terça-feira, 20 de maio de 2008

UMA MULHER NEGRA E SEU DIREITO DE SER

Reva. Cleusa Caldeira é pastora da

4ª Igreja Presbiteriana Independente de Curitiba, PR

(cleusacaldeira@hotmail.com)

Ao falar da mulher negra, precisamos entender que a nossa luta por libertação e emancipação requer de nós, mulheres e homens negros, bem como os que se simpatizam e se solidarizam com elas, que se leve em consideração todo o processo histórico sofrido por nós, mulheres negras. Porque o movimento feminista clássico e o movimento negro não contemplaram as diferenciações da luta da mulher negra. Se pretendermos falar abertamente sobre a opressão que a mulher negra sofre, teremos de aceitar que a história é marcada pelo androcentrismo, patriarcalismo e escravista. E que, em relação ao homem negro e à mulher branca, a mulher negra sofre duplamente com o preconceito. A minha história, enquanto mulher negra e pastora de uma igreja de tradição Reformada, tem-se caracterizado por luta e resistência. Desta forma, sinto-me forçada, pela necessidade, a buscar, nos quilombos modernos, ferramentas para resistir diante de tamanha opressão. Há, exatamente, 10 anos, recém chegada do interior do Paraná, buscava algo que nem mesma eu sabia o que era. No entanto, esse que a minha alma buscava, de um modo maravilhoso, se revelou a mim: Jesus! Imaginava que, a partir da experiência com Jesus, todos os meus problemas desapareceriam. Mas o desenrolar histórico me ensinaria que as lutas estavam apenas começando. Encontrava-me numa igreja de tradição Reformada na qual eu era a única mulher negra. Não poderia deixar de perceber essa gritante diferença. Ali, então, desencadeou-se um processo de reconstrução do meu ser. Era importante que eu pudesse perceber que, de fato, era diferente dos outros, mas não menos digna. A verdade é que, em última instância, o diferente somente encontra o seu sentido pleno naquilo que ele não é . Quando ainda no início da minha vida cristã, algumas das líderes da mocidade da igreja chegaram para o presidente dos jovens e questionaram a minha presença. Elas enfatizaram “que ali não era o meu lugar”. Lembro-me de Rosa Parks, militante do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos, quando ela se recusou a obedecer às leis municipais que exigiam a segregação nos ônibus. Há uma segregação mascarada na nossa sociedade e a igreja, muitas vezes, como legitimadora dos atos da sociedade, não é diferente. E, assim como Rosa Parks, eu precisava romper com essa segregação. E a minha permanência ali na igreja, contrariando aquelas jovens brancas, seria um modo de romper com essa segregação. Mas esse rompimento estava acontecendo, primeiro, dentro de mim. Todo movimento de emancipação é antecedido pela conscientização do sujeito. Porque, a princípio, eu também achava que ali não era o meu lugar. Quando fui para o seminário a fim de me preparar para assumir o ministério pastoral, as lutas se intensificaram. As mulheres brancas que lá encontrei não conseguiam conceber a idéia de ter que dividir o espaço com uma mulher negra. E lutaram para me tirar do seminário. Houve uma que gastava suas energias maquinando o mal para me tirar do seminário. Mas sempre resisti, permanecendo no lugar ao qual Deus me havia enviado. Não havia nada pessoal; agora, entendo isso. Tem a ver com a formação da nossa sociedade. Foi um tempo difícil até eu conquistar o meu próprio espaço no seminário. Depois de formada, teria que cumprir a licenciatura em alguma igreja. Não imaginava eu que a intensidade dessas lutas aumentaria. Enviaram-me a uma igreja que ficava numa cidade pequena e histórica, na qual a concentração de preconceitos é bem maior e onde as mentes estão mais fechadas para o novo. Uma pastora já seria difícil para eles. Mas uma pastora negra era inadmissível. Houve pessoas que chegaram a declarar que não gostavam de mim porque eu era negra. Nós, mulheres negras, não estamos lutando por ascensão social, mas, sim, pelo direito de sermos diferente. Tive muitos problemas naquela cidade pequena. Mas compreendo que tanto eles quanto eu estávamos sendo confrontados com séculos de história de opressão contra a mulher negra. A relação da sociedade escravista, da qual o Brasil se formou, colocou as mulheres negras num lugar subalterno na relação intragênero. E tudo isso fica muito claro nas relações que tenho vivenciado, principalmente na igreja. Não que o preconceito não estivesse presente antes; ele sempre esteve. Mas o que acontece é que Deus me fez sujeita de minha história; tenho olhos que vêem e consciência do processo histórico. Em outras palavras, fui liberta do jugo opressor que dizia que a mulher negra era inferior à mulher branca. E estou ocupando uma posição de destaque como pastora. Não estou, com isso, dizendo que nós, negras, estamos disputando alguma coisa com as mulheres brancas. Não! Estamos lutando, como está fazendo o movimento feminista clássico, por libertação e emancipação da mulher negra. Vejo que as pastoras brancas, entre si, não têm compreendido o movimento de emancipação da mulher. Porque, a partir do momento em que elas alcançaram um lugar que antes era destinado, exclusivamente, aos homens, deixaram de lutar por uma mudança verdadeira nas relações de gênero para concorrer entre si e com os pastores homens, na busca para ver quem é o melhor. Nota-se que aquele sentimento de disputa e opressão ainda continua movendo, principalmente, a mulher branca, o que faz com que tenhamos dificuldades para iniciar um diálogo intragênero. Mas houve também muita dificuldade com os meus colegas de trabalho, os pastores homens. Vejo que eles se sentem ameaçados com a minha presença. Na verdade, a minha simples presença no meio deles é um confronto direto com a suas mentalidade sexista, etnocentrista e classista. Houve colegas de trabalho que lutaram arduamente para me derrubar da minha dignidade. Mas nem mesmo eles conseguiram perceber tudo o que estava em jogo. Estamos falando de séculos de dominação. Estamos falando de androcentrismo, patriarcalismo e escravismo. Tudo isso tem influência nas relações que tenho experimentado enquanto pastora negra da IPI do Brasil. Mas creio que, se tenho vivenciado tudo isso, é porque o próprio Deus tem usado a minha experiência para transformar a mim e à própria denominação. Pois esta está inserida numa sociedade na qual 50% da população é negra. Já está mais do que na hora de abrirmos as portas para o povo brasileiro. Porque, quando a IPI do Brasil foi formada, a intenção inicial era a de fazer uma igreja para os brasileiros. Mas a pretensa supremacia européia importava na negação do diferente. A sua superação importará necessariamente na afirmação do diferente. Enquanto pastora negra, muitas são as minhas lutas. A todo tempo, vejo meus companheiros e companheiras fazendo piadas, insinuando que eu não sou capaz. É muito triste ver o que eles não conseguem ver. Eu posso deixar de ser e fazer qualquer coisa, mas nunca poderei deixar de ser mulher negra. E estou muito feliz porque toda essa experiência de negação do meu ser tem contribuído para a afirmação da minha identidade enquanto mulher negra.
Publicado no Jornal O Estandarte - Edição 119 - Abril 2008. Autorizado a publicação neste blogger pela Reverenda Cleusa Caldeira.

13 comentários:

Anônimo disse...

Conheci a Reverenda Cleusa Caldeira através da Comunidade do CNNC no Orkut a qual a convidei para participar, e já há quase dois anos temos conversado sobre a discriminação racial na sociedade e nas igrejas protestantes brasileiras. Esse depoimento que foi dado em um trabalho de mestrado demonstra como o racismo existe sem ser velado no protestantismo brasileiro. A Reverenda Cleusa está de parabéns pela coragem e determinação de denunciar a discriminação dentro da sua própria denominação, é um fato novo e de profunda reflexão, porque ela se torna a primeira pastora preta no Brasil que não esconde a realidade de milhões de mulheres pretas brasileiras vitimas de igrejas que não podem negar que são racistas. A coragem de Cleusa de denunciar o machismo, sexismo e racismo abrem uma nova porta e descortina muitas militantes pretas (os) de igrejas que lutam contra a discriminação e escondem o que passam dentro das suas igrejas. É necessário coragem e fé para denunciar o que está escondido para a sociedade. É necessário compromisso e amor ao povo preto em denunciar.
Quantas seminaristas e pastoras pretas sofrem discriminação racial e estão caladas? Por que só a pastora Cleusa assume espontaneamente que foi vítima de racismo?
Que a luta da Reverenda Cleusa sirva de exemplo a seminaristas, pastores e pastores que são omissos e vêem racismo na casa alheia e dentro de suas estruturas propagam relações sem discriminação. Todas as igrejas são discriminatórias no Brasil, o que falta é coragem.
O CNNC desde o primeiro momento é solidário a Reverenda Cleusa Caldeira na sua luta, porque é de todas e todos independente de opção religiosa. Acreditamos que a sua determinação está servindo de estimulo à igreja brasileira e quem sabe a partir do seu exemplo pastores e pastoras tomem coragem e denunciem o que já sabemos: A discriminação racial no protestantismo brasileiro.
Walter Passos- Presidente do CNNC
Walterpassos21@yahoo.com.br

Anônimo disse...

Amada irmã ,conte com minha solidariedade e orações,pois sou mulher negra missionária e militante ,com certeza Deus tem um plano para nóssas vidas pois como mulheres de Deus somos contra qualquer tipo de discriminação e intolerância.
saudações em Cristo.
Noemi Porto

Anônimo disse...

A igreja copia e segue a sociedade, porque seria diferente lá ???? Jesus é hoje uma grande capa que encobre varias barbaridades que os palitós não deixam transparecer !!!!!!!!!!!

Unknown disse...

"Se Deus é por nós, quem será contra nós"!

Continue caminhando para a Àfrica Celestial. Sou homem e sei o quanto passo por situações que não acredito em pleno século XXI, porém, sinto que qdo mais resistimos em Cristo Jesus com seu poder e sabedoria, chagamos a realizar mais e chegar aos lugares que a sociedade ainda não nos quer ver!

E vou orar para que tudo que cobre a visão das pessoas na igreja de Deus, seja destruido!

Que abençoe a sua resistência e ousadia!

Anônimo disse...

Como homem Negro, me permito a respeitar ás diversidades, inclusive no meu entendimento daqueles que renunciaram a sua essência e abraçaram o Europocêntismo como tábua de salvação negando a cultura ancestral uma vez que nós negros fomos massacrados exatamente pelo Cistianismo seja ele Católico ou Protestante vide (Catarina de Medicis) que em nome de Cristo Matou o propio filho que era Católico, razão justificada pois oque estava em jogo era o poderquando o objetivo final da fé Cristã é o poder e não vida Poder, cuja regra é clara ou estar comigo subordinado ou está desintegrado. Esta é a regra. Os valores da fé Africana são outros a Vida,a Naturêza, o Meio Ambiente, o respeito a Ancestralidade e ás Diferênças. Mesmo que eu não entenda o porque do Negro não esta dentro do quilombo legado ancestral ( O Candomblé)eu os respeito no momento que decidem estar nos braços daqueles que ideologicamente oprimiram os nossos antepssados,e oprime ainda hoje haja vista a Mãe AFRICA hoje continua os algozes da fé, ha relega-la são os mesmos,de ontem pois idéia não se mata este é o meu entendimento. Logo carissima o racismo esta no caminho que voce seguiu,pois quem implantou a negação do NEGRO no mundo, foi o CRISTIANISMO, não foi CRISTO, mais aqueles que dizem falar em seu nome. Logo sua missão é heculea conviver com quem não lhe tolera quer voce enquanto simbologia mais não lhe quer no fundamento da fé Cristã que é poder. Logo voce e todos que pensarem em transformação,em eqüidade pagarão o preço de Cristo o sacrificio e terão o mesmo fim,pelo menos no nosso País este é o meu entendimento.,
Abraços
Liberato
Okuabó Mojubá

Anônimo disse...

Realmente muito forte e envolvente o relato da irmã sobre tudo que está vivendo em uma denominação que é tão conhecida pelos seus apelos vanguardistas de igualdade de gênero e raça. Que com a graça do Senhor e nossa determinação, possamos romper as barreiras do impossível.

Anônimo disse...

Muito bom!
Com muita sabedoria, Glórias a Deus! Até me emocionei com alguns trechos do depoimento (testemunho) da Reverenda.

Admiro muito mulheres guerreiras! Na verdade, todas somos, porque nossa resistência é diária e constante a partir do momento que saímos de casa e, muitas vezes dentro de casa, uma vez que as mensagens subliminares (nas entrelinhas) nos chegam também por vários meios de comunicação.

"Nós, mulheres negras, não estamos lutando por ascensão social, mas, sim, pelo direito de sermos diferente."...Essa é a essência da nossa luta, certamente. Vários pedacinhos desta mensagem falaram diretamente ao meu coração.

"Na verdade, a minha simples presença no meio deles é um confronto direto com a suas mentalidade sexista, etnocentrista e classista."...A partir desta consciência é que pude perdoar muitas pessoas, (e Cristo foi fundamental nesse processo), porém acredito que é necessário ajudar as pessoas a nos verem de uma nova maneira.

E a luta tem que continuar, partindo dos negros cristãos para os não-cristãos, ou "tamo junto", na gíria da garotada/rapaziada.rs

Reverenda, que Deus abençoe muito sua vida e seu Ministério!
Espero que numa das futuras reuniões da CNNC, eu possa te conhecer pessoalmente.


Afrobeijos

selasie disse...

E ....sabe o que eu acho eu fico e com pena ,mais não de noś negros mas sim dos prorios brancos racista ,que estão envouvidos neste circulo vicioso do racismo , por que com esta ideia de inferioridade sobre uma determinada pessoa so podera levar a o inferno ! pois na verdade eles criaram nada mais que uma arapuca para eles mesmo ,sera que Deus ou jesus vai querer alguem racista perto dele ? duvido muito , voce e um exeplo de mulher negra que deveriamos ter mais no brasil parabem , e um abraço por ser assim

Joá Dijú disse...

Parabéns Rev. Cleuza,
Voce conseguiu com maestria suscitar uma das facetas ainda tão pouco trabalhada na IPIB, mas que reflete uma realidade cotidiana que abrange muitas outras organizações religiosas. Bem sei que seu artigo haverá de suscitar elogios sinceros e críticas ásperas, muitos das quais não-oficializadas, porém, escondidas sob a égide da informalidade. Uma dica: não ligue demasiadamente para os teus pretensos candidatos a algozes! permita-se esquecê-los o suficiente, o necessário para que o próprio veneno destilado por eles lhe adornem com seu manto de prepotencia e sadismo teológico. Os que te conhecem como pessoa e mulher orgulhosa de ser negra, reconhecem que para muito além de qualquer círculo acadêmico (o que na minha opinião é, na maior parte das vezes, uma invencionice bestilizante que atrai e engoda muitos tolos "deuses" do saber), você é uma lutadora que pertence ao circulo real da vida, mostrando a cara, identificando as lacunas problemáticas, criticando as anomalias do sistema e a superficialidade com que são tratadas, sugerindo novas perspectivas e acima de tudo: não desistino nunca!
Grande abraço de seu mano branco, Américo.

Anônimo disse...

Pra mim quem é racista é você. Se vc for realmente um protestante deve saber que Deus não faz acepção de pessoas, e é com isso que vc deve se preocupar: com o que Deus pensa de vc, e não os outros.



*provavelmente vc não vai aceitar esse comentário, mas espero que sim, senão vai parecer que vc concorda com o que escrevi.*


GOD BLESS

Anônimo disse...

"Pra mim quem é racista é você."

Anônimo,
Não minimize os sentimentos de outra pessoa. Respeite.
Se a Reverenda vem nos dar seu testemunho de luta, superou e esta superando tudo isso, dê glórias à Deus. Porque Ele tudo sabe e conhece o coração de cada um.

"Deus não faz acepção de pessoas"
Amém.

E vc?
Enxerga os pretos próximos a vc como irmãos?
Gostaria que seu filho(a) casasse com um preto(a)?
Ao invés de criticar os outros, procure se melhorar. Ninguém fala de um assunto tão doloroso à toa.

Se as pessoas têm necessidade de dar seu testemunho, ou contar sua história de vida e experiências, que Deus sempre permita para o bem...para mudanças positivas.

Anônimo disse...

SEu comentário foi muito infeliz!! Falar em Racismo no DT? Por favor!!A boneca Bia não poderia mesmo ser negra, nem poderia ser branca, como de fato não é! Ela é uma mestiça, com cabelos enrolados, olhos castanhos e não azuis...e é uma reprodução da Ana Paula qd jovem que sofreu preconceitos pq não tinha cabelos lisos, nem olhos azuis como a sociedade exige!!!

E qt aos demais personagens, todos são brinquedos, e um deles, um menino, tb vcítima da estigmatização:: Usa óculos, é baixinho e tem sardas!! Se é uma sugest~]ao colocar um negro, aí td bem, mas dizer que eles foram preconceitosos!!?? E a Nívea Soares, a outra voz feminina mais linda do Grupo?!! O que vc diz??

VC foi mt infeliz em suas colocações?? Inclusive, na Lagoinha, há um mês foi um projeto africano WATOTTO, que a Ana Paula amou conhecê-los e cantou junto com os garotos na Igreja... E qt a maldição na Africa e nos indios....em momento algum a Ana Paula mencionou isto em ia pública!! Apenas oramos para que a glória do Senhor rompa com a idolatria africana, que é um fato!!!

Anônimo disse...

Puxa vida! Não dá pra acreditar que você passou por isso, querida Cleusa!
Uma mulher tão linda, tão cheia de virtudes! Que "perspectiva" sórdida essa do racismo, eu sei, construída pela história... como você mesmo diz e ainda procura compreender os que a olharam sob esse viés...
Além dessa questão da história, falta ao povo cristão uma "religião genuínca" como define Brennan Manning em seu livro "O Evangelho Maltrapilho":
" A conversão da desconfiança para a confiança é uma busca confiante de sifnificado espiritual na existência humana (...). Confiança define o que é viver pela graça em vez de pelas obras (...) encerrados estão todos os esforços para obter-se o favor de Deus. A graça quer dizer que Deus está do nosso lado e que somos, portanto, vitoriosos, independentemente de nosso desempenho no jogo."
Acho que teu encontro com o Amado de uma forma verdadeira e livre do legalismo te faz ter essa visão acima de tudo o que você viveu e saber que a luta negra, não é uma luta competitiva com brancos, mas a expressão de uma consciência restaurada pela experiência concreta do amor de Deus e a compreensão integral de seu plano e de sua essência em cada um de nós, criados à sua imagem e semelhança.
Ah, pra encerrar de uma forma alegre: Quero dizer pra todo mundo que tenho um cabelão lindão como o da Cleusa, sendo branca, de origem ucraniana e italiana por um lado e negra de outro! Isso é Brasil, minha gente, e é por isso que somos lindos! Deus nos deu a graça de sermos coloridos, festivos e tão especialmente amados por Ele!
Beijão pra ti, Cleusa! Admirável mulher de Deus e de uma beleza ímpar!

PRETAS POESIAS

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