail: ulisses_soares@hotmail.com.
Facebook: Ulisses Passos.






O objetivo desse artigo é indicar ao publico do blogger BAYAH o filme Histórias Cruzadas (The Help, USA. 2011), destacando seus principais elementos e introduzindo reflexões acerca do papel da afro-americana empregada domestica no Sul dos Estados Unidos em meados da década de 60.

O Filme

The Help, romance escrito pela estadunidense Kathryn Stockett, foi adaptado ao cinema com nome homônimo (Histórias Cruzadas, no Brasil) pela Dreamworks e lançado no dia 12 de agosto deste ano.

O filme, a exemplo do livro, busca retratar a relação racialista entre as empregadas domésticas afro-americanas e as brancas para as quais elas trabalhavam, em Jackson no Mississipi, durante os anos 60.

O enredo se desenvolve através da perspectivas de duas empregas domésticas (Aibileen e Minny) e de Skeete, uma jovem branca recém-graduada que sonha em ser escritora. Ao perseguir seus objetivos, ela perde Demetrie, a empregada negra que foi seu porto seguro em uma infância fraturada pelas separações e ausências dos pais, após uma atitude arbitraria de sua mãe.

Motivada por esse fato, Skeete decide pesquisar e entrevistar mulheres pretas que servem e cuidam das “boas famílias cristãs do sul” dos Estados Unidos. Apesar das proibições legais, das ameaças e da vigilância da sociedade racista em Jackson, Skeeter consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo, que por sua vez conquista a confiança de outras mulheres que têm muito que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingirem a todos.





Análise da Obra

O filme busca retratar através do olhar das empregadas afro-americanas a sociedade racialista do sul dos Estados Unidos e da paixão fervorosa de uma jovem branca americana em ser escritora.

A estrutura social onde se desenvolve a obra é marcada pela desigualdade formal, através de um conjunto de leis chamados Jim Crow, e material, através do racialismo segregacional e ideológico intenso. Para entender com profundidade as relações apresentadas pelo filme, é necessário compreender o complexo sistema racial estadunidense, antes e depois da luta pelos Direitos Civis.



Para entender mais sobre o Jim Crow, clique aqui.

O filme, em si, consegue retratar a opressão vivenciada pelas domésticas afro-americanas, através de recortes bem elaborados do ponto de vista social e psicológico, destacando sutilmente a violência gratuita dos homens negros, não retratados na história, e a continuidade da posição socialmente estigmatizada de geração em geração daquelas mulheres.

Antes de concluir, todavia, destaco a crítica realizada pela Associação de Mulheres Pretas Historiadoras (tradução livre de The Association of Black Women Historians - ABWH) que em comunicado oficial ressaltou que "Apesar dos esforços para comercialização do livro e do filme e seu objetivo em contar um progressivo triunfo sobre a injustiça racial, The Help distorce, ignora, e banaliza as experiências das pretas empregadas domésticas”.

A crítica acima se baseia nos estudos realizados pela ABWH, cujo filme apresenta um retrato quase uniforme dos homens negros, como cruéis ou ausentes, além de velar os constantes assédios sexuais dos patrões brancos sofridos pelas empregadas afro-americanas.

Por fim, entendo proceder à crítica realizada pela ABWH, mas ressalto que nem o livro, nem o filme se propõem a discutir profundamente os recortes dados pelo ABWH, mas retratar a visão de Kathryn Stockett, uma branca norte-americana, acerca das relações étnico-raciais, utilizando para isso as histórias de mulheres pretas, mantidas no anonimato.

Assim, o blogger BAYAH deseja a todos e todas boas reflexões e um ótimo filme.




sábado, 25 de setembro de 2010

OS EVANGÉLICOS E AS ELEIÇÕES – CONFUSÃO EM NOME DE DEUS



Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com

Skype: lindoebano

Os evangélicos representam 30% da população brasileira e a sua maioria é composta de descendentes de africanos, seguidores da orientação das lideranças brancas, sem realizar questionamentos, vivem como cordeiros e cordeiras aceitando as ordens dos seus guias espirituais. Os pastores e pastoras são considerados as “vozes de deus” na Igreja, orientadores em todas as situações, e nesse momento, formadores de opinião e indicadores em que votar.

No Brasil, infelizmente não há lideranças pretas no cristianismo. Há alguns grupos que tentam criar um movimento reivindicatório e questionar o racismo, sem discutir a fundo os motivos da discriminação, são defensores da inclusão nas igrejas e adeptos da teoria social da brasilidade que nega os conflitos sociais, e concomitantemente a afrocentricidade e o pan-africanismo.

São milhões de pretos e pretas evangélicos, lideranças que não conseguem reunir mil pessoas em um congresso, faltando visibilidade e propostas convincente aos milhões de cristãos evangélicos pretos dominados mentalmente.

Hoje, assisti a um programa televiso da Igreja Presbiteriana cujo apresentador o Presbítero Daniel Sacramento se referiu ao presidente Obama, exemplificando que os negros são a minoria nos USA e conseguiram eleger o presidente. Não fez a comparação com a maioria negra nesse país que é desorganizada e não consegue ter um candidato a presidente, mas, comparou com os evangélicos, que são uma minoria com um número suficiente de decidir o pleito eleitoral que virá.
Entre as denominações evangélicas que possuem o maior número de membros, entre elas: os Batistas , as Assembléias de Deus e os cultos neopentecostais, sendo a mais conhecida a Igreja Universal do Reino de Deus, se posicionam através de diversas lideranças sobre quem os fieis devem votar, lançando candidatos e apresentam os diversos motivos de um voto cristão.

È deveras interessante os motivos apresentados para o não apoio a candidata Dilma Rousseff do PT, de evangélicos eleitores de José Serra e Marina Silva. Transcrevo abaixo um dos scraps que recebi no Orkut:

BOMBA: MOVIMENTO NÃO VOTE EM DILMA!!!

SÓ PRA VC COMO CRENTE OU CATOLICO FICAR COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA.... A DILMA APROVARÁ A LEI DO ABORTO E DO CASAMENTO GAY
DECLARADO POR ELA MESMA.
E O MAIS INTERESSANTE QUE EU NÃO SABIA E NÃO
HAVIA REPARADO...
VCS SABEM O NOME DO VICE DA DILMA? MICHEL TEMER!

ISSO TE LEMBRA ALGO?
É ELE MESMO O PAI DE DANIEL MASTRAL O GRANDE CABEÇA DOS
SATANISTAS...
INFORMAÇÕES DIVULGARAM QUE A PRESIDENTE SERÁ ELEITA, NÃO TEM JEITO, PORÉM VC COM CONHECIMENTO E SABEDORIA, FILHO DE DEUS, NÃO VOTE NELA, OS SATANISTAS JÁ PREPEARAM TUDO...
A PRESIDENTE
POSSUI UM CÂNCER ADORMECIDO E DENTRO DO ANO DO SEU LEGADO O DIABO A FERIRÁ E ELA FICARÁ TERRIVELMENTE DOENTE, TALVEZ, VINDO ATÉ A FALECER E, QUEM ASSUMIRÁ O PODER? O VICE MICHEL TEMER....
FIQUE LIGADO!

A INTENSÃO DO DIABO É DOMINAR TODO TERRITÓRIO BRASILEIRO LIBERANDO POTESTADES E PRINCIPADOS NO AR,TERRA E MAR.

É HORA DE NOS LEVANTARMOS COMO FILHOS DE DEUS.

CUIDADO COM O SEU VOTO, NÃO O JOGUE NAS MÃOS DE UM INSTRUMENTO DO NOSSO ADVERSARIO.

Dilma aprovará leis que prejudicarão a pregação da Palavra de Deus, como:
Fica proibido fazer:

• Cultos ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional)

• Programas evangélicos na televisão por mais de uma hora por dia.
• Programa de rádio ou televisão, quem não possuir faculdade de 'jornalismo'.
• Pregar sobre dízimos e ofertas, havendo reclamações, obreiros serão presos.

Quanto aos cultos:

• Cultos somente com portas fechadas (Reforma Constitucional)

• As igrejas serão obrigadas a pagarem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.

• Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e
idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
• Pastores que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito de se defender por meio de ação judicial.

E-mail de um ex-colega do Seminário Presbiteriano de Campinas, também com um alerta:


Queridos amigos e conhecedores da Palavra. Temos que entender e saber o que as pessoas realmente pensam e o que passa em seus corações. Espero e oro para tenhamos sabedoria do alto quando votarmos daqui a 10 dias. Que o Eterno lhes abençõe e GUIE sempre!

DILMA DIZ: NEM MESMO CRISTO ME TIRA ESSA VITÓRIA

Após a inauguração de um comitê em Minas, Dilma é entrevistada por um jornalista local. Veja:
Como a senhora vê o crescimento da sua candidatura nas pesquisas?


"O povo brasileiro sabe escolher, é a continuidade do governo Lula, e após as eleições nós vamos desarmar o palanque e estender os braços aos nossos adversários, o candidato Serra está convidado a participar do meu governo, porque nesta eleição nem mesmo Cristo querendo, me tira essa vitória, as pesquisas comprovam o que eu estou dizendo, vou ganhar no primeiro turno."


Parece que está caindo à imagem de boa moça e aparecendo quem realmente é a Dilma Roussef.
“O Povo Brasileiro estará cometendo um grande erro elegendo Dilma presidente e vão sofrer.” Ciro Gomes

Poucos minutos após a entrevista, já tinha caído na internet, twitter… e ela disse ter sido mal interpretada e que a frase não foi essa, porém alguns mineiros já repudiam a candidata e o quadro eleitoral começa a dar uma reviravolta, em Minas a petista estava à frente de José Serra e agora Serra já ultrapassou com uma vantagem de 5 pontos, tanto que Aécio Neves já está aparecendo na TV pedindo aos mineiros o apoio unânime à Serra.

IMPORTANTE: A Dilma já está até sentando na cadeira presidencial, dá pra acreditar?

Vamos passar adiante, passe para o maior número de contatos possíveis, o Brasil precisa saber disso.

DILMA, a favor do Aborto e acima de Jesus Cristo. Até o Papa no vaticano já se manifestou contra essa frase.

Abram os olhos com os nossos candidatos!

Não anulem seus votos, nem vote em branco, isso somente vai ajudar aqueles que querem prejudicar nossa nação, votem com consciência!

O pastor Batista Paschoal Piragine apóia Candidatura de Serra e fala sobre a iniqüidade da candidata Dilma:

Posicionamento do Pr. Paschoal Piragine Jr sobre as eleições 2010


Muitas lideranças evangélicas não comungam com as opiniões acima e apóiam a Dilma:

Pastor Paulo Kazão do Ministério Internacional Graça Sobre Graça e o Apóstolo Cristiano França de Montes Claros -MG, onde está trabalhando para implantar a Graça genuína e libertar o povo místico do Norte de Minas da "macumba gospel”.

http://www.abencoados.com/kazao.htm

Posicionamento do Pr Paschoal Piragine - RESPOSTA


Em nome dos evangélicos, discursou o pastor e deputado federal Manoel Ferreira (PR-RJ), da Assembléia de Deus.

A julgar pelo que disse o pastor-deputado, foi dando que o governo da ex-ministra Dilma recebeu o apoio dos evangélicos à candidata. Manoel recordou aos presentes que Lula sancionara a lei que regularizou os templos erigidos em áreas públicas pertencentes à União. “Agora chegou a hora de estarmos unidos. O que podemos fazer por esse homem?”, perguntou o pastor Manoel aos presentes. Ele mesmo respondeu: “Fazer a sua sucessora”.

http://blogfolha.com/?p=13430


Pastor presbiteriano compara Dilma com o apóstolo Paulo. Assista ao vídeo:

Líder de 27 mil pastores pede apoio para Dilma


A pastora Silvana compara Dilma como nova Débora.

PASTORA SILVANIA NUNES - Assembléia de Deus -- Min. Madureira


Irmão Lázaro está com Dilma nas eleições


O pastor da Assembléia de Deus Joaquim Móbile do Congo apóia Dilma

Pastor Joaquim Mbole


Todos os candidatos sofrem ataques do blogueiro fundamentalista Julio Severo, que escreveu diversos artigos combatendo a luta dos negros. O seu principal alvo é Marina Silva:

Marina: mais uma “solução” de Caio Fábio e Valnice

Só faltou Valnice dizer que Marina é um anjo verde — que se diz contra o “casamento” gay, mas a favor de uniões civis homossexuais, que no final das contas é a mesma coisa. Em elogios e adulações para Marina, Valnice só perdeu para Leonardo Boff, o principal líder da Teologia da Libertação do Brasil, que igualmente pintou Marina como solução para o Brasil.

http://juliosevero.blogspot.com/2010/09/marina-mais-uma-solucao-de-caio-fabio-e.html

Marina Silva, a candidata verde de coração vermelho


Ela começou sua carreira política militando nas comunidades eclesiais de base, a ala mais marxista Igreja Católica, tendo a Teologia da Libertação como referencial de sua vida. Mesmo assim, agora ela apresenta-se como candidata dos evangélicos, pintando-se como “moderada”

http://juliosevero.blogspot.com/2009/10/marina-silva-candidata-verde-de-coracao.html

Marina Silva é membro da Assembléia de Deus, mas não recebe o apóia da alta cúpula:

ASSEMBLÉIA DE DEUS NÃO APÓIA MARINA SILVA

Assembléia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, com 8,4 milhões de fiéis segundo o Censo de 2000, não apoiará a pré-candidata à presidência da República Marina Silva (PV). "O fato de ser evangélica e candidata não é suficiente para a igreja apoiá-la", afirmou o pastor Joel Freire, que trabalha como missionário da Assembléia de Deus nos Estados Unidos. Filho do pastor José Wellington - presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB) e suplente de Orestes Quércia (PMDB) -, Freire ressalta que Marina precisaria de "outros atributos", como ser "conhecida pela comunidade evangélica e provar que poderia ser presidente".

Segundo o pastor Gedeon Alencar:


"As pessoas votam, cada vez mais, a partir da preocupação instrumental, do que dá fruto, do resultado imediato", afirmou o pastor Gedeon Alencar, especialista em ciência da religião e membro da dissidente Igreja Assembleia de Deus Betesda em São Paulo. Ele observa ainda que será diferente essa eleição: "Os evangélicos vão se dividir. Há duas décadas os evangélicos foram contra Lula, era mais definido".


Para Alencar, ganha apoio quem tem algo a oferecer. "Mesmo Marina tendo uma marca da Assembleia de Deus, no encontro em Santa Catarina (em maio), quem foi convidado para falar foi o Serra", disse. "Marina teria dinheiro para patrocinar? Não tinha. Então se dá ênfase para quem tem dinheiro para financiar", afirma.

http://aforcadaesperanca.blogspot.com/2010/05/assembleia-de-deus-nao-apoia-marina.html

Marina Silva disse em uma entrevista:

Mesmo sendo evangélica e pertencente à maior ala da Assembleia de Deus, Marina afirma que não usará a igreja para pedir votos. “Minha posição é de não usar o púlpito para fazer palanque”, afirmou.

http://www.gospelprime.com.br/evangelica-marina-silva-minimiza-apoio-de-lideres-de-igrejas-a-dilma-rousseff/

Apoiando a candidata Marina Silva estão líderes importantes como o pastor Silas Malafaia, Apóstola Valnice Milhomens, Pastor Caio Fabio, e o Apostolo Renê Terra Nova. Interessante que Silas Malafaia e Caio Fábio são discordantes em vários assuntos, mas apóiam a mesma candidata.
O pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, declarou apoio à candidata do PV, Marina Silva nesta sexta-feira, dia 24. O conferencista mantendo um discurso coerente com seus princípios, pediu votos através de seu twitter. Diferente de outros lideres da Assembleia de Deus como José Wellington Bezerra e Manoel Ferreira que declararam apoio a Dilma Rousseff, mesmo a petista sendo a favor do casamento gay e do aborto, Malafaia diz que foi coerente.

http://www.gospelprime.com.br/pastor-silas-malafaia-declara-apoio-a-marina-silva/

Mobilização Nacional - Pastor Silas Malafaia


Apoio cidadão e não religioso de Caio Fábio a Canditaduta de Marina Silva


Apóstola Valnice Milhomens e o Apóstolo Renê Terra Nova

O apóstolo Renê Terra Nova e os apóstolos do Brasil oraram pela senadora Marina Silva, na noite de 21 de abril, quando a senadora esteve presente no 11º. Congresso de Resgate da Nação. A apóstola Valnice Milhomens primeiramente apresentou a senadora, e intercedeu por seu ministério político diante da Nação Brasileira.

Em seguida, o apóstolo Renê também orou profetizando que a bênção de Deus está sobre a vida de Marina Silva. Os apóstolos reuniram-se no altar da tenda e impuseram as mãos sobre a senadora acreana, pedindo a Deus que lhe dê sucesso em sua vocação. Foi um mover sobrenatural.

http://www.reneterranova.com.br/hotsite/portoseguro2010/content/noticias.php?code=28

Nesta Babilônia as posições controversas de diversas lideranças cristãs, a maioria dos evangélicos que são descendentes de africanos, estão imersos na mais profunda confusão. Em nenhum momento a questão racial foi colocada como fundamental, os pastores e pastoras se adequaram as mais diversas interesses políticos sem se preocupar com a ética e com os ensinamentos verdadeiros das Sagradas Escrituras.

O cristianismo sempre esteve envolvido no poder secular, desde a sua formação no Imperio Romano e suas divisões com a Reforma do Século XV. Foram mentores ideólogicos e enriqueceram com a escravidão na África, criaram falsas interpretações para o domínio mental e da perca de identidade de uma grande maioria de africanos e seus descendentes . O griot Ademario Ashanti já nos alerta no seu artigo por essa manipulação de consciência feito pelo cristianismo que ensinou aos pretos e pretas adorarem um Messias Branco criado a imagem e semelhança dos opressores:


CESARE BORGIA – O GAROTO PROPAGANDA DO VATICANO

http://cnncba.blogspot.com/2009/10/cesare-borgia-o-garoto-propaganda-do.html


Os pretos e pretas cristãs estão em mais uma confusão de suas igrejas, seguindo as lideranças brancas, tendo as consciências manipuladas no mais atrasado voto de cabresto em pleno século XXI.

Porque YHWH não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as comunidades dos santos. I Cor. 14:33.

Shalom!

PRETAS POESIAS

PRETAS POESIAS
Poemas de amor ao povo preto: https://www.facebook.com/PretasPoesias