segunda-feira, 29 de março de 2010

AKHENATON E ÉDIPO - HISTÓRIA OU MITO - O PLÁGIO DOS GREGOS DA HISTÓRIA AFRICANA



Por Walter Passos,
Historiador,Panafricanista, Afrocentrista e Teólogo
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br

Msn:kefingfoluke1@hotmail.com

 Facebook: Walter Passos
Skype: lindoebano



Pergunta da Esfinge?

"Que animal caminha com quatro pés pela manhã, dois ao meio-dia e três à tarde e, contrariando a lei geral, é mais fraco quando tem mais pernas?" Édipo conseguiu decifrar o enigma, dizendo que era o homem; ele engatinha quando bebê, anda com duas pernas ao longo da vida e precisa de um bastão na velhice. Ao ouvir a resposta, a esfinge, derrotada, jogou-se num abismo.

Sófocles, no século V a.C., narrou a história do personagem em três de suas obras mais notáveis: Édipo rei, Édipo em Colona e Antígona. O drama sofocleano suscita ilações em diversas culturas em diferentes épocas. Das numerosas obras para teatro baseadas no mesmo mito destacam-se, entre os romanos, o Édipo de Sêneca e, entre os clássicos, a tragédia publicada por Corneille em 1659. No século XX, o compositor russo Igor Stravinski criou o oratório Édipo Rei e os escritores franceses André Gide e Jean Cocteau retomaram o mito em obras literárias. especialmente no chamado “Complexo de Édipo. E não podemos esquecer de Shakespeare que em sua obra Hamlet relembra o mito, segundo os seus críticos.

NESTE MOMENTO DEVEMOS ATENTAR AO SEGUINTE FATO: TEBAS É CAPITAL DE KEMETE (EGITO ANTIGO) E TEBAS É O NOME DA CIDADE GREGA ONDE ESTAVA A ESFINGE NO MITO DE ÉDIPO.

Há muitas discussões sobre o tal “Complexo de Édipo”, Inclusive por intelectuais pretos na África e na diáspora. A peça teatral: ÉDIPO TIRANO: E SE UM HERÓI GREGO FOSSE NEGRO, dirigida por Ludmyla Pena e encenada pelo grupo teatral Cítero, composto pelo Coletivo de Estudantes Negros da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

A idéia de produzir a peça nasceu da leitura e interpretação da monografia apresentada por Rogério José, também ator da peça. Rogério José estudou as traduções da história de Édipo de 1789 até 2002. E nestas leituras, conforme explica, comparou uma das versões, a produzida pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. No estudo norte-americano, observou que nos versos 742 e 743, Jocasta descreve Laio, pai de Édipo, como um melas, ou seja, alguém que tem forte melanina, um negro. Ao verificar a tradução da obra de Édipo para a língua portuguesa, Rogério então constatou que a expressão melas não fora traduzida corretamente, mas sim foi aplicada a expressão megas, a qual representa que Laio fora um homem grande e forte. "Na verdade houve sim uma desconstrução do real sentido da palavra melas, porque na versão da peça em português há sim a omissão do termo para assim omitir que Laio e que Édipo pudessem ser gregos, mas não negros", destaca o ator.


Ainda não li a peça, mas concordo plenamente que os mitos gregos foram africanos, como foi relatado no artigo anterior, de que os africanos povoaram e civilizaram a Grécia, sendo assim toda a mitologia grega é de personagens cheias de melanina. Não só Édipo, Jocasta, Laio e todas as personagens desta tragédia foram pretas.

O complexo de Édipo é uma das teorias desenvolvidas por Sigmund Freud, um dos criadores da Psicanálise, traçando um paralelo de uma das fases do desenvolvimento humano com o mito de Édipo. Simboliza o espírito de "disputa" entre a criança e seu progenitor do mesmo sexo pela atenção do progenitor do sexo oposto. Em primeiro momento há um questionamento da aceitação desta tragédia grega como um problema universal, o qual não é verdadeiro, apenas reforça o eurocentrismo na base das explicações dos problemas sociais. A concepção freudiana de analise mental também não é universal e muito menos as suas propostas de superação.

Outra interpretação de Édipo desposar a sua mãe Jocasta conforme estudiosos foi acrescentada posteriormente na tradição helênica. Erich Fromm, um europeu contesta essa concepção universal de Édipo e discorda das ilações de Freud. Fromm acreditava que o mito estava relacionado ao problema do poder matriarcal anterior e o poder patriarcal vigente na época.
Do outro lado a questão de Édipo historicamente surge por causa de Crísipo, que envergonhado cometeu suicídio, após ser estuprado por Laio, pai de Édipo. A deusa Hera envia a esfinge a Tebas para punir a cidade. A punição sugere que a prática da pedofilia ou pederastia era censurada na sociedade helênica.

A questão levantada por esse mito é: Por que Crísipo se mataria se o amar um homem fosse uma prática aceitável na sociedade helênica da época? As conseqüências desse ato de Laio trouxeram uma maldição sobre a sua família de consequências trágicas.

A sociedade grega posterior tinha uma concepção de sexualidade diferente de outras sociedades africanas da época, praticava a pederastia.

Um afresco de um túmulo em Paestum, uma colônia grega na Itália, representando casais pederastas.

O Batalhão Sagrado de Tebas, famoso por suas vitórias, era formado por 150 pares de amantes homoafetivos, ou seja, 300 homens.

Se houvesse maneira de conseguir que um estado ou um exército fosse constituído apenas por amantes e seus amados, estes seriam os melhores governantes da sua cidade, abstendo-se de toda e qualquer desonra. Pois que amante não preferiria ser visto por toda a humanidade a ser visto pelo amado no momento em que abandonasse o seu posto ou pousasse as suas armas. Ou quem abandonaria ou trairia o seu amado no momento de perigo? Platão (428 a.c - 348 a.c)

A mulher na sociedade helênica era um simples objeto, não sendo considerada cidadã, bem diferente das mulheres das civilizações do Vale do Nilo e de outras regiões africanas as quais eu tenho conhecimento.

Menandro, dramaturgo ateniense escreveu:
- "Ensinar uma mulher a ler e escrever? Que coisa terrível de se fazer! Como alimentar uma cobra de mais vil veneno.”

O mito de Édipo tem estudos que sugere mais um plágio da história de Kemete, através de Immanuel Velikovsky nascido em 1895 de uma família próspera judaica, em Vitebsk, Rússia (agora na Bielo-Rússia), aprendeu várias línguas, graduado em língua russa e matemática, após viajar pela Europa e Palestina matriculou-se na Universidade de Moscovo, e recebeu um diploma em medicina em 1921.

De 1924 -1939 Velikovsky viveu no Mandato Britânico da Palestina, e praticou a medicina (prática tanto geral e psiquiatria), e também a psicanálise (ele estudou com o aluno de Sigmund Freud, Wilhelm Stekel em Viena).

Residindo nos EUA escreveu diversos obras polêmicas e através da influência do livro Moisés e o Monoteísmo de seu antigo mestre Sigmund Freud, publicou Édipo e Akhnenaton, afirmando que a história do faraó egípcio Akhenaton foi a origem da lenda grega de Édipo, e que Amenófis III era Laio, e Tutankhamon foi Etéocles.

Nas comparações feitas por Velikovsky o mito grego foi mais um plágio da história real Kemete. Ele afirma através de suas pesquisas documentais que o verdadeiro a história de Édipo não foi um mito como acreditava Freud, mas uma personagem histórica que habitou em Kemete: Akhenaton.

Neste momento devemos atentar ao seguinte fato: Tebas é uma cidade de Kemete e Tebas é o nome da cidade grega onde estava a esfinge no mito de Édipo.

Akhenaton um faraó da XVIII dinastia de Kemet, que governou por 17 anos, iniciando o seu governo entre 1370 a.C a 1358 a.C filho de Amenhotep III e da Rainha Chefe Tiye. Seu irmão mais velho, o príncipe Tutmés morreu quando ambos eram crianças. Akenaton foi notável em abandonar o politeísmo tradicional e a introduzir a adoração centrada em Aton, às vezes é descrito como monoteísta ou henoteísta. Fundou uma nova capital para Kemete, a cidade de Armana.

Immanuel Velikovsky encontra um paralelo entre a família de Akhenaton e a família de Édipo, rei de Tebas - sua cegueira e o exílio, sua maldição sobre seus filhos, que posteriormente mataram uns aos outros nas portas de Tebas, e a coragem de sua filha, Antígona, que sepultou seu irmão caído, apesar do decreto oficial contrário e ficou enclausurada em um túmulo como punição. Dr. Velikovsky descobre e analisa as semelhanças entre o mito e a realidade, ele resolve uma série de mistérios sobre os túmulos no Vale dos Reis, terra de Tutankhamon e seu famoso enterro, que há muito intriga os arqueólogos, e traz a vida todos os números de ambas as tragédias antigas.

Há um divisor de águas muito profundo sobre o Mito de Édipo Grego e a sua versão anterior em Kemete, simplesmente porque a história de Akhenaton é ainda muito controversa. A primeira delas foi a esfinge feminina alada de Tye (mãe de Akhenaton), copiada pelos gregos, que introduziram as esfinges aladas na sua mitologia.

Não há túmulos convincentes ou locais de sepultamento para os participantes na tragédia grega, onde supostamente foram encontrados.



O Édipo rei, é um personagem inocente, obrigado a viver fora de sua família e posteriormente comete o parricídio inconscientemente e desposa a própria genitora. No caso de Akhenaton, Velikovsky chama a nossa atenção para a idéia de que o histórico Amenófis IV (Akhenaton) condenado à nascença, por causa de uma profecia sinistra que ele iria matar seu pai e os herdeiros com sua mãe, ele foi criado em uma terra distante no exílio, provavelmente com os parentes reais em uma região na Pérsia ou próxima, onde o incesto mãe-filho estava em voga. Voltando a Tebas (Kemete) reivindica sua realeza, alguns dizem que por ter assassinado seu pai, teve filhos com sua mãe, como profetizou ele sabia que a rainha Tiy (Kiya) foi a sua mãe. Acreditava-se que o incesto que trouxe uma praga sobre a sua cidade capital, para que seus súditos o expulsou, cego, para o deserto. Esta pode ser a história de Akhenaton.

Na tragédia grega, Édipo mata o pai em uma região desolada, onde três estradas se cruzam. Mesmo fato ocorreu no cruzamento de 03 caminhos em Kemete com Akhenaton.

Quando os sacerdotes de Amon da cidade de Tebas (os gregos plagiaram e chamaram Zeus) desaprovaram o casamento de Amenófis IV com a sua mãe, a recém-viúva rainha Tiy, ele substituiu o culto de Amon para o culto de Atom (O Disco Solar). Fato ocorrido com a desaprovação da homossexualidade em Tebas pela esfinge, representante da deusa Hera, e a ascensão do deus patriarcal Zeus que era um bissexual e gostava de meninos novos com a vitória de Édipo. Será que o mito de Édipo foi uma vitória da prática homossexual em Tebas e a derrota do poder matriarcal de Hera sendo substituída por Zeus?

A questão do incesto ocorre na história de diversas civilizações, entre os hebreus é notória a história de Ló que manteve relações com as filhas. Na mitologia yoruba Exu tenta manter relações sexuais com Yemanjá, sendo salva por seu outro filho Ogum, há a tentativa do incesto não realizado.

Apesar dos egiptólogos não terem conclusões definidas da vida de Akhenaton e muitas hipóteses irão ainda surgir sobre a sua vida e, há argumentos específicos que comparados ao Édipo grego são deveras interessante:

1- As esculturas de Akhenatom mostram que tinha os membros inchados e Édipo em grego significa “pés inchados”

2- As inscrições sugerem que desposou a sua mãe Tye e com ela gerou descendência, mesmo ocorrido com Édipo que a desposou sua mãe Jocasta e procriaram dois filhos e duas filhas.

3- Há especulações por causa do túmulo de Tye a sua morte foi proveniente de suicídio e Jocasta suicidou.

4- Há especulação seque Akheneton ficou cego e foi peregrinou com a sua Meritaten a qual teve uma morte drástica. Antigona, filha de Édipo foi enterrada viva.

5- A história conta que Akhnetom desapareceu e Édipo foi retirado da terra pelas Êumenidas, as desusas da vingança.

A vida dos faraós de Kemete (Egito Antigo) era conhecida pelo chamado mundo antigo e foi relatada através do poderoso comércio, das conquistas, da colonização de outros territórios fora da África, mas migrações africanas. Os grandes dramaturgos gregos e romanos aproveitavam histórias reais e criaram as suas peças teatrais, repetido por grandes escritores até os dias atuais.

Na nossa comunidade há um desejo incontido, um fetiche que envenena, e a satisfação de sentir-se inserido nas concepções eurocentradas. Evidente de que os estudos dos mitos europeus e as tentativas de comparação para a superação dos problemas da comunidade afro-diásporicos são imanentes. O que demonstra que esta necessidade de comparação e inserção, revela que a nossa mitologia é desconhecida, resultando na negação do passado.

Se encontrar nos mitos europeus, nas suas cosmogonias, religiões e filosofias aliadas a psicanálise na procura de respostas para as vivências não escravizadoras das mitologias africanas, das ciências não europeias, reflete em desejos de uma sociedade que supere a opressão de gênero, o racismo, os conflitos entre pais e filhos, a violência urbana, o encontro entre nós sem o desejo insano de competitividade, o qual nos separa e reforça as forças da discriminação e opressão. Urge o conhecimento das mais antigas sociedades africanas e como enfrentaram os seus conflitos, porque delas descendemos e com certeza poderá nos trazer explicações mais próximas aos nossos anseios e esperanças.

Shalom!!!


ACESSE PRETAS POESIAS:

terça-feira, 23 de março de 2010

A ESFINGE DE GIZÉ – A ESFINGE COPIADA PELOS GREGOS - A TENTATIVA DE BRANQUEAMENTO E A MUTILAÇÃO DA ESFINGE DE GIZÉ.


Por Walter Passos, Historiador,Panafricanista, Afrocentrista, Teólogo e Membro da COPATZION(Comunidade Pan-Africanista de Tzion).
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: walterpassos21@yahoo.com.br
Msn:kefingfoluke1@hotmail.com
Skype: lindoebano


A cada momento os estudos da afrocentricidade funcionam como um delimitar do estabelecido como verdade histórica e a crítica histórica, realizando uma reescrita necessária para as sociedades independentes de cor epitelial.

Os gregos plagiaram os conhecimentos africanos e suas tecnologias, nas artes copiaram um dos seus maiores monumentos, o qual chamou de Esfinge.


A história da chamada “Esfinge” de Gizé remonta há milhares de anos a.C., localizada no planalto de Gizé, na margem ocidental do rio Nilo, próxima da cidade do Cairo - Egito. Este monumento de Kemete tem corpo de leão, com as patas dianteiras estendidas, e cabeça humana, coberta com uma manta. Parece representar o deus Hórus, guardião de templos e túmulos, nada ainda se pode afirmar. Algumas esfinges posteriores, no entanto, ostentavam cabeças de carneiros e falcões. As imagens ficavam diante dos templos, em ambos os lados da avenida de acesso (dromos), com função protetora (???), como no grande templo de Karnak.

The Pyramids at Giza circa 1920's

As dimensões da Esfinge de Gizé são de 73,5 metros (241 pés) de comprimento, 6 metros (20 pés) de largura e 20,22 m (66,34) de altura, é a maior estrutura criada a partir de um único pedaço de pedra.

Apesar da tentativa de datação, a esfinge tem sido relacionada pelos egiptólogos como a representação da imagem do faraó Quéfren, que é muitas vezes creditado como o criador do monumento. Isso colocaria o tempo de construção entre 2520 a.C e 2494 a.C. Porque a evidência limitada dando origem a Khafra é ambígua e circunstancial, a idéia de quem construiu a Esfinge, e quando, continua a ser objeto de debate. Não há um consenso da data de sua construção e os motivos.

Robert Bauval, um engenheiro belga, com um toque de astronomia, foi um dos primeiros a documentar como os monumentos da região de Gizé na terra imitam várias constelações no céu. Juntamente com Graham Hancock, Bauval fez a afirmação em uma série de livros populares que as três pirâmides alinham com o cinto "brilhante" das estrelas da constelação de Orion. Os matemáticos e astrônomos aprovaram o seu cálculo. Hancock faz as seguintes citações sobre o cálculo de Bauval.

"... Os monumentos de Gizé como um todo foram dispostos de modo a não fornecer um retrato do céu como os habitantes de Kemeth tinham olhado durante a Quarta Dinastia por volta de 2500 a.C, mas como eles... olharam em torno do ano 10.450 a.C Mais provocante, ele mostra que a Esfinge foi construída bem antes dos outros monumentos na área mais antigo como a data mais provável, mas como um ponteiro para o nosso próprio tempo em que teremos de enfrentar padrões semelhantes de mundos em colisão como calotas polares derretendo.
"

Nestes pressupostos datam a sua construção de até 13.000 a.C., baseando-se na análise do calcário e sinais de erosão provocados por água. Observem! Existe um grupo de pesquisadores que afirmam que a esfinge seria muito mais antiga, datando de, no mínimo, 10.000 a.C.

O monumento é ainda um enigma para os cientistas atuais, como foi para a civilização helênica e outras civilizações que o copiaram e dele criaram mitos para explicar os seus problemas sociais.
As primeiras esfinges gregas surgem em objetos cretenses do final do período minóico e nas sepulturas de Micenas do fim do período heládico. Na arte e literatura grega, esfinges femininas apareceram pela primeira vez por volta do século VIII a.C, tornando-se, nos próximos dois séculos, bastante populares, esculpidas em mármore, foram colocadas em lápides e nas colunas nos pátios dos templos. O nome Esfinge vem do grego antigo Σφιγξ (Sphinx), nome dado após a plagiarem e construírem uma parecida na cidade Tebas. Na tradição mais antiga é relatado que Hera ou Ares enviou a Esfinge de sua pátria Etiópia (os gregos sempre se lembraram da origem estrangeira da esfinge) para Tebas, na Grécia.

A história da esfinge contada pelos escritores gregos relata claramente que ela veio da Etiópia. Atenção: Os próprios gregos em seus escritos admitem a origem africana da esfinge, e nunca afirmaram que criaram este monumento. As esfinges influenciaram bastante a civilização helênica, tendo como conseqüência que outras foram construídas em diversas cidades gregas.

A Esfinge Naxos foi erguida em cima de 30 pés de altura na coluna jônica, no santuário de Apolo, em Delfos, por parte dos cidadãos da ilha de Naxos em 560-570 a.C - ou, dado o seu estilo sisudo "grave", logo em 580 aC.


Muitas esfinges na Grécia representavam as prostitutas (hetaira) que devoravam rapazes e crianças. Vários textos tratam as esfinges ironicamente como Hetairai, cortesãs, ou seja, especialmente como prostitutas de Megara. Plutarco compara a esfinge ao sorriso insidioso de Hetairai, particularmente em objetos para banheiros femininos, exibindo a Esfinge como um atributo de Afrodite!
No Egito, o monumento de Gizé foi alvo de militares e estudiosos que tentaram vilipendiar a esfinge, de mudar as suas características africanas. Atos desesperados por não aceitar que civilizações pretas construíram os monumentos mais importantes da história da humanidade. Agora com bastante calma olhe esta foto da esfinge atual:


Agora observe esta:

A Esfinge de Gizé - imagem do Joel A. Freeman Black History Collection.

Na foto acima: Os soldados de Napoleão continuaram o trabalho feito pelos turcos e mudaram as características para embranquecê-la, o rosto da Esfinge foi danificado objetivando a não identificação racial. No entanto, vários autores têm comentado sobre a sua aparência preta com as características da Etiópia, confirmada pela tradição de Hera, a deusa grega chamada de Rainha do Céu, que na sua mitologia informa que a Esfinge veio da Etiópia.


Você que é professor de História ou de Artes pode realizar um bom trabalho com os estudantes pedindo para comparar as esfinges e descobrir as diferenças. Com certeza surgirá um bom debate.

Vivant Denon retrata a imagem da Esfinge de Gizé em torno de 1798, antes da sua desfiguração. Denon declarou:

"... Apesar de suas proporções colossais, o contorno é puro e gracioso, a expressão da cabeça é leve, gracioso e tranqüilo, o personagem é Africano, mas a boca e os lábios são grossos, tem uma suavidade e delicadeza de execução verdadeiramente admirável, que parece a vida real e da carne. Arte deve ter sido em um ritmo elevado, quando este monumento foi executado...”

Conde de Volney escreveu:

“Que esta raça de homens negros, hoje, os nossos escravos e objeto de nosso desprezo, muito à qual devemos nossas artes, ciências e até mesmo o uso da fala! Imaginem, finalmente, que está no meio de pessoas (ou seja, os americanos) que se chamam os maiores amigos da liberdade e da humanidade e aprovou a escravidão mais bárbara e questionou se os homens negros têm o mesmo tipo de inteligência que os brancos! "


Pequena história sobre a negritude de Kemet (Antigo Egito)



No próximo artigo comentários sobre Édipo Rei.

quinta-feira, 11 de março de 2010

AFRICANOS - PRIMEIROS HABITANTES DA GRÉGIA


Por Walter Passos,
historiador, panafricanista,
afrocentrista, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion).
Pseudônimo: Kefing Foluke.
E-mail: http://www.blogger.com/walterpassos21@yahoo.com.br

Msn: http://www.blogger.com/kefingfoluke1@hotmail.com

Skype: lindoebano





Hodiernamente, o eurocentrismo evoluiu de forma tão sagaz que os estudiosos oriundos destes países se denominam pós-modernos, e as discussões da modernidade e pós-modernidade afloram nas academias, nos livros, seus autores são bases para concurso de pós-graduação. Amplas discussões são realizadas, contrapondo a supremacia racial européia, seus defensores se contradizem, pois não podem sustentar a os argumentos da eurocentricidade, maior falácia criada pelos países colonialistas-escravistas, os que redesenharam o mapa do planeta, objetivando com o acumulo do capital explorar as civilizações fora do centro do poder europeu, marginalizando-as e colocando-as nas periferias dos seus interesses exploratórios. Antagonicamente criticam o capitalismo que idealizaram (e ainda o mantêm) e suas raízes maléficas, sem deixar de serem capitalistas e eurocentristas, com um discurso novo desvirtuam a base do conhecimento humano: África - berço de todas as civilizações da humanidade, exportadora de ciências através de suas escolas e migrações que povoaram o mundo.

Tentar especular as origens do conhecimento humano sem estudar as civilizações primevas africanas, as colocando na periferia dos discursos da pós-modernidade, é um ato de homogeneidade que pode caracterizar racialização histórica.

Os eurocentristas Pleiteiam um discurso inovador, abrangente, que cabem todas as linguagens, um discurso globalizado, na verdade injetam o vinho velho em odre novo. “Todos possuem a verdade e todas as linguagens são válidas”. Até que ponto estas verdades não foram construídas pelo grupo dominador? Não aceitam que houve uma guerra na África na qual os vencidos foram subjugados, seqüestrados e escravizados. A história é a maior arma de controle social que impede a formação de mentes analíticas e críticas da realidade do agente histórico.

A tentativa dos pós-modernistas é desmantelar todas as metodologias historiográficas construídas anteriormente. Todos os paradigmas do devir histórico têm que ser destruídos por serem considerados ultrapassados por não responderem os anseios criados pela pós-modernidade ao analisar os diversos falares sociais globalizados. O que era considerado central se torna periférico e as coisas periféricas do passado têm que estar no centro. No pós-modernismo as minorias têm tido a “prioridade”. Agora é o tempo dos direitos de todos os marginalizados pelo pré-modernismo. Só que entre as chamadas minorias, colocaram os africanos e afro-diásporicos detentores do saber primevo da humanidade.

Para os defensores da pós-modernidade o estudo afrocêntrico é uma heresia, sendo assim, sabemos que o eurocentrismo tomou novas formas para se manter no centro do poder, afirmando de que “todos têm o direito de sair das periferias”, sem contestar a escrita da história ainda propagada. Muito engenhoso e dissimulador. A história continua européia e o modo de pensar ocidental cria novas raízes de dominação.

Neste ínterim, devemos entender a cerne inicial que culminou na concepção ocidental de conhecimento em todos os seus matizes: A Civilização Helênica.

Quando comecei a me preocupar com a origem do pensamento humano, de como a humanidade deu seus primeiros passos evolutivos a desvendar as ciências e os questionamentos plausíveis, tornou-se necessário analisar como a civilização helênica deu os primeiros passos no que se chamou de filosofia. Esta civilização gentia assevera de que os seus primeiros filósofos surgiram a partir do ano 600 a.C. Linearmente bem atrasada comparando com o esplendor e conhecimentos das civilizações afro-asiáticas. E como os gentios conseguiram por tanto tempo enganar, cegando os africanos e afro-diaspóricos os acusando de ser meros copiadores e aprendizes da civilização helênica?

Cerâmica figura-negra (em grego, 'μελανόμορφα, técnica melanomorpha) é um estilo de pintura de cerâmica do grego antigo em que a decoração aparece como silhuetas negras sobre fundo vermelho. Originárias de Corinto, durante o início do século VII a.C, que foi introduzida em Ática cerca de uma geração mais tarde. Outras notáveis figuras negras existiam em olarias em Esparta, Atenas, na Grécia Oriental.

Os ataques aos historiadores afrocentristas que atestam através da documentação a primazia africana na formação das primeiras civilizações, cresce a todo o momento. Eles dizem que os africanos e afro-diaspóricos só têm credenciais para escrever a história partir do tráfico negreiro, que eles realizaram, seguindo os seus pressupostos metodológicos criados nas academias ocidentais, e não devem se meter a falar sobre o chamado mundo antigo. Segundo eles, são possuidores do conhecimento e tem a autoridade para escrever sobre as primeiras civilizações. Incrível, os descendentes das mais novas civilizações tentam impedir de que os descendentes das civilizações mais antigas, os homens e mulheres originais escrevam a história da humanidade.

Cheik Anta Diop, pesquisador afrocentrista, é contestado até por pesquisadores negros-eurocentrados-assenzalados. Contestar o afrocentrismo é um direito, mas o que não conseguem é contestar as imensas provas históricas a todo o momento descobertas e apresentadas. No vídeo abaixo há citações interessantes dos primeiros habitantes da Grécia:

Dentre os estudiosos do afrocentrismo há pesquisadores que apresentam documentos arqueológicos e escritos que provam a africanidade dos primeiros fundadores de cidades da Grécia, antes das invasões das tribos brancas dos jônios, aqueus e dórios, esses fatos têm criado profícuos debates, porque se torna uma constatação de que os africanos migraram para diversas partes do planeta. Estes relatos sobre a africanidade dos primeiros habitantes da Grécia estão em diversos textos escritos por historiadores gregos de eras posteriores. É sempre bom asseverar que a chamada filosofia grega começa a surgir aproximadamente nos 600 a.C. com Tales de Mileto.

Tales de Mileto:
Conhece-te a ti mesmo.
Espera receber de teus filhos, quando fores velho, o mesmo tratamento que dispensaste a teus pais.

No texto mais antigo que refere aos Sete Sábios da Grécia (fundadores da filosofia grega) o Protágoras (342e-343b), Platão, diz que o grupo é constituído por: Tales de Mileto, Pítaco de Mitelene, Bias de Priene, Sólon de Atenas, Cleobulo de Lindos, Míson de Queneia (noutros textos aparece Periandro de Corinto) e Quílon de Lacedemônia.



Os historiadores eurocêntricos em uma das tentativas de negar a presença Africana na Grécia Antiga criaram a idéia de uma sociedade miscigenada através do trafico de escravizados africanos, ou de mistura racial. Fato este também muito difundido de que os habitantes de Kemeth (Egito) foram europeus que migraram e criaram toda a ciência, e que os faraós foram brancos, somente na 25ª dinastia, que pretos dominaram Kemete através de faraós de Kush. Qual o crédito pode dar a estes historiadores? Negam também a pretitude do antigo Israel Bíblico, sem se preocupar a estudos mais detalhados sobre as origens dos askenazis e da sua religião o judaísmo, a qual não aparece em nenhum texto das escrituras. Para negar é preciso provar. Os próprios askenazis sabem da sua origem européia e no fundo crêem na pretitude dos hebreus da Bíblia.

Em muitos textos dos historiadores e poetas gregos há a menção das origens dos primeiros habitantes os Pelasgians, e da formação de Creta por povos pretos. Inclusive o professor George Wells Parker (foto ao lado), estudando o grego clássico, chegou à conclusão que Helena de Tróia, foi uma linda menina de pele marron.
Usando evidências arqueológicas e da literatura clássica CA Winters explicou como os fundadores Africano / Negro da civilização grega vieram originalmente do Saara antigo. Winters deixa claro que esses africanos vieram para o Egeu em duas ondas:

1) as pessoas que falam um Garamantes Malinka que agora vivem ao longo do rio Níger, mas antes viviam na região Fezzan da Líbia;

2) os egípcios, fenícios e Timor-africanos que foram gravados na história da Grécia como o Pelasgians. A civilização Pelasgian tem sido discutida em detalhes por Parker.

Barco usado pelos antigos pelasgianos na Grécia.

De acordo com o mito da criação do Olimpo os primeiros grupos a aparecer na Terra foram os Libios-trácios. Os líbios foram proto-Saarianos, assim como os trácios originais. Alguns trácios eram descendentes das tropas Kushitas e Kemetians (egípcias) com sede em Trace, por Sesostris (Tutmés III e Ramsés II), quando ele conquistou a Ásia e a Europa. (Diop, 1991; Winters 1983a, 1984b, 1985a)
Neste vaso fúnebre ateniense (750 a.C), os mortos e aqueles que choram por ele são representados na cerâmica de estilo geométrico têm características negras.

Os gregos freqüentemente chamavam os primeiros habitantes da Grécia de Pelasgians. Os escritores gregos afirmaram que Pelasgo, o grande ancestral da Pelasgians foi o primeiro homem. Os Pelasgians eram uma combinação de diversas tribos negras que incluíam os aqueus, Kadmeans e Leleges. Os Garamantes foram também muitas vezes chamados de Pelasgians por alguns escritores clássicos. Estrabão disse que:

"Os Pelasgis, a nação mais antiga, estava espalhada através de toda a Grécia, e especialmente entre os eólios".

Os Pelasgians (nome grego: Πελασγοί, Pelasgoí, Πελασγός singular, Pelasgos) foram usados por alguns escritores gregos antigos para se referir as populações que precederam os helenos na Grécia”, mantinham um termo abrangente para pessoas antigas, primitivas e presumivelmente autóctones no mundo grego. Em geral," Pelasgian" passou a significar de forma mais ampla todos os habitantes autóctones das terras do mar Egeu e suas culturas antes do advento do idioma grego.

Este é um dos afrescos de Thera. Observe o ambiente ocupado

Associada com as cidades Pelasgian durante o século 16 a.C.


Os Pelasgians fundaram muitas cidades. A fundação pelos Pelasgian de Atenas é notada por Plutarco em 12 de Teseu, e Ovídio em Metamorfose VII, 402 e ss. De acordo com Heródoto vii.91, os Pelasgians também fundaram Tebas. Muitos destes atenienses podem ter introduzido o estilo geométrico para a Grécia durante a chamada Idade das Trevas (1200 - 600 a.C).



Esta é a parte do estilo fino geométrica parecido com o "Dark Age"
Os ombros largos retratada nesta peça de arte.

Winters (1983b) deixa claro que o Garamantes fundou as cidades gregas da Trácia, Creta minóica e Ática. Os Garamantes também eram chamados Carians pelos Indo-Europeus gregos.Os Garamantes ou Carians originalmente viviam no Fezzan. Estes Garamantes foram descritos pelos escritores do latim clássico como preto ou de pele escura: perusti (Lucan 4,679), furvi (Arnoloius, Adversus Nationes, 6,5) e Nigri (Anthologia Latina, 155, no.183).

Além disso, a arte mais antiga de Atenas conhecida como o estilo geométrico retrata a população preta.

Aqui está um estilo geométrico (ou aqueus) cena de um Barco virado (c. 850 a.C) para Atenas



Anel de ouro que descreve uma caça ao veado ( 1500 a.C)
(Nota: o penteado afro usados pelos micênicos)

Muitos dos chamados mitos gregos são, na realidade, textos históricos que mostram o estilo antigo dos pré-arianos na Grécia e na transição do matriarcado Pelasgian ao patriarcado grego ariano a. O termo Amazônia foi usado freqüentemente pelos arianos para designar as sociedades matriarcais que viviam no Mar Negro. A batalha entre Thesus e as Amazonas, liderada pela rainha Melanippe, registra os conflitos entre os arianos, antigos gregos, e os líbios estabelecidos em torno do Mar Negro.



Pelasgians de Thera

As obras históricas gregas afirmam que os primeiros colonos das ilhas do Mar Egeu vieram da África, especialmente os Garamantes e os Pelasgians.

Entre esses fatos, podemos citar Enéias, o mítico fundador de Troia. A Ilíada e a Odisséia e todas as outros grandes épicos do mundo, é a história poética falando de povos africanos.
Estatueta de um grego- africano em Bronze (conhecido como Etiópia), 3 -2o século a. C.

Durante os séculos VIII e VII a.C, os gregos novamente em contacto com a periferia norte da África, estabeleceram assentamentos e postos de comércio ao longo do rio Nilo e em Cirene, na costa norte da África. Já na Naukratis, o mais antigo e mais importante dos postos de troca na África, os gregos tiveram certamente contato com os africanos. É provável que as imagens de africanos, se não os próprios africanos, começaram a reaparecer no Mar Egeu. Nos séculos VII e início do VI aC, mercenários gregos da Jônia e Caria serviram aos faraós egípcios Psametikus I e II.

Aryballos, 570 a.C., figura-negra, grego ático, assinada por Nearchos como oleiro, terracota.
Contos da Etiópia como uma terra mítica nos pontos mais longínquos da terra são registrados em algumas das primeiras literaturas gregas do século VIII a.C, incluindo os poemas épicos de Homero. Deuses e heróis gregos, como Menelaos, acreditava-se que tinha visitado este lugar à margem do mundo conhecido. No entanto, muito antes de Homero, a civilização marítima de Creta da Idade do Bronze, conhecido hoje como minóica, estabeleceu ligações comerciais com o Egito. Os minóicos podem ter primeiro entrado em contato com os africanos, em Tebas, no pagndo tributos ao faraó. Na verdade, as pinturas no túmulo de Rekhmire, datada do século XIV a.C, descrevem como africanos os povos do mar Egeu, núbios mais provável e minóicos. No entanto, com o colapso da minóica e micênica no final da Idade do Bronze , as ligações comerciais com o Egito e o Oriente Próximo foram cortadas, e a Grécia entrou em um período de empobrecimento e de contato limitado.


Heródoto referiu-se aos Pelasgians como "veneráveis ancestrais". Ele disse que os atenienses "primeiro foram Pelasgi .A fundação Pelasgian de Atenas também é notada por Plutarco em Os 12 de Teseu, e Ovídio em vii. 402ff Metamorfoses. De acordo com Heródoto vii. 91, os Pelasgians também fundaram Tebas na Europa. Pausânias observou que "Os árcades mencionam Pelasgo como a primeira pessoa que existiu em seu país. A partir deste rei toda a região tomou o nome Pilasgia". Hopper observou que os Pelasgians fundaram Ática.

Os imigrantes negros de Canaã também viveram no Egeu na Argólida. Eles se chamavam de "Filhos de Abas". Muitos dos Melampodes mais tarde participaram da Argolis .

O mais antigo alfabeto grego foi feito pelo Pelasgians, foi perdido e, mais tarde, reintroduzido por Kadmus a Beócia. Outro Pelasgian, Evander de Arcádia introduziu os escritos para os italianos. Este script foi utilizado para fazer os primeiros quinze caracteres do alfabeto latino de acordo com Plínio e Plutarco.

Os irmãos Atlas e Prometeu sofreram seus tormentos. Atlas, perseguido pela serpente Hesperian, detém a pedra do céu sobre os ombros e Prometeu, amarrado a um poste, tem o seu coração perfurado pela águia.

Museu Colecção: Musei Vaticani, Cidade do Vaticano
Catalogue Number: TBA
Beazley Archive: N / A
Ware: Laconiano Black Figura
Formato: Amphoriskos
Data: ca 530 aC
Período: Archaic

Diversos cientistas pretos questionam as ciências ocidentais.



É de mister importância conhecer profundamente os pensamentos e rever a ação da história dos dominadores e as suas táticas de exploração. O conhecimento, apropriação e o plágio das ciências africanas possibilitaram criar laços de mentiras para subsidiar a supremacia racial, ao invés de intermediar trocas para gerir laços fraternos para a humanidade. A humanidade precisa se reencontrar na busca da paz, nas trocas culturais e no aprendizado mútuo, reescrevendo verdadeiramente a sua história. A história primitiva africana não é uma história de pretos, mas é a história da humanidade, conhecê-la, propicia a quebra de discriminações feitas pelos primeiros eurocentristas.

Shalom !!!

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