terça-feira, 30 de junho de 2020

I SEMINÁRIO ONLINE DO CNNC – CONSELHO NACIONAL DE NEGRAS E NEGROS CRISTÃOS



Dia 04 de julho de 2020 Google Metts

Horário: 14:30 às 18:30 hs

RECEPÇÃO DO SEMINÁRIO:

Pastora Sandra Torres Lins Lins CNNC Mulher e Pastor Isaías Campos Dos Santos – Coordenador do CNNC 14:30 -14:35 h

TEMA: RESSIGNIFICANDO A DIÁSPORA EM UMA PERSPECTIVA AFROCENTRADA

Apresentação da cantora Marlye Ferreira 14:35: 15:00
Palestra de Abertura:

RESSIGNIFICANDO A DIÁSPORA EM UMA PERSPECTIVA AFROCENTRADA.

Ulisses Passos, advogado, pan-africanista e membro do Conselho Coordenador do CNNC. - 15:00 h- 15;30hs

MESA 1 - MULHERISMO AFRICANA – O REENCONTRO DE MULHERES E HOMENS NA RECONSTRUÇÃO AFRODIÁSPORICA.

Taísa Ferreira, extensionista do Curso de Extensão Ubuntu Educação em Base Africana FACED- UFBA, especialista em Gênero e Diversidade pela UERJ, mestre em Educação - Linha Cultura, formação e práticas pedagógicas na UEFS, pesquisadora do Grupo RIZOMA (UEFS) e Nini Kemba Nayo, pedagoga, contadora de Histórias Pretas, pesquisadora de Literatura negro-Africana. 15:30 -16:10 hs

MESA 2 - EDUCAÇÃO AFROCENTRADA - ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL, FACULDADES TEOLÓGICAS, ESCOLAS RELIGIOSA.

Prof. Me Jorge Santana, teólogo, filósofo e historiador. Professor de Filosofia Africana da UEFS, atua como um dos Coordenadores do NEABI /UEFS e membro do CPR/UEFS. Um dos fundadores do COINTER (Comitê Inter-religioso e liberdades laicas de Feira de Santana). Colaborador do Programa de Educação do Campo do MOC e Romilson Da Silva Sousa, Economista, com formação em psicanálise, especialista em Saúde Pública. Mestrado e Doutorado em Educação e Contemporaneidade. 16:10-16:50 hs

Mesa 3 - CRISTIANISMO DE MATRIZ AFRICANA.

Reverendo Luiz Carlos Nunes CarlosNunes, psicólogo e mestre em Ciências da Religião e Coordenador do CNNC; Walter Passos - Pastor, professor, escritor, poeta, introduziu a Teologia Negra e o Cristianismo de Matriz Africana no Brasil e é pioneiro da Teologia Afrocentrada no Brasil e coordenador do CNNC. 16:50 -17:30 hs

Mesa 4 - SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA EM PERSPECTIVA HISTÓRICO CULTURAL E AS CONTRIBUIÇÕES DA TEOLOGIA AFROCENTRADA.

Reverendo Dr. Julio Júlio César Medeiros – professor do Mestrado de História Contemporânea da UFF-RJ, pastor da Assembleia de Deus e Vanessa Soares Enfermeira, estudante de Farmácia e mestranda do ISC-UFBA. 17:30-18:10 h.

DEBATE LIVRE 18:10 – 18:30h.

Encerramento: Pastora Sandra Lins e Pastor Isaías Campos.

Limites de vagas: 250. 50 vagas serão destinadas a membros do CNCC.

Custo: R$10,00 (dez reais).

Garanta a sua participação. Inscreva-se no link abaixo:
https://doity.com.br/i-seminrio-on-line-do-cnnc-conselho-nacional-de-negras-e-negros-cristos

quarta-feira, 20 de maio de 2020

                                            KASSALA KETU

O Poeta e escritor Walter Passos, juntamente, com a poeta Fátima Farias, em um espírito africano de Kassala Ketu (a nossa poesia), convidam o poeta Cizinho AfreeKa, para uma conversa poética de lutas, resiliência e amorosidade preta.
Cizinho é um dos mais espetaculares poetas africanos do Brasil, com uma escrita gostosa de degustar, forte como o leão das Savanas e cheia de amorosidade melaninada. Ler Cizinho é se sentir imbuído da belezura da ancestralidade nos seus versos. No dia 20/05, às 18:30h, no https://www.facebook.com/walter.passos.16


Aguardamos-te para esses momentos de belas poesias africanas. — com Walter Passos e Fatima Regina Farias.


Kassala Ketu ( a nossa poesia) esse nome foi proposto pelo Kota Patrick Kasonga, ao mestre os meus sinceros agradecimentos.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

PEDRA DE NZAZI, XANGÔ E SOGBO







PEDRA DE XANGÔ
*Aniversário de tombamento da Pedra de Xangô é comemorado com livro infanto-juvenil*
Nesta segunda-feira (04) faz três anos que a Pedra de Xangô foi tombada como Patrimônio Cultural da cidade de Salvador pela Fundação Gregório de Mattos. Para comemorar a data, a advogada e escritora Maria Alice Silva, juntamente com o historiador e poeta Walter Passos, lança o primeiro livro na categoria infanto-juvenil sobre a Pedra de Xangô, cujo título é: “Pedra de Nzazi, Xangô e Sogbo?”.
Com prefácio de Everaldo Duarte - Agbagigan do Terreiro do Bogun e ilustração de Dayse Ellen Gomes de Moura, o livro será lançado nas redes sociais dos perfis @pedra.de.xango, @walterpassos21, @daysegomis e www.facebook.com/walter.passos.16 . O público infanto-juvenil tem sido alvo de atividades desenvolvidas pelas entidades envolvidas no resgate da memória e importância da Pedra de Xangô não só para a comunidade de Cajazeiras, onde o monumento está localizado, como também para Salvador como um todo. Foto: Mônica Silveira, capa do livro Dayse Gomis.

Galera, eis a entrevista. Dia 04/05/2020 lançamento do livro infanto-juvenil "Pedra de Nzazi, Xangô, Sogbo" aqui no perfil. Você é o nosso convidado. Pedra de Xangô é enredo, é rede. Assista ao vídeo abaixo:

domingo, 21 de abril de 2019

RECADO AOS CRISTÃOS PRETOS





                                                                     Por Walter Passos 
Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista




Recordo-me na infância aos domingos, indo à escola dominical, na Igreja Presbiteriana de Queimados-RJ, na classe das crianças (cordeirinhos), depois no juvenil, após na mocidade. Acho que esses eram os termos usados. 

Fui criado afastado de todas as minhas origens africanas, apesar de meus pais serem baianos, após a morte da minha mãe, descobri da sua iniciação em um candomblé de Angola, e soube de muitos dos meus ancestrais pertencentes de cultos de matrizes africanas como sacerdotes e sacerdotisas. 

São alguns recortes, os quais ainda hoje, eu tento entender como uma parcela importante do nosso povo, considera correto a negação e a perseguição as religiões dos nossos ancestrais. 
Os brancos perseguem e falam mal das religiões dos ancestrais deles? Eles amaldiçoam o cristianismo e demonizam a Europa?
Retornando ao vivenciar no protestantismo histórico ,aprendi a ver as outras denominações com um olhar de desprezo. Especialmente os cultos pentecostais (Assembléia de Deus), na época de maioria preta, os seus membros recebiam o batismo no Espírito Santo, manifestação espiritual por causa da ancestralidade africana. 
Ensinaram-me que eu fazia parte do mais intelectual culto do protestantismo. Eu era calvinista. Tanto assim,a nossa verdade veio de Moisés, Paulo, Agostinho e Calvino. Nós eramos os únicos corretos na interpretação dos desígnios de Eterno. Disso eu me orgulhava, sorria, porque eu era um predestinado. Um preto escolhido entre milhões que estavam nas garras do mal na África e no Brasil. Um eleito pela Graça e eleição e predestinação não se discute. São desígnios do Criador.
Esse afã de fé, levou-me aos estudos teológicos no inicio da minha juventude, e um dia, muito feliz da minha missão e escolha, fui ordenado pastor. No meio presbiteriano, o pastor recebe o titulo de Reverendo. Sou pastor há muito tempo e tenho a consciência tranquila de não ser um arauto contra a minha ancestralidade. 
Possuo colegas pastores ( em sua maioria brancos) da época dos estudos teológicos, e alguns deles ainda mantenho a amizade, carinho e respeito por viverem a fé a qual acreditam até o dia final. Meus respeitos aos meus colegas e amigos! Somente a eles, não ao calvinismo. 
Alguém pode perguntar: Walter, qual é o objetivo desse exórdio (introdução), pretende escrever um sermão dominical?
Assevero que não!
Eu estou falando com a comunidade preta não adepta e inimiga dos cultos de matrizes africanas, e repetem a palavra tolerância (condescendência) religiosa. Você não deve ter tolerância! Não tolere! Respeite os cultos de reverencia aos nossos ancestrais. Tenha respeito!
Você não os conhecem! Entendo! Foi criado na ideologia branca nas escolas e mais forte nas igrejas. 
A ancestralidade não está em associação religiosa. Ela está em você. Ela está em nosso povo, e quando persegues os cultos de matrizes africanas, volta-se contra você mesmo, como um bumerangue erradamente arremessado. 
Por isso os malditos dizem assim em suas organizações religiosas:
Libertem-se da maldição hereditária! E aceitas esse descalabro calado. Tome tenência! 
Eles não estão falando dos europeus, mas, dos africanos e seus descendentes.
Ofendem a sua mãe e ao seu pai, aos seus avós e você não diz nada? Covarde! E ainda ensina essa descaração aos seus filhos e filhas? 
Como diziam os meus antigos:Se assunte seu desassuntado! Descarado!
Perdoe-me os termos fortes, mas, é difícil me conter sabendo que nesse momento milhões de crianças pretas estão sendo levadas para as igrejas como eu fui, aprendendo que eles, os seus pais e todos os seus ancestrais são malditos e vão arder no inferno, se não entrarem na religião dos brancos. Tornando-se mestres a odiar os próprios ancestrais e adorarem os ancestrais dos brancos. 
Repare: Tu chamas o branco de irmão abençoado e o seu irmão preto de maldito! Medite nisso!
Malditos foram os europeus que invadiram e mataram milhões de homens e mulheres e crianças, sequestraram e trouxeram para o cativeiro nas Américas, onde estupraram as nossas ancestrais e cometeram os mais violentos crimes lesa humanidade. 

Devemos conversar com os nossos irmãos que estão a serviço da ideologia racista branca. Entendo todo esse processo mental: medo de perder o céu, a salvação, ser um servo fiel para receber a o galardão. Mas, respeitem a memória dos nossos pais, informe-se da história da nossa abençoada África, conheçam o processo de catequese evangelização (os motivos reais).
Solicite ao seu pastor para ele citar um personagem branco do Tanach ( erradamente chamado de Velho Testamento )e peça-o negar de que o Jardim do Éden foi na África...
Amem ao seu povo e respeitem a memória dos seus, dos meus, dos nossos ancestrais.
Que o seu ori te repreenda!
Bom domingo!

terça-feira, 9 de abril de 2019

ESTUPRO DOS HOMENS PRETOS NA ESCRAVIDÃO

                                                                   Walter Passos 

Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista






Há momentos nos quais eu reluto em escrever sobre as atrocidades da escravidão. Cá no meu canto, paro e reflito: As maldades da civilização branca que nos calunia como demônios devem ser reveladas?
-O meu intimo, o respeito à memória dos meus ancestrais, a minha responsabilidade como pai, avô, historiador e um preto orgulhoso, gritam bem alto que sim.
Eu acredito muitas outras coisas as quais estão além da nossa imaginação ocorreram durante a escravidão.
O homem africano sempre foi temido e invejado pelo homem branco por diversos motivos: beleza, superioridade física, por ser mais atraente para as mulheres, por ser detentor de uma história civilizatória superior, entre tantas outras virtudes. 
Com a invasão do continente africano, o sequestro e a escravidão nas Américas, os africanos e seus descendentes criaram diversos mecanismos de defesas e resistências contra a maldita escravidão. Entre elas, as fugas individuais e coletivas, formação de quilombos, insurreições urbanas e rurais e justiçamento dos homens brancos e seus familiares.
Essas resistências afetavam a lucratividade dos escravizadores e aumentavam o animo de resistência entre os africanos e seus descendentes, apesar dos diversos métodos de dominação e submissão que foram impostos. Destacamos a catequese e a evangelização, os quais até hoje fazem os africanos nas Américas adorarem os deuses dos assassinos dos seus ancestrais, e amaldiçoarem a própria ancestralidade em um vergonhoso branqueamento atípico na história mundial. 
Os castigos, inclusive de cozinhar os escravizados em águas ferventes, criar “fazendas de criatórios” para abuso sexual de crianças, o desrespeito às forças das naturezas e aos ancestrais, o estupro de suas mães, esposas e filhas, a morte não afetavam a mente e a disposição dos nossos maravilhosos ascendentes. Tornou-se necessário para os brancos afetar psicologicamente os nossos valorosos ancestrais e atacaram covardemente a masculinidade com as castrações e uma forma bizarra e demoníaca objetivando impor o terror nos homens pretos: O estupro. 
Os homens brancos foram os maiores estupradores da história da humanidade. Foram os mais violentos e destruidores de civilizações e afetaram o ecossistema terrestre que dificilmente poderá ser recomposto. 
Uma história vergonhosa que deve ser dita aos quatro ventos da terra. A inveja e o ódio fizeram com que valorosos guerreiros pretos em um sinistro ritual, na presença das suas esposas, filhas e filhos, mães e pais, amigos de infortúnio, eram espancados e depois estuprados por um ou diversos homens brancos para quebrar a sua masculinidade e tentar apagar a resistência. 
A maldade era tão grande, pois os filhos do escravizado desafiador eram obrigados a ficarem na frente e no centro, enquanto os atos horríveis estavam ocorrendo em um esforço para destruí-los mentalmente em tenra idade, enquanto eles testemunhavam a humilhação de seu pai. 
Era uma grande festa branca! Vinham senhores de outras fazendas e seus familiares e se divertiam, cantavam e bebiam vendo os pretos serem estuprados. Então o bom cristão (homem branco) obrigava o escravizado usar a calça embaixo do traseiro, deixando os outros saberem que ele havia sido estuprado.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O ABUSO SEXUAL DOS HOMENS PRETOS POR MULHERES BRANCAS NA ESCRAVIDÃO

                                                                     Walter Passos 

Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista






A escravidão nas Américas esconde muitos segredos, alguns nunca serão revelados e estão enterrados nos porões dos navios da morte, nas Casas-Grandes, nas senzalas, nos sobrados e mocambos,conventos, nas minas auríferas, nas grandes plantações e em locais inimagináveis. 
Os africanos e seus descendentes foram coisificados e, ao mesmo tempo, objetos sexuais dos seus senhores e capatazes. Ora, quando se fala de abuso sexual na escravidão nos deportamos imediatamente ao uso do corpo da mulher escravizada. Essa ideia nos vem à memória: Abuso sexual da escravidão= mulher. Não vou falar sobre a mulher escravizada e os homens brancos. Irei tecer pequenas considerações sobre abusos sexuais praticados por mulheres brancas em homens escravizados. 
Criaram-se, na escravidão, através do puritanismo, nos USA e no catolicismo no Brasil, a concepção do purismo da mulher branca e da lascívia da mulher escravizada. A mulher branca através do controle patriarcal era protegida, apesar das mulheres brancas serem maltratadas, humilhadas e vivendo como prisioneiras por seus maridos, por questões do próprio patriarcado e o medo de revoltas de escravizados, era considerada piedosa, moralista, honrada, religiosa, símbolos da pureza e da bondade branca, tendo a vida sexual regulada por regras patriarcais violentas, diferente das vivencias das mulheres africanas na terra abençoada (África).
Na escravidão, todo o contato do escravizado com a mulher branca era considerado estupro e a pena era a castração, emparedamento vivo e o enforcamento. Pendurar homens em cordas ocorreu durante décadas após o final da escravidão nos USA. Quantos homens pretos foram enforcados acusados de estuprarem mulheres brancas sem terem cometido esse crime?
Como se dava então esse abuso da mulher branca quebrando todas as regras escravistas?
Na hierarquia da escravidão, a mulher branca estava acima da escravaria, independente de sexo. Os escravizados estavam ali para servi-la e nesse ínterim , houve casos de usarem homens pretos sexualmente, o sexo como instrumento de poder, perpetuando simultaneamente a supremacia branca e o patriarcado . 
A exploração sexual de escravizados compensava a falta de poder em outros aspectos das vidas das mulheres brancas, além do desejo de possuir completamente o escravizado. Por serem vistos como inerentemente luxuriosos e propensos ao vício sexual, teriam satisfação garantida de um homem preto aos seus pés.
Relata-se, na escravidão, inúmeros casos de abuso sexual de mulheres brancas em homens escravizados, alguns provavelmente, além do desejo sexual a vingança por serem constantemente traídas por seus maridos abertamente, por verem dentro das suas casas e fazendas, crianças mestiças, frutos dos estupros dos seus esposos em mulheres escravizadas.
A solidão de muitas mulheres brancas nas plantações, a viagem e a morte dos maridos, permitiam que elas usassem sexualmente os escravizados, ameaçando-os de castigos e acusação de tentativa de estupros, caso recusassem o ato sexual.
A gravidez inesperada de uma mulher branca, constatando-se ser fruto de uma relação com o escravizado, se ela não abortasse, a criança era proibida de mamar ou praticava-se o infanticídio, sobrevivendo, era vendido como escravizado. O filho do homem branco com a escravizada era aceito, o da mulher branca com o escravizado era rejeitado. 
Quantos casos de torturas de mulheres pretas ocorreram, praticados por senhoras brancas ao desejarem os companheiros?
No Brasil, as pesquisas não são realizadas porque muitas não foram registradas e há falta de interesse da sociedade branca em relatar as atividades sexuais de mulheres brancas com os escravizados. Mas, nos USA, as pesquisas estão bem avançadas.
A foto é meramente ilustrativa. Um homem preto enforcado acusado de estupro nos USA nos meados do século passado.

Bibliografia:
- JOURNAL ARTICLE
The Sexual Abuse of Black Men under American Slavery
THOMAS A. FOSTER
Journal of the History of Sexuality
Vol. 20, No. 3, INTERSECTIONS OF RACE AND SEXUALITY (SEPTEMBER 2011), pp. 445-464
- Sexual Relations Between Elite White Women and Enslaved Men in the Antebellum South: A Socio-Historical Analysis
By J. M. Allain
- Conversas com idosos quilombolas na década de 80 no interior da Bahia

NÃO PERCAM - 
ENCONTRO SOBRE CRISTIANISMO DE MATRIZ AFRICANA- 
DIA- 25 DE NOVEMBRO - 15 HORAS ÁS 17 HORAS.
LOCAL -RUA JOVITA,329 - SANTANA- ZONA OESTE DE SÃO PAULO



sexta-feira, 2 de novembro de 2018

CRISTIANISMO DE MATRIZ AFRICANA


Walter Passos 

Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista






      
Em 2007 o CNNC (Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos) mudou definitivamente a Teologia nesse país ao anunciar que o Cristianismo é de Matriz Africana e realizou um encontro nacional de Cristãos Pretos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Houve um questionamento violento de pessoas (não sacerdotes ou sacerdotisas) integrantes do Movimento Negro Baiano que por desconhecimento da História da África acreditava que o continente africano se resumia ao Golfo de Benin, Angola e ao Kongo, por causa das religiões de matrizes africanas (as únicas verdadeiras representantes dos africanos no Brasil conforme essas pessoas).

A África é um grande continente de 30,3 milhões de quilômetros quadrados, sendo o berço de todo o conhecimento humano. A filosofia grega, por exemplo, foi roubada do antigo Egito (Kemet) e as grandes religiões mundiais, entre elas, o Cristianismo Africano foi apropriado e modificado pelo Império Romano. Mas, ainda existem igrejas cristãs milenares na África.
As escrituras sagradas foram modificadas e branqueadas, por causa disso, a população preta enfrenta o racismo dentro das igrejas por desconhecerem esse fato e muitos acreditam na falsa maldição de Cam. O povo preto é o mais abençoado da terra. Por isso, o reavivamento da Rua Azusa com os pretos (povo abençoado).



Há muitos anos, desafio aos estudiosos brancos das Escrituras Sagradas Africana (Bíblia) que me citem personagens e populações brancas no Tanach (Velho Testamento).
Estarei em São Paulo no dia 25 de novembro na rua Jovita, 329- Santana-  Zona Norte de São Paulo. me reunindo com irmãos e irmãs pretas que desejem aprofundar essa discussão do Cristianismo de Matriz Africana, do Messias Africano Yahushua (Jesus) e outros temas pertinentes. Quem deseja participar entre em contato inbox pelo https://www.facebook.com/walter.passos.16 ou pelo whtasapp 71 993341666 (Walter Passos)







sábado, 29 de julho de 2017

ORISA E MISANDRIA




 Por Walter Passos,

Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista



Parabenizo as mulheres ao exporem os motivos de combate ao machismo, ao patriarcado e a misoginia, pautados em todas as violências históricas, especialmente ocidentais e pós-invasão do continente africano e imposição do islamismo e do cristianismo. 
Há coisas incompreensíveis para mim : 
- As mulheres podem tecer comentários e análises sobre os homens Mas, se os homens realizarem qualquer comentário são chamados de machistas.
Não me importo o que vão comentar sobre mim. Vivi algumas experiências não agradáveis no mundo virtual. Há alguns anos, grupos neonazistas pediram que eu fosse assassinado ao lerem um texto da minha autoria, onde afirmei o conceito dos antigos hebreus de que o castigo para o pecado era se tornar branco. Publicaram:
-Matem Walter Passos o maior racista brasileiro!
Há uns anos atrás fui epitetado de “Estuprador” por causa de um poema erótico dedicado a minha preta. Algumas irmãs tiveram que intervir ao ataque. Eterno agradecimento!
A Misandria é uma maneira bem radical de tentar resolver as diferenças de gênero na nossa sociedade. Ressalto que é compreensível, as mulheres não são mais as vítimas silenciosas.
Notei como a misandria, uma palavra de origem grega, está entorpecendo as mentes de algumas mulheres pretas no que tange a relação da espiritualidade. Há alguns anos atrás estudiosos (os) descobriram uma esposa para o Eterno, chamada de Asherah. Porque não aceitam uma divindade masculina.
Imagino a ideia de masculinidade em relação às divindades de muitos povos africanos se não já são questionadas, em breve ocorrerá. Vão questionar Olodumare, Nzambi Mu Pungu...
Ontem, lendo um comentário de Jonathan Africanidades, fiquei perplexo ao saber de uma preta, a qual questionava mulheres serem iniciadas para Orisa Oboró, porque se assim fizerem é se submeter ao patriarcado.
Em breve, adeptas da misandria irão criar terreiros onde haverão iniciadas somente de energias ditas femininas (energias possuem gênero?).
A experiência das religiões de matrizes africanas nos mostra que há um equilíbrio muito gostoso e didático nas nossas vidas. Não importa se temos uma dona ou um dono de ori. O importante é que a nossa ancestralidade não conhecia e nem praticava a misoginia ou a misandria. Essas coisas não são de origem africana. Não ajuntam, espalham! São coisas de branco!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

EU AMO O POVO PRETO


 Por Walter Passos,

Teólogo, Historiador, Poeta,
Afrocentrista e Pan-africanista








“Quem te ensinou a odiar a textura do seu cabelo?
Quem te ensinou a odiar a cor da sua pele a tal ponto que você se alveja para ficar como branco?
Quem te ensinou a odiar a forma do seu nariz e lábios?
Quem te ensinou a odiar você mesmo da cabeça aos pés?
Quem te ensinou a odiar os seus iguais? Quem te ensinou a odiar a sua raça tanto que vocês não querem estar perto uns dos outros?
É Bom você começar a se perguntar:
Quem te ensinou a odiar o que Deus te deu?”
(MALCOLM X)

Todos os pretos no planeta ao lerem essas palavras de Malcom X sabem as respostas.  Mas, se você perguntar a maioria deles  teme em responder. Porque o autodesprezo foi tão bem introjetado e acreditam ao questionarem estão praticando racismo. A dominação mental ocorreu através das mais violentas torturas que o ser humano pode sofrer: Invasão territorial em uma guerra desigual os transformou em prisioneiros de guerras, sequestros, escravização e imposições de  vida na sua totalidade: linguagem e espiritualidade. O prisioneiro muda ou morre!
Nesse processo demoníaco de apropriação da força de trabalho e da alma enfearam o africano. O mais belo de todos os seres humano criado a imagem e a semelhança do Criador foi considerado uma besta, um objeto, covardemente coisificado.
Os africanos não aceitaram passivamente essas violações e nas suas primeiras resistências desde África e nos navios do desespero,  afirmaram  afrocentradamente:
-  Eu amo a minha ancestralidade, a minha terra, eu resisto...
- EU AMO O POVO PRETO!
Em todos os momentos de resistências na África, Américas, Ásia, Oceania e Europa todo o ato de resistência é uma declaração de amor ao povo preto. Declaração de amor à ancestralidade!
Essa frase falada bem alto e estampada em uma camisa demonstra a repulsa a mentira do enfeamento proposto por aqueles sequestradores covardes dos nossos ancestrais.

EU AMO O POVO PRETO é uma declaração de amor e respeito aos nossos ancestrais e a nós mesmos!




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sábado, 22 de outubro de 2016


PRETAS POESIAS

PRETAS POESIAS
Poemas de amor ao povo preto: https://www.facebook.com/PretasPoesias